Archive for Janeiro 13, 2013

Ler + e Google Earth 3D

Vivam!

Hoje um post dedicado simplesmente ao Caderno Verde.

Beijinhos e belos dias para todos.

Isabel

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Caderno Verde

Ler + e Google Earth 3D

Já aqui falei nos livros do Gerónimo Stilton.

E em como a coleção pertence ao Plano Nacional de Leitura e que não foi essa a razão porque comprei um em Setembro. Só mesmo em casa, com o livro na mão me apercebi do iconezinho Ler +. Comprei-o sim, porque de vez em quando compro um livro ou outro (e um filme ou outro) e ao desfolhar o “Agente Secreto Zero Zero Kapa” percebi que tinha alguns mapas e que provavelmente o Alexandre iria interessar-se na história e em explorar o livro de várias maneiras.

Pareceu-me e pareceu-me bem, pois ele achou alguma piada, a somar que já vira alguns episódios da série de desenhos animados do Gerónimo Stilton na televisão_ embora eu não o soubesse, o Alexandre é acompanhado por vários membros da nossa família e comigo nunca tinha visto essa série e obviamente não me consigo inteirar de tudo o que acontece quando eu não estou presente; depois da leitura deste primeiro livro que comprei, até ficou mais interessado na série da tv e gravámos, inclusivé, todos os episódios de uma temporada, que ele vê e revê.

Assim, passado um mês ou dois, comprei mais um livro da coleção:

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“O Caso do Vulcão Pestilento”. O Alexandre também se interessa muito por vulcões. Na altura não lhe apeteceu lê-lo e o livro esperou umas belas semanas até ele ter aceite a minha sugestão de o lermos juntos. Valeu a pena a espera, pois depois passámos uma tarde muito bem passada com todo o interesse e ligações que a história suscitou.

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Basicamente a história gira à volta da resolução do estranho caso de, em pleno Julho e após uma quentíssima tarde a comer belos gelados de mozarela (o Gerónimo é um rato), no dia seguinte estarem 30 º negativos, um frio de congelar os bigodes. E a Ratázia (a cidade dos roedores) tinha ficado sem eletricidade. O Alexandre começou logo a questionar o aspeto técnico de um nevão poder fazer falhar a distribuição da corrente elétrica através dos cabos e estivémos a debruçarmo-nos sobre o assunto e a possibilidade de tal ocorrer (ele não se convence assim facilmente quando algo não lhe faz sentido, faz perguntas e mais perguntas até perceber e às vezes não aceita mesmo a explicação técnica até perceber através de uma qualquer experiência e se lhe fazer luz)

😉

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A história continua e a forma como está escrita é bem divertida.

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Ele também apreciou quando apresentaram os amigos que iam ajudar na aventura, é uma apresentação, inclusivé gráfica, de personagens e ele gosta de uma variedade de personagens e está habituado (por causa dos teatros e da profissão da irmã) a encarnar e a ver encarnar personagens e um mesmo ator fazer vozes e arranjar tiques diferentes para as várias personagens de uma história.

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E como gosta muito de fazer cálculos de cabeça, também gostou da parte da história onde um dos membros do clube dos “cavaleiros da velha guarda” que vieram ajudar o Stilton na resolução do mistério, o professor Ampério Volt,  faz uma exposição sobre o que já tinha apurado até então e lhe perguntam como tinha feito ele os cálculos, uma vez que os computadores não funcionavam por não haver eletricidade…

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Também se ri às gargalhadas com as maluqueiras como a descrita e ilustrada a seguir (um escorregão e queda de cabeça enfiada na sanita)

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e oh la la, uma invenção fabulástica que os transportará até ao Vulcão Pestilento, um meio de transporte que a história afirma ser desportivo, económico e ecológico, um trenó a pedais… com esquema a indicar como funciona, e tudo!

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Outra sessão de gargalhadas: chegados à base do vulcão contactam com o avô do Stilton através de um emissor-recetor e a voz do avô soa longíssimo; e começa a parte com piada, pois o avô percebe tudo mal. Quando o neto lhe diz que não pode subir lá acima porque tem vertigens (depois de o avô lhes ordenar que subam lá acima), o avô responde “Origens? Mas quem é que falou em origens?”. E o neto tenta explicar “Eu disse que tenho medo de alturas…”. “Farturas? O que tem isso a ver com farturas?” “Ó  avô, é que tenho pavor.” “Favor? Porque é que precisas dum favor?”.

O Alexandre, no meio de risos arranjou logo uma solução: “Porque é que o Stilton não dizia logo a palavra errada e assim o avô percebia certa?” _ tipo “tenho medo de farturas” e o avô perceberia “tenho medo de alturas”.

🙂

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Este episódio serviu para duas coisas: para eu alertar o Alexandre para uma situação (que neste caso pertencia a uma história, mas pode acontecer na realidade) onde há um sentido, uma aplicação prática para o facto de algumas palavras rimarem umas com as outras (isto porque para ele o que nós chamamos de rimar não lhe faz muito sentido) e para eu refletir um pouco sobre o assunto.

O fio da minha reflexão foi o seguinte: não é que o Alexandre não entenda o que é rimar e que sentido faz rimarmos palavras. Eu já lhe expliquei, na sequência de ele me perguntar “comboio rima com quê?”, “Empire State Building rima com quê?”. E o que ele não percebe mesmo é porque as pessoas resolveram chamar rimar à terminologia sonora idêntica das palavras e porque não ao som idêntico do início das palavras, ou a sons intermédios. E porque é que não dizemos que porteiro rima com porta e sim que são palavras da mesma família. E porque não dizemos que técnico rima com computador e com os demais aparelhos eletrónicos. Para ele (que até gosta de jogos de palavras e sempre se riu com a sonoridade de algumas, a palavra “batota” sempre o fez rir às gargalhadas e a palavra “genica” também; e a própria palavra “rimar” tem uma sonoridade que ele gosta muito, se calhar por isso é que ele gostaria que ela abrangesse muito mais situações; e anda sempre a brincar com os sons como por exemplo podem ver na foto abaixo, aqui há tempos quiz encontrar palavras parecidas e que as registássemos, para apreciarmos qual a pequena diferença entre elas, como as palavras “quarto” e “quatro”), quem convencionou que rimar queria dizer que o som final de uma palavra é idêntico ao de uma outra afunilou muito o potencial da palavra rimar.

E isto levou-me a outro ponto, na minha reflexão: nós sempre fizémos por lhe explicar que muitos conceitos são convenções, que um dia alguém (embora baseando-se em algumas razões e lógica) ou um grupo de alguéns resolveu determinar que assim lhe chamaríamos, para facilitar a comunicação entre todos e até coordenarmo-nos uns com os outros. Mas que não passavam disso, de uma convenção. Como por exemplo a sequência dos meses (janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto…) e dizer que domingo é o primeiro dia da semana, mas depois na prática funcionamos como se fosse o último e segunda o primeiro, escrevermos da esquerda para a direita e outras culturas escreverem na vertical. Para que ele não fosse instigado a aceitar as coisas como alguns (ou mesmo a maioria) pensam que são, para não lhe tolher a capacidade (que todos temos) de pensar, de questionar, de interligar, de relacionar, de imaginar e de criar e muito mais. Uma das principais razões que nos levou a enveredar pelo unschooling, foi mesmo essa; e isso implica que nós próprios, também não lhe façamos isso, isto é, não lhe apresentemos as coisas como uma verdade indiscutível,  mas sim interagirmos com ele numa dinâmica salutar. E aceitarmos que ele tenha as suas próprias ideias e pense que pode mudar certas coisas, porque não? E isto já nos levou a certos episódios como este da questão das rimas e um outro agora no fim do ano em que ele insiste que, para ele, agora a 1 de janeiro, começa a primavera (embora saiba que oficialmente ela comece a 21 de março); já que as pessoas não querem mudar o calendário para que o ano comece a 21 de março, então adapta ele o início da estação ao que convencionámos ser o início do ano. E porque é que para os chineses o ano começa em fevereiro? E pronto, para mim está tudo bem, que assim seja. Este ano cá em casa, a primavera já começou (há uns dias…)

😀

Afinal, quando é que não vivemos de faz de conta? Se formos analisar bem… o faz de conta da passagem de ano é apenas “mais coletivo” e, por ter a adesão de mais pessoas, com maior impacte comercial e até psicológico. E não vejo nenhum mal em festejarmos a passagem do ano, para mim apenas importa se o faço consciente de que participo num faz de conta ou não. Por exemplo (há muitas outras situações…).

😉

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Ora bem, aqui há dias comprei mais um livro da coleção do Gerónimo Stilton (já temos três), “O Assalto à Estátua de Ouro”. Desta vez a adesão foi mais imediata e no dia seguinte já estávamos a explorá-lo.

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Bem, a história é à volta de uma “Estátua da Liberdade da Ratázia” e a dada altura uma das páginas do livro identifica existirem no mundo três estátuas da liberdade: a de Nova Iorque, que o Alexandre bem conhece, uma outra em Paris… e a da Ratázia!

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Também a propósito de outra faceta da história há uma página explicativa sobre os fundos marinhos e a sua importância para a fauna e flora marinhas e os perigos para os mesmos de alguns tipos de pesca como o de arrasto. E ficámos a conhecer uma curiosidade (daquelas que tão interessam ao Alexandre, o mais alto, o mais comprido, o maior, o mais populoso…): “Sabias que… a cordilheira montanhosa mais comprida do mundo é submarina? Chama-se Dorsal Média Atlântica e vai do Oceano Antártico ao Oceano Atlântico (praticamente de um lado ao outro da Terra!), com um comprimento quatro vezes superior aos do Himalaia, das Montanhas Rochosas e dos Andes todos juntos!”

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E também a propósito da história (que também contém outra falha de eletricidade! _ outro black out), o Stilton (que é o diretor do “Diário dos Roedores”) escreveu um novo livro que intitulou de “Ideias eletrizantes para poupar ENERGIA”, do qual faz parte esta página com vários conselhos práticos para poupar energia (que também lemos):

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E, o que já se tornou no ritual final da leitura de cada livro, estivémos de novo a “ler” o mapa da Ratázia (as legendas do mapa e a verificar onde fica o quê, a biblioteca, o diário dos roedores, a casa do Stilton, o jardim botânico, a estação ferroviária, o porto, o farol, a estátua da liberdade e por aí fora…

😉

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Logo de seguida, o Alexandre foi para o computador ver no google Earth se descobria a estátua da liberdade de Paris

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e foi desenvolvendo e logo me chamou para me mostrar o que já descortinara há muito tempo: a linha que separa Espanha de França, lá junto aos Pirinéus, que tem uma característica muito interessante, atravessa QUATRO PONTES!!!

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Daí saltou para me mostrar Moscovo

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e logo de seguida para eu ver como, quando começava a ficar noite em Portugal já era noite cerrada na Rússia e dia em muitos outros países.

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Foi há uns três meses atrás que ele começou a explorar a opção 3D do Google Earth com o pai e veio depois mostrar-me todo entusiasmado, as suas potencialidades. Eu estava habituada ao Google Maps e a vê-lo também trabalhar com esse recurso e achei muita piada ao aspeto inicial, ver uma representação “com volume” do globo terretre e pensava que o 3D se resumia a isso…

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… quando ele me mostrou: “Espera, já vais ver!” E abriu em simultâneo a página da wikipédia à qual acedemos com frequência pesquisando por “tallest buildings tokyo”, para copiar o nome de um dos edifícios mais altos de Tóquio, colá-lo na pesquisa do Google Earth 3D e mostrar-me o edifício!

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E depois, não lhe apetecendo abrir mais uma página da wikipédia, pois tinha a listagem à sua frente que já tínhamos feito de uma outra vez em que nos interessou copiar a lista dos edifícios mais altos de Madrid, à mão, para depois estarmos mais confortáveis a procurá-los no Google Maps do iPad, escreveu o nome de um desses mais altos de Madrid agora na pesquisa do Google Earth 3D…

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et voilà!!!

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