Boa tarde a todos!
Como tinha dito no post anterior, no seguimento das pesquisas que fiz sobre o “aprender a ler” pelo método globlal, li, na internet, sobre alguns utilizadores deste método.
O movimento da Escola Moderna tem a sua expressão aqui em Portugal (sobre a escola moderna) e, espalhadas pelo país existem várias escolas que utlizam o que chamam de “Método Moderno” que, na parte de ensinar as crianças a ler, também adoptam o método global. Uma escola já famosa é “A Escola da Ponte” situada em Vila das Aves.
A dada altura debrucei-me um pouco sobre a Escola da Ponte, pois gostei de ler e aprofundar o que se pode ver no seu site.
Ao pesquisar ainda sobre a leitura pelo Método Global, encontrei páginas sobre Décroly, médico e pedagogo belga que fundou uma escola aplicando o método pedagógico que desenvolveu (outros textos, aqui e aqui). Hoje em dia existem ainda escolas/colégios baseados na sua pedagogia.
E encontrei páginas sobre Célestin Freinet, professor e pedagogo francês, que punha em prática a aprendizagem baseada na realidade do dia a dia das crianças e muitos outros detalhes como nos podemos aperceber lendo as suas invariantes pedagógicas (traduzidas na página da wikipédia, link anterior). Gostei muito de ler este seu texto em que explica a não necessidade de se aprender gramática.
Também li um pouco sobre o Método Montessori.
Bom, com tudo isto fui cimentando a vontade de que o nosso filho pudesse dispôr de outras formas de escolaridade diferentes das habituais, conversando com o Pedro, uma vez que teríamos de adoptar a solução que nos parecesse presentemente a mais adequada.
Continuamos então no próximo post, uma bela semana para todos e até dia 5, Quarto Crescente!
Caderno Verde
Por montes e vales
Este ano descobrimos outra coisa que o Alexandre gosta de fazer: subir montes. Montes grandinhos, mesmo.
Não me ocorria, pois ele, quando caminhamos um pouco mais a pé, quer colo, diz que está muito cansado. Mas afinal até me devia ter ocorrido, porque a Celina era a mesma coisa, aos oito anos ainda pedia colo, nunca gostava de andar muito, mas quando fazíamos passeios a subir montes, subia tudo por ali acima.
O Pedro adora subir montes, penso que ainda não teve oportunidade de subir nenhuma montanha. Eu e a Catarina já, tinha ela 13 anitos, em 1999, subimos ao Pico, nos Açores, juntamente com um grupo e sob as indicações de um guia, num dos anos que fomos aos Açores a um dos workshops do Robiyn de integração com a Natureza, que incluíu ainda nadar com golfinhos, em alto mar. Custou-me, já na altura, a última parte, chegar mesmo ao cimo, mas cheguei. À Catarina, pelo contrário, não custou nada. Aqui está ela no “Piquinho do Pico”!
Temos belas recordações dos dois workshops que frequentámos com este tema (o da integração com plantas e animais), nos Açores (também frequentámos outros, sobre o mesmo tema, no continente, igualmente belos e profundos).
Bom, mas o Pedro, sempre que “arranja” um monte mais altinho para subir, lá vai ele. Nas primeiras vezes que vim com ele aqui à terra da mãe, ainda subimos juntos. É delicioso andar pelos caminhos no meio de árvores e serra, o ar é tão puro. E depois ao chegarmos ao cume, deitarmo-nos a descansar, ouvir os passarinhos e fazer exercícios de relaxamento.
Descer é mais rápido, mas igualmente lindo.
Este ano foi sozinho, porque pensámos ser impensável subir com o Alexandre a maior parte do tempo ao colo. Só que o Alexandre começou a dizer que também queria subir com o pai e depois de o pai voltar, quando fomos andar por uns terrenos perto da ribeira e ele viu um outro monte mais pequeno, combinou logo com o pai “Amanhã vamos subir aquele”.
E fomos, a avó também (quem me dera chegar daqui a uns vinte e tal anos e ainda subir assim como a avó…). O Alexandre subiu pelo seu pé até quase a meio da subida. Depois foram-se alternando partes às cavalitas e outras a pé, de novo.
Aqui estão umas fotos…
Bem, estes são “a locomotiva e a primeira carruagem”, já no cimo do monte (a 2ª carruagem era eu, mas não dava para aparecer na foto…a avó já estava bem mais à frente, a reviver momentos da sua juventude).
E volta e meia subimos a um monte mais pequenino que existe relativamente perto de nossa casa.
Por exemplo, como aconteceu no Domingo passado, como podem ler no post que escrevi para o Pés Na Relva nesta semana.
Quando falei pela primeira vez neste blogue no Pés Na Relva não escrevia para lá. Como entretanto tive contacto com algumas famílias que praticam o homeschooling em Portugal, algumas das quais partilham as suas experiências na área do ensino doméstico publicando-as nesse blogue que poderemos chamar de “colectivo”, convidaram-me a partilhar também lá as experiências que vamos tendo nesta área, actividades, reflexões e tenho gostado muito desta partilha. Obrigada a todos os incentivadores do Pés Na Relva a todos os que têm contribuído com as suas experiências, inclusivé através dos comentários!