Posts tagged workshops

Simpósio Sandra Dodd em Lisboa e Coisas que temos andado a fazer… V

Vivam, bom dia!

Conforme anunciei neste outro post, a 1 e 2 de Junho aconteceu em Lisboa, o Simpósio sobre Unschooling com a presença da Sandra Dodd e da Joyce Fetteroll (ambas mães unschoolers, americanas, com filhos já adultos que não frequentaram a escola e têm bons desempenhos nas tarefas que mais gostam de fazer (trabalho), tendo crescido saudáveis e felizes) e vários pais interessadíssimos no tema.

Alguns pais levaram também as suas crianças, pois havia um espaço de brincadeira para elas.

O simpósio correu lindamente, graças também ao empenho da sua organizadora, a Marta Pires.

Os “subtemas” abordados foram os que constavam do programa: 1- Boas-vindas e apresentação das oradoras; 2- Sandra Dodd – “As origens das ideias sobre o movimento norte-americano da “Open Classromm”, e John Holt e a reforma da escola; Como funciona o unschooling”; 3- Joyce Fetteroll e Sandra Dodd – “Aprender e Ensinar”; 4 – Sandra Dodd – “Desescolarização (deschooling)”; 5 – Joyce Fetteroll – “Caixa de Ferramentas para o Unschooling (1ª parte) e (2ªa parte: perguntas e respostas); 6 – Joyce Fetteroll – “Porque não conseguem relaxar e deixar ir”; 7 – Sandra Dodd – “Escolhas e Parcerias na Família”; 8 – Sandra Dodd – “Benefícios Imprevistos do Unschooling”; 9 – Sandra Dodd e Marta Pires – “Perguntas Frequentes sobre o Unschooling; 10 – “Sessão de Perguntas e respostas; 11 – “Encerramento e despedidas”.

Esteve ainda presente uma jornalista da Notícias Magazine, revista do Jornal de Notícias que desenvolveu uma reportagem sobre o simpósio e o tema Unschooling que sairá oportunamente. Quando souber a data da sua publicação, voltarei a falar-vos aqui.

A Sandra Dodd e a Joyce, na semana seguinte, vieram cá a casa com a Marta (depois de terem ido visitar Sintra) e tiraram algumas fotos (à pintura da nave espacial feita pelo Alexandre, à pintura da árvore de parede do quarto da Celina…). O Alexandre quiz logo saber em que local dos Estados Unidos moram elas, abriu o Google Earth e lá estiveram os três a localizar as casas de ambas (uma em Albuquerque, outra em Boston), muito divertidos. Também cá estava a mana Celina que esteve a conversar com a Sandra sobre a sua filha Holly, pois são ambas da mesma idade e, pelo que disse a Sandra, algo parecidas na maneira de vestir (tanto o Alexandre como a Celina e a catarina não tinham estado no simpósio).

🙂

Foram uns belos e proveitosos dias, belos dias para todos vós!

Beijinhos

Isabel

x

Caderno Verde

Coisas que temos andado a fzer nestes últimos três meses (V)… para além das outras coisas que tenho contado por aqui.

– Parece que andamos na fase dos documentários. Este, sobre a Pirâmide Urbana (uma cidade em forma de pirâmide) projetada para Tóquio (inspirada obviamente na forma das antigas pirâmides), o Alexandre já tinha visto há uns meses atrás e voltou a querer vê-lo de novo, pois andam outra vez a passá-lo no Discovery Channel no programa “Mega-Construções”. Revimo-lo, portanto e desta vez gravámo-lo para um CD,

DSC07479

DSC07480

DSC07481

DSC07482

DSC07483

DSC07484

DSC07485

DSC07486

assim como vimos e gravámos mais 4 documentários também do programa Mega-Construções” do Discovery Channel: um sobre a ponte (também ainda apenas em projeto) sobre o estreito de Bering que ligará a América (Alasca) à Ásia (Rússia); um outro sobre o túnel transatlântico (também em projeto) estudado para ligar a América do Norte à Europa (túnel submarino); um sobre a construção do túnel sob os  Alpes, na Suíça e um outro sob a construção do aeroporto de Hong-Kong. Vimo-los também umas duas vezes cada documentário (por agora…).

Também já vimos quatro vezes (embora ainda o não tenhamos gravado, mas vamos gravá-lo entretanto _ faltaram-nos os cds virgens) um outro documentário sobre os diques nos Países Baixos e uma outra obra de engenharia para que as terras baixas não sejam constantemente inundadas e dizimada a sua população (tal como aconteceu em 1953) e este fez com que o Alexandre andasse a estudar melhor o mapa da Holanda e as suas cidades de Amsterdão e Roterdão (e a ter vontade de ir visitá-las!). E também andou a analisar o mapa da Europa e mostrou-me uma forma que engendendrou de aumentar em 1 ou 2% a quantidade de água doce do planeta…

😉

– Mais desenhos em planta e mapas

DSC07488

(outra versão do mapa de Lisboa com a sua ponte 25 de Abril e o seu aeroporto)

DSC07563

DSC07564

DSC07565

(o mapa da Ilha dos Ratos, dos livros de “Gerónimo Stilton”)

DSC08328

(aqui o mapa que vem nos livros)

😉DSC08329

– Estiveram cá uns amigos a brincar (três irmãos), o Alexandre a jogar xadrez com o mais velho.

DSC08320

Comments (1) »

Simpósio em Portugal sobre o Unschooling com Sandra Dodd e Joyce Fetteroll

Está quase a acontecer!

A Sandra Dodd e a Joyce Fetteroll, mães americanas unschoolers com filhos unschoolers já crescidos e perfeitamente integrados, socialmente falando (trabalho, amigos, Mundo!), facilitarão um Simpósio sobre Unschooling, em Lisboa, que terá lugar já nos próximos dias 1 e 2 de Junho (Sandra Dodd, autora do livro “The Big Book Of Unschooling”).

Todas as informações no blog criado para o efeito pela Marta Pires, “Simpósio “Sandra Dodd e amigos em Lisboa””.

Nós vamos (o pai e eu, se bem que desfasadamente) ao Simpósio, por ser uma oportunidade única para trocarmos impressões, esclarecer certos temas e podermos também contribuir partilhando as nossas vivências em unschooling.

A não perder, para quem verdadeiramente interessado no tema.

Vemo-nos por lá. Beijinhos a todos,

Isabel

Comments (1) »

Questionamento_ 4ª fase da BCAP

Olá a todos!

Tal como as organizadoras desta coletiva (Amor Aos Pedaços) delinearam, este Questionamento segue-se à Esperança (vejam a partir daqui todas as participações).

Dos vários momentos que dediquei à esperança (ou à não esperança) nesta coletiva, faz parte um comentário que coloquei na participação da Lina e que para aqui transcrevo:

“Ah, ah, querida maninha! Este é um post mal humurado??? Então que venham mais pots “mal humurados” assim! Para mim é um com muito humor (e Amor) à mistura!

Pois que te percebo e já vi que já viste que eu te percebo e que também me percebeste, pelo comentário que deixaste lá na minha participação… perceberam?

Bem, deixando-me de trocadilhos, já há uns tempinhos que percebi que a maior parte dos problemas nas nossas vidas são uns falsos problemas e que derivam de toda a confusão de conceitos e preconceitos e julgamentos e de “saberes” com que somos bombardeados desde que nascemos e aos quais, ao fim de um certo tempo de bombardeamento, sucumbimos. Conceitos como este da Esperança (e muitos, muitos outros) que nos são apresentados sob uma capinha muito lindinha e a prometer-nos os céus. E assim entramos nesta roda, neste ciclo vicioso de encantos e desencantos, de ilusão e desilusão, de esperança e de desespero, de todas as polaridades e não sei quando é que a raça humana vai sair deste impasse bipolar (inspirei-me na “bipolaridade emocional” do chamamento das 4 R’s a esta fase, gostei do encaixe da expressão…)_ talvez quando retornarmos às crianças que fomos e nos relembrarmos do que é naturalmente mágico e verdadeiro e por isso não é mágico, é real, nós é que nos esquecemos do que a realidade É, realmente, deixámos de a percecionar (ou por outras palavras, do que o Amor É_ e andamos para aqui a chamar-lhe outros nomes!) Ora exatamente sem esperança que lá chegaremos e simplesmente com amor (que tudo pode-tudo confia-nada questiona-tudo faz, etc., etc.), me despeço de ti e deste teu post mirabolástico e fantástico, por hoje… mil beijinhos!!! Isabel”

Pois como para mim o amor nada questiona, não me faz grande sentido adotar o questionamento como uma fase do amor (assim como o não fez o desencanto (2ª fase) e mesmo a esperança (3ª fase). Faz-me mais sentido se eu considerar que estas “fases” sejam algumas das que alguns de nós passamos até redescobrirmos o que é o Amor… talvez. E que, afinal de contas, nada têm a ver com Amor.

Bem, é que não tenho muito a dizer quanto ao questionamento como “ferramenta de auto-conhecimento”, digamos, ou melhor, não tenho muito a acrescentar ao que já disse quando participei nas 4ª e 5ª fases da coletiva anterior, “Fases da Vida”, que se referiam à Juventude e à Maturidade e que eu intitulei de “Relacionamentos e Busca _parte I” e “Relacionamentos e Busca_ parte II”. Podem reler (ou ler pela primeira vez!), ficarão com a noção de como o questionamento passou por mim ou eu passei pelo questionamento e culminou num não buscar, não questionar, não por ter concluído o meu “auto-conhecimento”, como é óbvio, e sim porque deixou de fazer sentido buscar e questionar quando me reencontrei comigo própria (assim, muito resumidamente, porque “vi”, com o meu próprio coração, como sabemos todas as respostas, então não há que buscá-las, já cá estão, é só sintonizarmos com elas e tudo passou a ser “praticar a sintonia”).

Da mesma forma, partilhei nesses posts o sumo das minhas “fases do amor” no que respeita ao que denominei de “amor conjugal” e então, para esta coletiva agora, específica sobre o amor, pouco se me afigura acrescentar quanto ao amor (conjugal, romântico, como lhe quiserem chamar). Daí, até agora ter falado de alguns meus “estados de encantamento”, no geral (na 1ª fase em Março), do meu “desamor à sociedade” quando adolescente (na 2ª fase, em Abril) e do meu “amor de mãe” (na 3ª fase, em Maio).

E assim, agora _ menos palavras e mais ação, entrega e Amor no lugar de questionamento, experimentar para saber e fazer acontecer _, convido-vos a ver este vídeo (partilha de vivências de uma médica, de profissão, que vive e trabalha em Aveiro-Portugal):

(Gosto muito quando, já quase no final, a Isabel diz que tudo aconteceu, porque foi o amor que fez acontecer e agradece também ao marido, visivelmente emocionada, o que muito tem a ver com este tema e este post).

E este ainda, com amor  e gratidão:

Amo-vos e grata por Tudo (inclusive pela paciência que têm tido comigo)!

😀

Isabel (de Matos)

Comments (14) »

Desencanto _ 2ª Fase da BCAP

Olá a todos!

Com este post, participo na 2ª fase – “Desencanto” da Blogagem Coletiva “Amor Aos Pedaços” organizada por Rute, Rosélia e Rosa (Luma) (podem aceder à lista das restantes participações, aqui).

Vou falar-vos hoje do meu primeiro desencanto, embora não considere que o desencanto faça parte do Amor ou seja uma fase do Amor, tal como não considero que o Amor exista “aos pedaços”, ou tenha fases, é sempre inteiro, íntegro. Eu percebo o âmbito desta blogagem e que os pedaços se referem às várias partilhas de cada um neste tema absolutamente amoroso                      😉                             (para além de que, amor aos pedaços, nos remete para aquela lojinha que vende bolos deliciosos, à fatia (e inteiros também), e muitos dos blogs participantes são blogs de culinária…).

Ainda assim, com todo o amor pelas autoras e organizadoras desta coletiva, não me soa bem o amor aos pedaços e tão pouco a abordagem do desencanto como uma fase do amor ou fazendo parte do amor. Mas estas são considerações pessoais, valem o que valem, refiro-as tão só para situar a minha participação nesta coletiva que me merece toda a consideração e tem sido um sucesso amoroso!

Se me perguntarem porque participo então, responderei: “Por amor”. O amor não olha à idade, não olha a classes, não olha a nomes (!), não é mesmo?

Pois o meu primeiro desencanto aconteceu por volta dos meus 14 anos de idade, quando comecei a perceber coisas como o que são a liberdade e a falta dela, a falta de amizade e de respeito de alguns (muitos!) pelos outros e pela Terra, pelo Mundo, sistemas e mais sistemas que pouco (ou nada) têm a ver com a Vida, com o Amor… desencantei-me com a sociedade.

Via pessoas a deixarem-se de falar, devido a frustrações, a stresses, a preconceitos e dogmas. Via pessoas desencantadas com o seu quotidiano, com o trabalho, com a família, com a sua vida emocional, enfim, com a sua vida. Via uns e outros em guerra com o vizinho. Via notícias sobre guerra entre países e imagens de tudo despedaçado e perguntava-me, “o que é isto?”. Desencanto. Amor não é, concerteza.

E questionava-me sobre quase todos os sistemas e quase todas as regras sociais, sobretudo os obrigatórios (na altura não me questionei sobre o sistema de ensino vigente, olha, questiono-me agora!                  🙂                 ).

Esses temas “sociais”, “coletivos”, “humanitários” (ou não “tenha eu 3 planetas pessoais em Aquário”, Sol, Mercúrio e Vénus                😉               ) eram muitas vezes os temas dos meus poemas (escrevia muitos poemas, nessa altura). Na minha cabeça (e sobretudo no meu coração) não percebia porque nos organizamos socialmente desta maneira em sistemas (políticos, económicos, financeiros, culturais, religiosos, sociais, educativos e tudo o mais e que são tudo menos naturais) que nos pretendem desconectar uns dos outros e do Universo no lugar de preservarem essa conecção.

E, claro, o meu próprio desencanto e julgamentos também não foram uma expressão amorosa. Percebi-o bem mais tarde, lá para os 30 e tal anos de idade, ao frequentar os workshops do Robiyn e a cimentar o que por lá percebi, vivendo na prática.

Depois ainda, li livros de outros autores que se interligam a respeito de alguns conceitos e práticas, tais como as ideias de que o Bem e o Mal e a dualidade não fazem parte da realidade, porque o que habitualmente chamamos de realidade alguns outros percebem-na como uma ilusão (como é dito em filosofias e práticas orientais), outros como uma “realidade” (não realidade, uma expressão, uma construção da nossa mente e emoções) virtual ou holográfica (alguns cientistas (físicos quânticos e outros) e vários outros seres que se dedicam ao assunto, tais como o Robiyn e, um outro exemplo, David Icke).

É muito estranho para nós pensarmos que o “mundo físico” que vemos à nossa volta afinal não é “exterior” a nós, que não existe tal coisa como “dentro de mim” e “fora de mim”, que somos “co-criadores do “mundo””, que o nosso “corpo físico” é um recetor (tipo um aparelho de rádio, televisão, computador ou isso tudo junto e de complexidade ainda maior) que capta uma gama muito reduzida de todas as frequências, ondas (vibrações!), que existem no Universo.

Se estiverem para aqui virados e quiserem aprofundar bem o assunto, recomendo (não resulta apenas para os desencantos com a sociedade, resulta também para os desencantos românticos, para os desencantos connosco próprios, para todos os desencantos e a ordem aqui apresentada é aleatória, podem começar por qualquer um):

1 – A frequência dos cursos/workshops Renaski^gi, “A Arte de Viver Em Harmonia” facilitados por Robiyn (www.robiyn.org).

Não sei resumir do que tratam. De Tudo. Tudo pode por lá ser explicado e vivenciados momentos que nos vão fazendo entender como funciona. A nossa energia pode ser (por nós) transmutada e “alinhada” a frequências de integração e harmonia.

2 – Ouvir (de entre outros da sua autoria, e especificamente para o caso) o CD “Para Além do Bem e do Mal, a Inocência”, da autoria de Robiyn.

A “música de fundo” são as gargalhadas de crianças. O teor explica muitas coisas sobre a dualidade, o Bem e o Mal, a educação e outras mais. E contém ainda propostas de exercícios para fazermos e intuirmos melhor certos conceitos. Foi ao ouvir este CD que eu realmente percebi isso do Bem e do Mal não existirem. Só cada um poderá percebê-lo por si próprio.

3 – Ouvir (e, mais importante ainda, praticar) o CD “Relaxamento – # 1”, da autoria de Robiyn.

45 min de explicação e 45 min de um exercício básico de relaxamento completamente orientado pelo autor. Quem experimentar e praticar na íntegra concordará comigo ser espetacular e com resultados excelentes.

4 – Ouvir (e, mais importante ainda, praticar) o CD “Rio de Energia e Transmutação Energética – # 1”, da autoria de Robiyn.

45 min de explicação e 45 min de um exercício básico de transmutação energética (perdão) completamente orientado pelo autor. Reitero o meu anterior comentário: resultados excelentes, quem ousar praticar entenderá o que quero dizer.

5 – Ouvir (e, mais importante ainda, praticar) o CD “Telepatia e Diálogo Mental – # 1”, da autoria de Robiyn.

45 min de explicação e 45 min de exercício básico de diálogo mental completamente orientado pelo autor. Reitero o meu comentário à prática dos exercícios anteriores.

6 – A leitura do livro “Você É a Solução”, da autoria de Robiyn.

Um livro que nos conduz a assumirmos efetivamente a responsabilidade pela Vida, que nos aponta a solução para cada um dos problemas, que nos ajuda a redescobrir quem somos e a agirmos como tal.

7 – Ver o documentário (filme) “What a Bleep Do We Know?”, realizado por William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente.

Trata-se de um filme produzido através de várias entrevistas feitas a cientistas (físicos quânticos, biólogos, bioquímicos, médicos, neurologistas e neurofisiologistas, psicólogos, um investigador na área da ciência noética com formação em telecomunicações, outro na área da psicoenergia) e também a filósofos, um teólogo e um espiritualista. “O que raio sabemos nós?” é um filme que nos abre a mente e nos solta de preconceitos que herdámos não só através da religião como da própria ciência, sem criticar uma e outra, e sim interligando-as e unindo-as.

Através deste link (há vários outros) podem aceder à primeira parte do filme (com legendas em português br); para as restantes partes é só ir clicando na parte seguinte.

8 – Ler o livro “Afinal o Que Sabemos Nós?” da autoria de William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente.

Diz William Arntz na introdução ao livro: “A vanguarda da descoberta científica parece provocar um fascínio universal, e ao intersectá-la com verdades aceites durante muito tempo no reino místico torna a ciência aplicável à vida quotidiana. Sempre que conversava com alguém acerca deste material, todos ficavam intrigados: “A física quântica diz isso?!” “As minhas células fazem isso?!” “Eu-eu-eu crio a minha-minha-minha experiência?!” Nós sabíamos que o público existia, era só uma questão de chegar a ele.”

Obrigada Rute, por me teres emprestado o livro, eu tinha apenas visto o filme e o livro comporta ainda muito mais informação. E eu sou uma fã da física quântica                😉

Embora o livro, tal como o filme, seja baseado nas muitas entrevistas feitas a “cientistas da vanguarda” (e também a alguns “espiritualistas da vanguarda”), é perfeitamente compreensível e acessível a todos nós.

9 – Ler o livro “Limite Zero” de Joe Vitale e Ihaleakala Hew Len.

Está gratuitamente disponível na internet.

Joe Vitale, autor de bestsellers na área do desenvolvimento pessoal (como por exemplo “O Factor Atracção”), foi humilde o suficiente para a dada altura da sua vida (e carreira profissional) perceber, assumir e divulgar através deste livro, que muitas das coisas que tinha escrito (tal como o livro que referi acima e a sua participação no livro “O Segredo”) e transmitido nos seus workshops, anteriormente a ter conhecido Ihaleakala Hew Len, eram baseadas em alguns equívocos, que as coisas se passam realmente de outra forma e o que funciona, na resolução de todos os problemas (os que consideramos nossos e os que consideramos de outros ou mundiais, etc.) é algo muito simples e natural e ao mesmo tempo parece uma enormidade tamanha para alguns: cada um de nós é responsável por tudo o que surge na sua vida (dentro de si e à sua volta (o que significa, também tudo o que acontece na vida das pessoas à sua volta) e ainda tudo o que tomamos conhecimento), o que é absolutamente A Liberdade, pois nos torna o único ser capaz de o resolver, mudar, transformar; e a forma que existe de o fazer é perdoar (qualquer coisa: uma pessoa, um acontecimento, uma situação, um objeto, em última análise, nós próprios), que significa transmutar, limpar, clarificar, dissolver, sentimentos e emoções associadas e, em conjunto com o perdoar, agradecer e amar. Limpar todos os julgamentos, preconceitos e limites que nos impomos (ao que os autores deste livro chamam “entrar em estado de Limite Zero”) para que, ao invés de nos orientarmos e agirmos por eles comandados, que é mesmo o termo, possamos estar completamente livres para nos orientarmos e agirmos unicamente por inspiração, por Amor.

Lendo o livro é fácil perceber como distinguir quando agimos devido a memórias enraizadas que nos trazem sempre mais do mesmo (e por isso vemos quadros mais negros) ou quando agimos por inspiração, que é sempre amorosa e nos traz sempre harmonia e felicidade.

Engraçada também é a história/facto/acontecimento que despertou a curiosidade de Joe Vitale sobre o doutor (é psicólogo) Ihaleakala Hew Len: um amigo perguntou a Joe Vitale se já tinha ouvido falar de um terapeuta que curara pessoas sem jamais vê-las, usando um sistema havaiano chamado ho’oponopono. E à sua incrédula reação, o amigo continua a explicar-lhe tratar-se de um psicólogo que curou um hospital cheio de criminosos com problemas mentais, sem nunca ter atendido pessoalmente um único paciente. É aí que ele tenta tudo por tudo até encontrar o inusitado psicólogo, contactá-lo, entrevistá-lo, participar num seu workshop, aprofundar as “técnicas” e a prática do ho’oponopono e operar mudanças relativamente a como vinha fazendo as coisas, agora com um outro entendimento que lhe fez todo o sentido.

Há um ponto ou outro ao longo de todo o livro com os quais não concordo, como por exemplo a história sobre hamburgers e charutos, não fosse eu vegetariana e não fumadora (ativa, porque passiva às vezes não tive como), o que não me impede obviamente de divulgar o que considero um bom livro nem descartar a oportunidade de que mais alguém possa vir a conhecê-lo e desfrutá-lo (tal como eu dele desfrutei) bem como da bela prática ho’oponopono.

10 – Ler o livro “Raça Humana, Ergue-te” da autoria de David Icke.

Já li alguns livros de David Icke (e assisti à palestra que deu o ano passado em Portugal) e, embora à primeira leitura me tenham deixado um pouco “de pé atrás”, “será que isto possa mesmo ser assim?”, a quantidade imensa de informação e pesquisa, da sua parte, ao mesmo tempo coerentemente interligada, é tal, que não posso absolutamente descurá-la. Podia falar-vos dos outros seus livros que li, mas para os efeitos deste post, recomendo vivamente o “Raça Humana Ergue-te”, onde, no meio de muita outra incrível informação, está muito bem explicado como aquilo que habitualmente chamamos de realidade física é uma “realidade holográfica” (virtual).

Também nos conta, nesse livro, muito da sua história de vida, como passou de futebolista profissional a jornalista na BBC, a membro do partido “os Verdes” do Reino Unido e como percebeu que tudo isso é falacioso e está “contaminado” por uma intrincada “conspiração global” (um dos seus livros intitula-se, precisamente, “Manual da Conspiração Global e como acabar com ela”). E fala-nos do seu percurso “espiritual”, de algumas das suas “fontes de informação” e “plataformas de pesquisa”, para além de toda a restante informação e indicação de fontes que nos convida a pesquisar, que disponibiliza.

Tive há pouco conhecimento que foi já editado o seu novo livro (penso que ainda não em português), “Remember Who You Are”. Ainda o não li, assim que tiver oportunidade, vou lê-lo, claro.

11 – Ler o livro “Anastásia” da coleção “Cedros Ressoantes da Rússia”, da autoria de Vladimir Megre (e os restantes livros da colecção).

Nesse primeiro livro da coleção (são 10 livros ao todo, 5 deles já editados em Portugal) Vladimir conta como travou conhecimento e amizade com Anastásia, uma habitante (humana) da floresta russa (taiga), onde sempre viveu e passa-nos uma quantidade incrível de informação sobre como vive (e como viveu desde que nasceu) Anastásia, todas as capacidades que nos são inatas a todos e que ela sempre preservou e desfrutou, como as usa para benefício de todos e muito mais.
Para mais informação e indicações sobre os livros, podem consultar o site português (onde se encontra referenciada a ligação para a página do autor, em russo e em inglês): http://www.cedrosressoantes.com

12 – Experimentarmos tudo isso e “ver para crer” (ou melhor ainda, como diz o Robiyn, experimentar e deixar de crer, porque passa a saber, por experiência própria, o que é diferente de apenas conhecer _ sabedoria é diferente de conhecimento).

x

Termino de novo com o encantamento, o tal, para quem ainda se encontrar desencantado:

“abzkkkddlllavmixxxx”!                                                         😀

(Contei desta poção mágica, aqui, na parte do Caderno Verde (final do post)).                                                🙂

Pronto, como eu disse no post dedicado ao encantamento, ficaram encantados, a partir de agora todos nos damos conta que somos FELIZES!!!

Beijinhos encantados para todos.

Isabel

Comments (12) »

Atividade: Passeio Fotográfico em Sintra

Vivam, boa noite!

Começou assim: a Carla, do Magic Moments, veio um dia destes revisitar este nosso blog e trocámos comentários e depois e-mails com vista a organizarmos, para um grupo de crianças em ensino doméstico, um passeio fotográfico do género deste que eu acabara de ver publicitado no seu blog.

E assim o realizámos, no Domingo passado. Fomos um pequeno grupo, de 7 crianças entre os 4 e os 9 anos (a atividade foi especificamente a eles dirigida) acompanhadas pelos seus familiares/amigos adultos. Nós fomos os dois (pai e mãe) com o Alexandre, que no início estava um pouco tímido, mas sempre participativo.

O Nuno e a Carla começaram por lhes pedir para fazer um desenho de algo que estavam a observar e que depois queriam fotografar e a aderência foi total. E seguiram-se catadupas de fotos. Enquanto percorríamos recantos de Sintra.

Hoje não coloco aqui as fotos tiradas pelo Alexandre, com a máquina digital. Vou depois colocá-las num post, no Caderno Verde. Deixo algumas das que tirei eu, com o meu modesto telemóvel, enquanto o grupo se movia…              😉

Começámos na envolvência do Palácio Nacional de Sintra e acabámos no Parque da Liberdade.

E finalizámos o passeio com um belo piquenique.

O que quero salientar: o Nuno, com a maior das facilidades, captou a atenção do Alexandre (e a sua amizade! No final deram-se grandes conversas entre os dois!). O Alexandre no final da atividade não queria ir ao piquenique, acabámos por ir e adorou. Ele já tirava fotos volta e meia, mas depois disto (retendo a lição do Nuno sobre o porquê de fotografarmos_ podermos fielmente guardar as imagens que gostamos (e os momentos, mágicos!) para mais tarde recordar…          🙂                  ), resolveu imortalizar tudo o que para ele estava a ter significado: uma florzinha amarela que me ofereceu lá em Sintra (para eu me lembrar dela mesmo depois dela morrer) e, chegados a casa, todas as divisões e recantos da casa, varanda e vista da varanda, objetos queridos, o gato e eu com o gato ao colo, etc., etc., para um dia mais tarde nos lembrarmos como era, exatamente.

Gostámos todos muito deste Passeio Fotográfico (houve até uma menina que perguntou quando é que íamos ter o “nível 2!”). Grata a todos os participantes e à Carla e ao Nuno!

Beijinhos para todos vós, belos momentos mágicos para todos.

Isabel

Comments (7) »

Ressonâncias Informativas… – Fases da Vida

Vivam! Boa noite!

Depois do último post da BCFV (Blogagem Colectiva Fases da Vida) na qual participei a convite da Rute do Publicar Para Partilhar, as organizadoras da BCFV fizeram uma sessão de encerramento (bela organização!).

Como agradecimento, sinto-me no dever-direito-prazer de aceitar o seu convite para com elas ressoar e assim nasce-cresce-e se transforma este post,

Ressonâncias Informativas…

… para a libertação de qualquer paradigma

Como introdução quero explicar que as ressonâncias são informativas porque vou associar a divulgação/informação de alguns trabalhos/posturas que ressoam com cada uma das Fases da Vida que deram corpo à BCFV (Nota: a divulgação não é exaustiva e sim, apenas alguma informação que eu absorvo e sinto ser importante partilhar) . E o “… para a libertação de qualquer paradigma” tem a ver com o seguinte:

De há uns anos para cá que, na minha “busca” (da felicidade, digamos, até perceber que o que tinha a fazer era parar de buscar _expliquei o porquê nas minhas participações nas 4ª e 5ª fases da BCFV, Juventude e Maturidade, respectivamente), me tenho deparado com textos e afirmações de pesquisadores das mais variadas áreas constatando que a Humanidade atravessa uma mudança de paradigma (um novo paradigma dará lugar a um velho), isto é, ocorrerão (aliás, já começaram a ocorrer) transformações dos modelos/padrões/matrizes colectivos a nível social, económico, educativo, científico, na área da saúde, da justiça, da psicologia colectiva, etc., etc.

Ora que eu não desejo a substituição de um paradigma por outro. Para mim, não há paradigma que nos sirva! Liberdade é liberdade e pronto. E dá a mão à integração, à harmonia, ao amor…

Nesta óptica, passemos às ressonâncias informativas (para a libertação de qualquer paradigma    🙂            ) para cada Fase da Vida tal como a vivemos ao longo destes oito meses de BCFV, honrando a frase de Gandhi, “Sê a mudança que queres ver no Mundo”:

1ª Fase – Nascimento

Parto Natural/Parto Humanizado

Muito sumariamente, uma forma de nascer sem violência, em harmonia.

Um link…

… para o site da Humpar, Associação Portuguesa pela Humanização do Parto.

Um blog…

… de uma doula de Portugal “no activo”,”Parir em Paz“.

Um profissional…

Michel Odent, cuja máxima “Para mudar o Mundo é preciso mudar a forma de nascer” tem corrido Mundo            😉           .

Um vídeo…

Este vídeo “promocional” do nascimento na água _ “parto tradicional” versus parto natural, os benefícios (para todos) e a beleza de um parto natural.

Um livro…

… Nascido no Mar _ o Nascimento como Iniciação, de Chris Griscom

(um livro lindo à base de fotos (e com algum texto) do nascimento do seu 5º filho nas águas morninhas das Bahamas)

Uma referência…

… os workshops Renaski^gi dados por Robiyn (ver aqui e aqui), onde de entre muitos outros temas é mostrada e explicada, acompanhando exercícios e demais vivências, a importância do nascimento de uma forma natural, que não violente os direitos das mulheres, das crianças, dos pais, da família e muitos mais, uma forma que realmente receba com amor o ser que chega ao planeta, como um verdadeiro “cartão de boas-vindas”.

(Nota: os workshops Renaski^gi são tranversais a todas as fases da vida pelo que serão referidos em várias fases, numa das suas facetas que se aplique à fase em foco)

Um espaço…

Maternidade Acuario, em Beniarbeig, onde se observam todos os preceitos inerentes a um parto natural e humanizado (a maternidade onde nasceu o nosso filho mais novo).

Uma foto…

… da minha experiência pessoal logo após o nascimento na água do nosso filho mais novo, há oito anos atrás.

2ª fase – Infância

Aleitamento Materno/Amamentação Prolongada e outra forma de Educação

Um link…

… para o site da Liga La Leche

que promove o aleitamento materno e a amamentação prolongada e organiza reuniões de apoio moderadas por membros da liga, onde as mães interessadas poderão ouvir testemunhos de outras mães, trocar experiências, fazer perguntas, obter informação especializada e muito mais.

Um CD…

“Mais Além do Bem e do Mal… a Inocência…”, de Robiyn

Onde ouvimos, ao som de uma música suave e de gargalhadas de crianças, como transcender a polaridade Bem-Mal (e o que são o Bem e o Mal), voltarmos à criança que todos somos, uma definição da verdadeira educação fundada na raiz etimológica da palavra EDUCAR e algo mais…

3ª fase – Adolescência

Liberdade de Educação

Um tema que me é muito caro ou não tenhamos nós, como família, optado pelo Ensino Doméstico em relação ao nosso filho mais novo. É também um tema transversal a várias fases da vida, foco-o aqui na adolescência por ser a fase em que é mais sentida toda a repressão/formatação/tolher de criatividade e dos ritmos individuais existente nos actuais sistemas educativos.

O Ensino Doméstico é apenas uma forma possível de escolaridade de acordo com a actual legislação portuguesa que nos permite um pouco de liberdade quanto a “métodos educativos”. Algo mais amplo é A Liberdade de Educação, que tem a ver com o Unschooling preconizado por John Holt.

Um nome, uma referência, um link para o seu site oficial…

John Holt

o artigo sobre John Holt na Wikipédia

o site oficial de John Holt

Um livro (de entre muitos)…

How Children Fail (editado em Portugal sob o título “Dificuldades em Aprender), de John Holt    🙂

Relata inúmeros casos da experiência vivida por John Holt enquanto professor de crianças-adolescentes numa escola, mesmo adoptando ele alguns métodos educativos alternativos, revelando o grande porquê das “dificuldades de aprendizagem” da maioria dos adolescentes e dos truques adoptados pelos “bons alunos” exactamente pensados com o fim de obtenção de uma “boa nota”, não significando qualquer aprendizagem, de facto.

Um blog…

Aprender Sem Escola, da autoria da Paula, mãe portuguesa e vivendo no Reino Unido, seguindo o Unschooling/Aprendizagem Autónoma/Educação Natural/Liberdade de Educação (a Paula também participou nalgumas Fases da Vida da BCFV).

4ª fase – Juventude

Vegetarianismo

Embora ressoando com todas as Fases da Vida, foco o Vegetarianismo ligado à Juventude, porque é com a nossa autonomia financeira que mais facilmente poderemos optar por uma alimentação ética, saudável e sustentável em termos ambientais.

Um link…

… para o site do Centro Vegetariano, em Portugal, que tanto tem contribuído para a divulgação, informação consciente e apoio a quem começa ou quem quer começar a usufruir de uma alimentação ética, saudável, sustentável e equilibrada.

Um blog…

… o da Rute, claro, “Publicar para Partilhar“, com as receitas vegetarianas mais inventivas e as experiências culinárias mais “loucas” que eu conheço           😀

Uma iniciativa…

Segunda Sem Carne, da qual tive conhecimento através de um dos posts do Gilberto para a blogagem colectiva Teia Ambiental (e conheci o seu blog através do da Rute  😉    ) e iniciativa que percebi ser de grande utilidade, pois logo a Lina do blog Aroma de Café manifestou a sua adesão (a Lina também participou em todas as fases da BCFV).

Um livro…

Como Comemos, de Peter Singer e Jim Mason, descrito brilhantemente neste post da Rute, pelo que não vou detalhar mais. Digo-vos apenas que o livro da Rute tem corrido Portugal de lés a lés e ajudado muitos a perceber como comemos                   😉

Um nome, uma referência (um vegetariano         🙂           )…

Robiyn(clicando acedem a fotos do Robiyn com os golfinhos), através de quem me iniciei no vegetarianismo ao frequentar os seus multitemáticos e multidimensionais workshops Renaski^gi. A sua visão ética sobre o vegetarianismo é algo muito interessante de perceber.

5ª fase – Maturidade

Redespertares

Pois e então se chegarmos à maturidade e tivermos nascido com alguma violência (pelo menos devemos ter levado a palmadinha nas nádegas a ver se chorávamos…), não fomos amamentados ao peito, sofremos a formatação dos currículos escolares que visam a formação de jovens obedientes e ao serviço do sistema e se possível com umas palinhas ao canto dos olhos também, não nos tornámos (ainda    😉         ) vegetarianos, temos algum futuro num salto para fora de todos os paradigmas (matrizes, rodas-ciclos fechados onde andamos sempre a experimentar as mesmas coisas, incluindo as mesmas desgraças…)?

Parece-me que sim, não desanimemos… redespertemos (nunca é tarde!).

Redespertemos para a consciência, redespertemos as nossas capacidades natas (talentos, dons) que todos temos.

Uma ajuda valiosa…

Susana Pinho, uma alma doce, mãe de três filhos, que desde criança manteve a sua capacidade de ver as auras e entretanto assumiu o seu talento nato e o partilha connosco, dando consultas (presenciais e à distância) e workshops onde podemos nós próprios ver auras e sentir como interpretá-las.

Uma prática preciosa…

… praticar e praticar os exercícios propostos pelo Robiyn (relaxamento, rio de energia, telepatia, psicometria, realizar o impossível, captação energética e libertação de preocupações, Fusão com o Todo (todos os exercícios são mágicos e para mim este é muito especial), exercício da águia, captação da energia do sol, “viagens no tempo _ passado e futuro” (aspas, porque não existe tempo tal como o conceptualizamos o que se vai tornando fácil de interiorizar à medida que realizamos mais e mais destas viagens), energização (a 14 mãos), como estudar menos e aprender mais e muitos, muitos mais…), com a ajuda de CD’s e frequentando os workshops, pois a maioria dos exercícios não estão reproduzidos em CD para além do precioso que é sentirmos a termos a ética necessária para usar dos talentos redespertos com a ajuda destes exercícios, bem como o sabermos que não só os exercícios fazem tudo e sim também as nossas mudanças de atitudes.

Um filme…

Nunca É Tarde (título em Portugal)                  🙂                  . Nunca é tarde para nos encontrarmos com a criança que fomos/somos, nunca é tarde para sermos autênticos, genuínos e agir coerentemente.

6ª fase – Melhor Idade

Cuidarmos de todos incluindo nós próprios

Redespertando para a consciência a terceira idade pode mesmo ser vivida como a melhor idade (ou serem todas as melhores!). E continuarmos “em forma” para cuidar de todos incluindo nós próprios ou, como diz o Robiyn, sermos felizes fazendo os outros felizes.

Um livro…

Os Segredos de Saúde dos Hunzas, de Christian Godfroy _ os Hunzas, um povo (deste planeta!), cuja esperança média de vida é de cerca de 130 anos

Leiam todo, é só clicar, é melhor que um resumo, é curto e lê-se na perfeição!

Um filme…

Milagre em Manhattan, um filme “de família”, de uma simplicidade e sensibilidade extremas, que deveras me emocionou. E que ilustra a verdadeira acepção do sermos felizes fazendo os outros felizes (agora que se aproxima a época do Natal, é um filme bem adequado à quadra).

Vejam aqui o trailer.

7ª fase – Morte

A transformação

Um post…

este, da Lina, a sua participação para a 7ª fase da BCFV. Gostei de muitas outras participações, e para o que aqui estou a dizer, elejo o seu, muito seu e muito nosso.

Um livro…

“Raça Humana, Ergue-te”, de David Icke _ ergue-te mesmo, para recuperar a tua humananidade           😉

Da sinopse da Lux-citânia (editora em Portugal):

“A Humanidade encontra-se numa encruzilhada e é chegado o momento de fazer uma escolha. Uma das escolhas irá levar-nos à liberdade e a um potencial de uma grandeza que não imaginaríamos ser possível, enquanto que a outra irá condenar-nos _ e aos nossos filhos _ a uma ditadura global fascista/comunista, a uma escala que faria corar o próprio George Orwell”.

Podemos acalmarmo-nos, David Icke é considerado muito carismático, é sem dúvida um pesquisador nato e dispõe de um manancial de informação e de experiências dignas de nos inteirarmos delas. Como o definem aqui: carismático investigador de criptopolitica, globalização, espiritualidade e conspiração global.

Três filmes…

Lorenzo’s oil _ Acto de Amor, baseado numa história verídica. Uns pais a braços (e que não baixam os braços, pessoas muito determinadas) com a doença “incurável” do filho.

A Borboleta Azul, outro filme baseado numa história real, que conta a história de um rapazinho de dez anos que, com uma doença em estado terminal, tendo apenas uns meses de vida, parte com a sua mãe à aventura com a finalidade de realizar um sonho seu: capturar a raríssima borboleta azul que só se encontra nas florestas virgens da América Central e do Sul. A aventura revelar-se-á uma lição de vida e de amor. Sublime.

O Jardim Secreto, um filme de grande beleza e transformações, cultivando o nosso jardim secreto com carinho e amor.

8ª fase – Vida para além…

… da vida como a conhecemos, disse eu.

Um livro…

Vida Depois da Vida, de Dr. Raymond Moody. Um clássico. Trata-se de uma compilação de relatos de casos de pessoas que passaram por um estado de “morte clínica” e que “voltaram à vida”. E o que viram e sentiram, enquanto clinicamente mortos. E algumas conclusões do autor, médico.

Uma colecção…

… de livros!

A série “Cedros Ressoantes da Rússia” (para ressoar mesmo aqui connosco!)

de Vladimir Megre, editados em Portugal por Joanne Gribler, que nos diz: “Mais do que uma colecção de livros sobre o testemunho do misterioso encontro entre Vladimir Megre e Anastasia, a mulher que vive no coração da floresta siberiana, o que presenciamos aqui é uma verdadeira revolução na forma de vivenciarmos o mundo!”

Workshops…

… Renaski^gi, dados por Robiyn, já mencionados neste post em outras “fases da vida”, onde para além de muitas outras coisas podemos vivenciar comunicações efectivas (e eficientes!) com todos os seres (incluindo os que consideramos “falecidos”).

Dois filmes…

Powder_Poder Especial, um dos dois filmes que me fez correr lágrimas sem parar nas 5 ou 6 primeiras vezes que o vi (só a partir da 5ª ou 6ª vez o consegui ver apenas chorando de alegria). Conta a história de um rapaz “diferente” (albino) e muito especial. Vibramos com a sua integridade!

A Pricesinha, o outro dos dois filmes que me fizeram correr lágrimas silenciosas que não conseguia conter. Não quer dizer que vos aconteça o mesmo, a cada um a sua sensibilidade_ e os seus “traumas” inconscientes a transformar (por exemplo, este derrame ininterrupto de lágrimas silenciosas ocorreu à minha filha do meio, aos seus oito ou nove anitos, enquanto via um filme sobre uma gatinha, “As 3 Vidas de Tomasina”).

Coloco nesta fase da vida este filme da Princesinha pois retrata de uma forma muito subtil, para além de muitas outras coisas, uma situação de um verdadeiro salto quântico de uma “realidade” em que o pai da menina morre numa guerra para outra “realidade paralela” em que ele sobrevive e se encontra vivo, após ela ter transformado certos pressupostos da sua vida. Um filme muito belo!

E assim concluo as minhas ressonâncias com a BCFV , de informação/divulgação com o desejo que se transformem num grande abraço que nos une!

Beijos para todos

Isabel

Comments (14) »

Colectiva Fases da Vida _ 8ª Fase_ Vida para além…

Vivam! Bom dia!

E cá estamos de volta a esta colectiva Fases da Vida, hoje a 8ª fase  (a última)_ Vida para além… (da Morte), proposta pela Rute do Publicar para Partilhar. (E aqui o link para a participação da Rute, de hoje, onde podem também aceder a todas as participações)

Não sei bem como vos transmitir o que sinto em relação a este tema. Como para mim, tal como disse na fase anterior, as mortes não são mortes nem “passagens”, e sim transformações, diria que o título com as reticências que a Rute utilizou, “Vida Para Além…”, vai servir perfeitamente para a minha participação de hoje que, no lugar de a intitular de “Vida para além da morte”, vou chamar de

 “Vida para além da vida como habitualmente a conhecemos”.

Quando ainda fervilhavam na minha cabeça ideias sobre vida para além da morte, reencarnação e outras afins, um dia fiz um trato com a minha sogra do momento que na altura tinha já uns 80 anos (e com quem me dava muito bem):

“M., vamos combinar que um dia, quando falecer, vem mesmo visitar-me, para eu a ver e ter a certeza de como é que é?”

Vocês podem não acreditar, mas fizémos mesmo esta combinação, na altura tinha eu uns 30 aninhos (hoje tenho 46).

Uma colega minha de trabalho (e amiga) chama a “posturas na vida” do género desta minha (a da combinação que fiz com a M. e, por exemplo, uma outra situação que foi quando estava a ter a minha primeira filha, aos 21 anos, estar de cabeça levantada para ver como é que o médico fazia o parto e como é que era a placenta) de “curiosidade científica”. Ela usa esta expressão muitas vezes e com uma certa piada…                              🙂

Eu não me considero ser de “espírito científico”, mais de “espírito naturalista”, e ainda assim, não exactamente.

Resultado desta combinação: depois da M. falecer (uns 5 ou 6 anos depois dessa combinação) nunca tive nenhuma visita sua da forma como na altura eu esperava vir a ter (que era ela vir ter comigo, tipo fantasma, e conversarmos as duas).

Entretanto foi-se consolidando a minha percepção de não existir a morte como nós pensamos existir, precisamente porque a Vida não é bem o que pensamos que é e sim algo muito mais amplo, ou melhor, Tudo é Vida (já vos contei o meu percurso nas outras fases da vida desta colectiva).

Na prática, isto significa que andamos lentamente a redescobrir (se calhar agora, nestes últimos anos, acelerámos na redescoberta) que nós, seres humanos, somos algo mais que o nosso “corpo físico” (perdoem-me as aspas, é que para mim, tudo é físico, a energia é física, ou então tudo é espiritual, o que quero dizer é que não existe diferença entre físico e espiritual, pois tudo é uma mesma e única energia e o dizermos que espiritual é melhor que físico/material ou vice-versa é um pouco treta, bem que podem ter sido conceitos inventados por quem gosta de dividir para reinar e andamos para aqui uns contra os outros, materialistas contra espiritualistas e vice-versa, ciência contra religião, muçulmanos contra cristãos, católicos contra protestantes, “direita” contra “esquerda”, “verdes” contra “encarnados”…) e mesmo o nosso “corpo físico” é dotado de capacidades que deixámos adormecer (tais como as que denominámos de telepatia, psicometria, clarividência, bilocação, levitação, teletransporte, longevidade e mil e duas outras que ainda nem desconfiamos ter). E andamos também a redescobrir que os outros “seres vivos-não humanos” , também são algo mais que a classificação à qual os remetemos e mesmo os “não-seres vivos”, como as rochas, por exemplo, “se calhar” até são vivos!

E então, voltando ao tema, para mim não existe vida para além da morte, porque nós não morremos, transformamo-nos (já houve alguém que disse que a única constante é a mudança). Para mim existe, sim, vida para além da vida que nós conhecemos e costumamos chamar de vida.

Desta forma, tive sim algumas experiências (de telepatia ou sei lá que nome dar-lhe (comunicação, talvez!)) com seres “falecidos” e outros (com o meu pai, um tio, a minha avó, filhos, amigos, plantas, animais), experiências essas que vieram “satisfazer” a minha “curiosidade científica”.

Vou contar-vos uma dessas experiências, uma muito simples e que, pelas pessoas que envolve, posso contar-vos (muitas outras teria que perguntar aos seres envolvidos se poderia torná-las públicas):

Um belo dia (andava eu às voltas sem saber que mais fazer em relação à minha mãe cujos problemas de saúde se tinham ultimamente agravado mais ainda e a par de uma sua tristeza profunda e falta de vontade e energia para poder por si própria mudar alguma coisa), resolvi fazer um “exercício de telepatia” com ela (ou de comunicação a outro nível, não importa o que lhe chamemos), tal como os que o Robiyn nos passou nos seus workshops. Há vários passos, no exercício, que não vou detalhar (o Robiyn tem estes “exercícios” gravados em CD, podem-se adquirir e o ponto é que, fora do contexto da explicação que ele dá, não adianta de muito fazê-los, “seguir uma receita”), basicamente entramos em sintonia com quem a pessoa realmente é, à parte as ilusões em que vive/vivemos, e comunicamos assim com ela.

Uso algumas vezes fazer estes “exercícios” (já usei mais), sobretudo quando existe algum problema entre mim e alguém que não estou a resolver ou quando não tenho a certeza do que fazer. São como ferramentas das quais não necessitaria se verdadeiramente vivesse com o coração e com entrega, estando presente em tudo o que faço, digo, etc. (vivendo nesse estado de graça/gratidão, sabemos sempre o que fazer); como nem sempre vivo assim, vou usando estas ferramentas (e outras) auxiliares sempre que vejo necessidade.

Conversei então desse modo com a minha mãe e no final “chamei” uma outra pessoa, a minha avó, sua mãe (já “falecida”), para nos dar às duas umas dicas em relação ao que estávamos a conversar (faz parte do “exercício”, caso queiramos, chamar algum outro ser, “falecido” ou não, pode ser uma criança, mesmo_ as crianças são as que sabem melhor da Vida).

(a minha avó materna, já coloquei aqui no blog, uma vez, esta foto…)

Instantaneamente a minha avó apareceu e deu-me uma receita (umas instruções, uns conselhos, umas dicas, o que quisermos chamar) e a minha mente logo se intrometeu no “exercício” (porque andava cansada ou sei lá) com as suas dúvidas (não sei porquê, pois já fizera tantos “exercícios” destes e todos “deram certo”) e automaticamente pensei: “que resposta rápida, a da minha avó, não pode ser, lá ando eu a misturar realidade com imaginação, isto que ela “me disse” devo ser eu a projectar o que, inconscientemente, queria ouvir…”

Logo, logo, “oiço” a minha avó dizer-me “Se estás com dúvidas, filha, assim que chegares a casa vai à caixa do correio”.

“À caixa do correio?”, pergunto incrédula, “Porquê? O que está lá?”

“Não te digo mais nada, chega a casa e vai ver a caixa do correio”.

Contei logo isto a uma amiga minha, íntima e que está sempre a par de muito do que se passa comigo, mesmo antes de chegar a casa e ir à caixa do correio.

Quando cheguei a casa,  abri a caixa do correio e tinha efectivamente uma carta. Da minha mãe. Não tinha sabido antes que ela me escrevera, embora ela volta e meia me escreva postais, às vezes cartas e me mande poemas feitos por ela. Abri e li e até me arrepiei toda. Desta vez não me mandava um poema feito por ela, mas sim a letra de uma canção (de um fado) e se bem que ela saiba que eu não gosto de fados (quase todos são tristes e eu sou geralmente uma pessoa alegre e construtiva), sabe que eu gosto de poesia. Este fado é uma poesia. E ela gosta de fados, deve ter-lhe apetecido enviar-me este:

Balada para Uma Velhinha (por cá, já foi cantado por alguns fadistas, mas a minha mãe gosta mais de o ouvir cantado pelo Carlos do Carmo)

Num banco de jardim uma velhinha
está tão só com a sombrinha
que é o seu pano de fundo.
Num banco de jardim uma velhinha
está sozinha, não há coisa
mais triste neste mundo.
E apenas faz ternura, não faz pena,
não faz dó,
pois tem no rosto um resto de frescura.
Já coseu alpergatas e
bandeiras verdadeiras.
Amargou a pobreza até ao fundo.
Dos ossos fez as mesas e as cadeiras,
as maneiras
que a fazem estar sentada sobre o mundo.
Neste jardim
É ela a  trepadeira das canseiras
das rugas onde o tempo
é mais profundo.
Num banco de jardim uma velhinha
nunca mais estará sozinha,
o futuro está com ela,
e abrindo ao sol o negro da
sombrinha poidinha,
o sol vem namorá-la da janela.
Se essa velhinha fosse
a mãe que eu quero,
a mãe que eu tinha,
não havia no mundo outra mais bela.
Num banco de jardim uma velhinha
faz desenhos nas pedrinhas
que, afinal, são como eu.
Sabe que as dores que tem também são minhas,
são moinhas do filho a desbravar que Deus lhe deu.
E, em volta do seu banco, os
malmequeres e as andorinhas
provam que a minha mãe nunca morreu.

Mania a minha de duvidar, quando já tive tantas vezes as comprovações que queria e quando sei que uma só dúvida faz desmoronar tudo o que construímos tal como basta uma única agulha para furar instantaneamente um balão que levou o seu tempo a enchermos (como o Robiyn costuma ilustrar este “fenómeno” de duvidarmos até de nós próprios).

Uma curiosidade: a minha mãe, entretanto (com ajudas!), solucionou esse problema grave e tem estado bem melhor.

Resta-me agradecer a todos os seres que têm convivido comigo e a Tudo o que existe, grata por existirmos (vivos ou “mortos”    😉      )!

E às pequenas que levaram para a frente esta colectiva, Rute, Rosélia e Regina, o meu focalizado (e sentido!) agradecimento.

Beijinhos a todos, até ao próximo post, aqui n’A Escola É Bela, que ontem completou 3 aninhos de existência.

(esta foi o Alexandre _ meu filho em ensino doméstico_ que tirou à sua mamã)

Isabel

Comments (12) »

Colectiva Fases da Vida _ Melhor Idade

Olá a todos!

Hoje, mais uma fase, a 6ª, Melhor Idade, da Blogagem Colectiva Fases da Vida, proposta pela Rute do Publicar para Partilhar e aqui o link para a participação da Rute para esta fase de hoje, onde podemos ainda encontrar as ligações para os posts dos restantes blogs que hoje participam.

Para a Melhor Idade vou partilhar convosco alguns “lampejos” sobre esta fase que já me ocorreram quando escrevi os posts das fases anteriores.

x

Quando escrevi sobre o Nascimento

Escrevi na altura sobre o nascimento do meu 3º filho por ter sido algo que já partilhara neste blog, o seu nascimento dentro de água. Não falei do meu, mas é claro que me lembrei do meu nascimento e logo da minha mãe. E a minha mãe está na fase da vida que hoje abordamos, ou melhor, em termos de “idade física”, está na “3ª idade”, mas esta não tem sido de facto a sua “melhor idade” ou a melhor fase da sua vida e eu tenho passado alguns cuidados com ela, pois vivemos a 200 Km de distância uma da outra e quando ela está doente não tenho como cuidar dela. Tudo isso me faz pensar na forma como vivemos hoje as nossas vidas, trabalhamos fora de casa, vivemos longe dos progenitores, o tamanho das nossas casas nem dá para albergar comodamente a família nuclear (pais e filhos) quanto mais um dia vir albergar mais dois pares de pessoas (os pais e os sogros) e parece um ciclo vicioso. Quase parece não existir outra alternativa que não os lares. A minha bisavó já faleceu num lar. A minha avó também. A minha mãe já quase esteve para entrar num, foi com dificuldade que ainda conseguimos que se mantenha na sua própria casa (porque vive sozinha e não podemos pagar a alguém que esteja com ela a tempo inteiro), isto porque ela insiste em viver sozinha e em não querer ir para um lar, pois tem ainda 66 anos, só que adoece várias vezes e nessas alturas torna-se complicado gerir a situação. Não quer vir morar connosco porque toda a sua restante família (os seus outros filhos, o ex-marido, o seu pai, os seus irmãos, os seus outros netos, etc.) mora na zona onde ela vive. Agora está tudo tranquilo, não sabemos até quando. Para já, vem de novo passar umas férias connosco, para a semana. O Alexandre gosta de estar com as avós e faz sempre uma festa de roda dela.

Uma das coisas que quero implementar ainda no meu dia a dia é dar a volta a isto; sendo a favor das crianças não terem que frequentar infantários, muito embora as minhas filhas mais velhas os tenham frequentado, agora com este mais novo ajustámos as nosas vidas, eu e o pai, de forma a que ele não tivesse que frequentar um. Assim, também gostaríamos de poder arranjar a melhor solução para os nossos progenitores. O meu pai já faleceu, o pai do Pedro também, portanto não temos mais dois pares, temos duas mães, duas pessoas a acomodar na nossa casa e isso não tem sido até agora viável, a não ser em alguns dias de férias a minha mãe, que fica no quarto de uma das netas. Também temos que contar com as vontades delas e a vontade da minha mãe não é vir morar para cá… (e a da minha sogra também não, até agora). De modo que a nossa vontade é que tudo se harmonize… mesmo não estando ainda a ver como!

E já agora, alguma vez viram o filme “O Namorado Atómico“? O finalzinho do filme tem uma reflexão muito breve sobre este assunto, muito interessante. Todo o filme tem pano para mangas no que conta a possíveis reflexões… e é engraçadíssimo (mais um que nós vimos a partir dos workshops Renaski^gi, para percebermos certas coisas). Experimentem ver, se ainda não viram e vão passar momentos descontraídos e ao mesmo tempo “com sumo”. Aqui o trailer!

x

Quando escrevi sobre a Infância

Lembrei-me de que muitas vezes dizemos que “as pessoas de idade” são como as crianças. Usamos muitas vezes esta comparação de forma depreciativa. Que tal transformá-la numa forma construtiva? De facto parece que voltamos à infância nestas idades para lá de maduras, sim, à pureza, à inocência, à espontaneidade, à alegria, ao fazer as coisas sem pressas e sem interesses que as movam senão o do próprio prazer de as fazer.

Se calhar por isso “os velhinhos” se divertem junto das crianças. Costumamos dizer que os avós têm mais paciência para os netos do que a que tiveram para os filhos… será por que a sua visão sobre as coisas é agora outra? Será porque se aproximaram de novo da essência da Vida? Do Amor?

Daí que talvez seja uma boa ideia juntar idosos e crianças, em vez de os isolarmos uns em lares outros em infantários. Que tal um lar das melhores idades? (Que pode abranger todas as idades). Ou melhor, que tal um lar-Planeta Terra que seja de facto o lar amoroso para que todos os seres (estou a falar também de animais e plantas) de todos os géneros e todas as idades convivam em harmonia?

Outro lampejo: foi na fase da Infância que partilhei convosco a importância do Toque e vos falei no livro “Tocar_ o Significado Humano da Pele”, de Ashley Montagu. Nesse livro que conta e apresenta estudos sobre a importância do toque tranversalmente a todas as fases da vida, na parte da “Melhor Idade” aconselham-nos, entre muitas outras coisas, a reabilitarmos a “Cadeira de Baloiço”. Desde crianças que gostamos de colo e de sermos embalados e todos nós sabemos que por mais que nos queiram independentes e a cuidarmos de nós próprios isso não significa que tenhamos que abdicar do colo e do embalo, em qualquer das seguintes fases da nossa vida. Por isso gostamos de baloiços e de camas-redes atadas aos troncos das árvores e de cadeiras de baloiço. Talvez a sensação que esses artefactos singelos nos proporcionam nos remetam à sensação de baloiçarmos dentro do líquido amniótico protegidos pelo útero da nossa mãe. E como sempre temos a nossa mãe-terra, em todas as idades… A independência não pode ser sinónimo de falta de carinho seja qual for a idade que atravessemos. A cadeira de baloiço pode ser um mimo em qualquer idade, incluindo a “Melhor”!                🙂

Nesse post sobre o tocar falei ainda de uma “inspiração” que tive da última vez que fui visitar a minha a avó ao lar antes dela falecer, não sabendo que era a última, que foi fazer-lhe uma massagem aos pés conforme tinha recentemente aprendido (reflexologia podal). Gostei de estar praticamente todo o tempo da visita a cuidar um pouco dela dessa forma e ela adorou. Foi a nossa “despedida” neste leque de frequências às quais chamamos “físicas”, só depois o percebi, claro. A minha avózinha que tanto e tão bem cuidou de mim em pequena e mesmo em adolescente.

E ainda uma memória muito querida: a do meu pai abraçando a sua neta (a minha filha do meio) era ela muito pequenina. O meu pai não era muito efusivo, nem me lembro de ele nos abraçar (decerto abraçou quando crianças e tenho fotos dele comigo ao colo), mas desde que me lembro, não tenho memória de sentir os seus abraços. Daí que continuo ainda hoje a deleitar-me com a imagem que guardei dele a abraçar a neta e a dizer que aquela menina era muito inteligente. Coisas de filhos versus pais…        🙂

x

Quando escrevi sobre a Adolescência

Intitulei o post “A Escola e Eu” e relacionei-o bastante com o meu pai. O meu pai faleceu aos sessenta e poucos anos, pouco tempo esteve n’A Melhor Idade.

Lembro-me de ele dizer muitas vezes que nunca quereria dar trabalho aos filhos, nem tão pouco ir para um lar nem ir viver para a casa de nenhum filho se chegasse a não poder fazer as coisas pelas suas próprias mãos nem de, tendo cinco filhos, andar de casa de um em casa de outro (isto é, viver uns meses em casa de cada filho, alternadamente, solução que adoptaram, por exemplo, os filhos de uma bisavó paterna das milhas filhas, velhinha de 90 e tal anos, toda encurvada, que alegremente vivia uns meses em casa dos avós paternos delas e depois vivia os outros meses do ano em casa dos seus outros filhos. No ano seguinte, voltava a acontecer o mesmo). Embora nós gostássemos de estar com essa avozinha e assim todos os seus netos e bisnetos estavam com ela periodicamente, o meu pai não gostava dessa ideia. Dizia que isso não era vida de qualidade e que não queria chegar a essa situação. Se um dia tivesse que chegar a ter de depender de outros para as suas necessidades básicas (tal como teve de depender em bebé), mais valia que esse dia não chegasse.

Não sei se concordo com ele ou não. Quando me lembro deste assunto, não chego a nenhuma conclusão. O que é certo é que se cumpriu a sua vontade, pois ele faleceu ainda na posse de todas as suas faculdades (e talvez por isso tenha sido um choque para nós, na altura, mas vendo bem, acabou por se cumprir o seu desejo). Cada um é como cada qual. Só pode!

Quando penso em como quero viver a minha “Melhor Idade” ainda não sei definir os pormenores práticos do assunto. Sei que quero que seja de facto uma bela idade tão boa ou melhor que as outras. Para isso sei que preciso continuar o meu trabalho de me alinhar comigo própria, com o ser que sou. Que daí tudo advirá e fluirá em harmonia. É claro que me passam pela cabeça umas imagens, no meio da Natureza, compartilhando a Vida com pessoas e demais seres e objectos e às vezes rodeada de filhos e netos. Impregnada de Amor. A idade em que continuarei a pôr em prática tudo para o que fui despertando com a maturidade.

O que for será!

Para mim, a melhor idade é todo o tempo em que vivermos em paz connosco próprios. Seja qual for a idade do nosso corpo. E pode ter interregnos, ou seja, posso ter vivido em paz em criança e depois ter permitido que algo me desalinhasse e voltar um dia a ser eu próprio, conectado com o Amor, uma concretização do Amor.

Para mim, paz não é sinónimo de conformismo mas também não é sinónimo de rebeldia, não é sinónimo de baixar os braços nem, por outro lado, de lutar, não é sinónimo de aceitação por inacção nem tão pouco de inquietação e procura constantes. Ainda estou à procura do meu eixo central, do ser que sou, de ser menos materialista e mais espiritualista (por exemplo)? Ainda (ou já) não estou em paz. Continuo a protestar contra o que os outros fazem, a vê-los como a causa dos males do mundo, a erguer bandeiras “Eu sou verde (azul ou amarelo…)”, “Eu pratico isto e aquilo e os outros ainda não” ? Ainda (ou já) não estou em paz. Continuo a não ver Todos como o ser amoroso que são, porque “como posso achar amoroso um criminoso”? Ainda (ou já) não estou em paz.

Será que, de acordo com esta definição de paz que tenho para mim, alguma vez vou estar em paz comigo própria? Não sei. Sei que não posso baixar os braços, sei que vou continuar a transmutar todas as memórias que toldam a minha percepção do Universo, sei que a única responsável, sem culpas, por tudo o que vivo, presencio, assisto, tomo conhecimento, sou eu, a minha percepção não clara que gera enredos atrás de enredos, sei que vou continuar a resgatar a energia que tenho empatada algures e em algures e em algures, não quero desistir, quero ser uma manifestação de paz e de amor.

E já agora, para percebermos um pouco o que quero dizer quando digo que o que vemos à nossa volta é a percepção de cada um. Um belo dia estava eu na praia de manhãzinha antes de entrar no meu local de trabalho (trabalho juntinho à praia) a olhar para o sol que acabara de nascer, quando realizei algo que já aprendera na escola, mas que eu nunca vira desta forma: que o reflexo do sol na água “caminha junto comigo”! Eu ia andando ao longo da praia e a linha do reflexo do sol na água vinha sempre direitinha a mim!

A minha amiga que também estava a olhar o sol comigo e nessa altura se encontrava na outra ponta da praia, olhava para o reflexo do sol e “ele não estava dirigido a mim” e sim se encontrava direitinho a ela! Isto é, ela não o viu dirigindo-se para mim e sim para ela. Percebem um pouco o que eu quero dizer? Eu numa ponta da praia e o que vejo é a “linha” do reflexo do sol na água a começar no horizonte e a acabar nos meus pés; ela, na outra ponta da praia vê a mesma “linha” com ouutra direcção, começando no horizonte a acabando aos seus pés; eu olho em redor e não há outra “linha” de reflexo do sol na água, só aquela; ela olha em redor e a única “linha” luminosa que vê é a que acaba aos seus pés (a minha amiga deve estar louca!_ pensaria eu se não soubesse como a coisa funciona). Foi importante para mim ver isto na altura, com os meus próprios olhos!

E daqui tirar as ilacções para todo o resto.

x

Quando escrevi sobre a Juventude e sobre a Maturidade (vou ter que juntar estas duas, porque a temática que abordei nas duas fases, se se lembram, Os Relacionamentos e A Busca, foi comum às duas fases)

Lembro-me de me ter lembrado   🙂    que em adolescente projectava que o meu marido ou a pessoa que vivesse comigo (o meu relacionamento conjugal) seria tal que, cada vez que fossemos ficando mais velhos, mais próximos e íntimos nos sentiríamos ao ponto de,  já velhinhos, quase já nem precisássemos de falar um com o outro, saberíamos intuitivamente o que o outro estava a pensar.

Quando contei este meu devaneio de adolescente ao Pedro, algum tempo depois de começarmos a viver juntos, ele sorriu e disse que também pensava isso quando era adolescente. Mais uma coisa que descobrimos ter em comum para além do ovo estrelado!           😀

Não sei se eu e o Pedro vamos estar juntos em velhinhos e, se estivermos, se vamos praticar telepatia um com o outro. Talvez… Até porque a praticámos já, juntos, e foi por aí que começámos!                              🙂

Mas pronto, foi uma curiosidade da nossa intimidade que quiz partilhar convosco, porque a acho divertida e que tem a ver com os relacionamentos (e se calhar com a busca e o parar de buscar) e com a Melhor Idade.

Mil beijinhos para todos! Com Amor,

Isabel

O que este post tem a ver com a temática usual deste blog:

Bem, este post para esta fase tem ligação a cada uma das fases anteriores e em cada uma das fases anteriores eu relacionei a temática abordada com a temática usual do blog. Logo, se A liga a B e B liga a C, A está ligado, nem que seja indirectamente, a C. Esta já me faz lembrar o meu filho a querer saber os parentescos entre todos (podem ler neste post n’O Pés Na Relva).

Por outro lado, os unschollers costumam enfatizar que aprender sem escola é aprender com a escola da Vida! Ora aqui está a temática do unschooling directamente relacionada com as Fases da Vida, logo, ainda directamente relacionada com a Melhor Idade e, mais uma vez, com o saudável que é as crianças conviverem com os mais idosos, para além de conviverem com todos os outros seres de todas as espécies, género e idade                 🙂

Beijinhos, de novo e uma bela Melhor Idade para todos!

Comments (21) »

Colectiva Fases da Vida_ a Maturidade


E de novo mais uma fase, a 5ª, a Maturidade, da blogagem colectiva Fases da Vida, proposta pela Rute, do Publicar para Partilhar (aqui o link para a participação de hoje da Rute onde também podemos encontrar os links para todas as participações de hoje).

E de novo as minhas dúvidas em como “delimitar” a Maturidade. Conheço pessoas de 50 e tal anos com alto grau de imaturidade e “jovens” de 26 e 30 com a dose de maturidade necessária e suficiente (é uma expressão da Matemática, perdoem-me). Conheço crianças com inacreditáveis rasgos de maturidade. E o que é “ser-se maduro”? Tem alguma coisa a ver com a moralidade e os bons costumes? Com o respeito das regras impostas pela sociedade (um bom aluno, um bom trabalhador, um bom pai/mãe de família, um bom filho, um bom não marginal, o que quer que cada uma destas coisas represente)? Com a idade? Com a “experiência” de vida? Ou terá alguma coisa a ver com responsabilidade? Com ética? Com o assumir-se a si próprio, íntegro, integral, equilibrado, amoroso, autêntico potencial criador, autêntico e construtivo, autêntico concretizador e realizador de sonhos? Ou simplesmente ser-se feliz e fazer os outros felizes? (ver no item A Busca_parte II_ C de onde derivam estas expressões/reflexões).

O.k. Fico-me pela delimitação da maturidade, dos 30 (já que a juventude foi até aos 30          😉                    )  aos…  46, portanto, que é a idade que tenho a esta data, o que é esquematicamente mais fácil aqui para esta blogagem.

Nota: este post só poderá ser entendido após a leitura do meu post da fase anterior, a Juventude, desta blogagem colectiva, também para perceber qual a relação entre os temas hoje abordados e os temas que usualmente se abordam neste blog, o que explico nesse post.

Relacionamentos_ parte II_ A

O meu “2º relacionamento conjugal” surgiu no “início desta fase”, uma altura para mim conturbada, como se eu estivesse “em combustão interna”, um caldeirão onde ferviam uma misturada de coisas (sentimentos, inseguranças, busca, sensação de querer “voltar a ser eu própria” seja lá o que isso quisesse dizer) e como tinha colocado a responsabilidade do terminus do meu relacionamento anterior numa má escolha de parceiro da minha parte (ver no post da fase anterior o item Relacionamentos_ parte I), talvez procurasse inconscientemente um outro parceiro que “fosse mais compatível comigo” (ou aquela história da “alma gémea”). Do caldeirão sairia a poção mágica, a mistura alquímica, a pedra filosofal, algo do género…

Desculpem a expressão, “foi pior a emenda que o soneto” (o 2º relacionamento, não a combustão interna)…

Ou seja, bem, deixo a explicação para daqui a pouco, porque só o entendi bem depois e fui muito resistente a entendê-lo, tão enraizados estão em alguns de nós estes conceitos de príncipe encantado, alma gémea, paixão, amor e mais uns quantos, com muita confusão pelo meio.

Primeiro, depois do meu divórcio, tive uma sensação de libertação, de volta a mim própria, encantamento com este 2º parceiro (paixão, até), que se me afigurava um ser “mais livre”, “menos tradicional”. Só que assim que nos começámos a relacionar, de facto, tudo foi muito “desastroso”, nem vou contar os pormenores. Persisti, tentando perceber o que se passava e querendo de facto fazer com que a relação funcionasse. Persisti por 6 anos, até perceber.

A Busca_ parte II_ A

Entretanto, aos 31, quase 32, tinha-se concretizado a tal consulta de astrologia, com a Flávia de Monsaraz, que me fez o meu mapa astrológico individual e o interpretou (Nota: a interpretação da Flávia tem por base a reencarnação, isto é, parte do princípio que a nossa alma “reencarna” sucessivas vezes numa óptica de aprendizagem e evolução. Ela diz praticar uma “astrologia kármica”).

O primeiro balde de água fria para o meu ego: nesta óptica, o meu mapa “diz” que toda a bagagem, até àquela altura, cultural, intelectual, de somar conhecimentos, somar cursos, pensar, raciocionar muito e bem dentro dos padrões de raciocínio, foi fácil de obter por serem talentos adquiridos de outras vidas e que esta agora ainda estava muito aquém do que apontava o meu “eixo do destino” (“Cabeça de Dragão” em Gémeos e na casa XI, muito sinteticamente, comunicar através de um grupo), para além de que, para o cumprir (para chegar ao dharma), tinha que me abrir aos sentimentos, tinha que sentir, sentir, sentir (pensar já não me levaria a lado nenhum) e chegar a uma grande transformação nessa área (Saturno em Peixes e na casa VIII). Por outro lado, como o signo que abre a minha casa XI (onde está a tal “Cabeça de Dragão, no meu mapa) é Touro, regido por Vénus e a “minha Vénus” está em Aquário, dizia-me a Flávia, este grupo não seria um grupo qualquer, mas sim um venusiano, amoroso e com as qualidades aquarianas, de uma mentalidade aquariana, digamos (universalidade, liberdade, de sermos “todos um” (ora que eu já tinha lido o “Um”, de Richard Bach, tinha mais ou menos a ideia do que isso queria dizer    😉      ). E daí que, dadas as características do meu mapa, a Flávia aconselhou-me a frequentar o curso de astrologia facultado no Quíron, Centro Português de Astrologia, por ela fundado. Isto muito sinteticamente, que a consulta está gravada numa cassette e tem a duração de quase uma hora…

E foi assim que em Setembro do ano seguinte eu comecei a frequentar o 1º ano do curso de astrologia do Quíron.

Durante esse ano “estudei essa nova área”, sempre com aquela de fundo do ter que sentir, sentir, mas o quê e como, depois lá percebi que poderia começar por me permitir sentir o que de facto tinha sido para mim o recente falecimento do meu pai numa idade em que ainda estava bem vivaço, aos 61 anos. É que eu sempre coloquei umas barreiras a mim própria para não sentir dor, não ter que lidar com ela, mas só vi isso um pouco mais tarde, noutro “curso”. Não é que tenhamos que passar pela dor, de sofrer, etc., etc., mas, caso passemos, não temos que a mascarar e quantas mais defesas tivermos criado, mais difícil é de voltarmos a descobrir o nosso ser autêntico.

Relacionamentos_ parte II_ B

Enquanto isso, o meu relacionamento conjugal da altura ia “de vento a tempestade”. A comunicação entre nós não se efectivava. A comunhão entre nós, melhor dizendo. Cheguei mesmo a sentir que o meu companheiro estava tão fechado em si próprio e quase que revoltado com o Mundo e a sociedade que a nossa relação era algo um tanto estranha e eu e as minhas filhas “pouco contávamos”…

Um belo dia, recebendo um dos folhetos mensais que o Quíron me enviava com as actividades planeadas para cada mês, verifico que nesse próximo fim-de-semana em que eu iria mais uma vez ficar só em casa (era fim-de-semana das pequenas irem passá-lo com o pai e o meu companheiro lá ia com os seus cães para uma exposição canina, que eu no início tentei acompanhar, mesmo ele preferindo ir sozinho, mas depressa desisti de impor a minha presença) ia acontecer uma palestra (na Sexta à noite) e um workshop (Sábado e Domingo) intitulada “A Arte de Viver em Harmonia”: “Ora aí está o que eu preciso mesmo”, pensei, “vem mesmo a calhar para este “fim-de-semana disponível””. E fui. Das muitas palestras e cursos que aconteciam no Quíron ao fim-de-semana, era a primeira vez que eu iria lá ao fim-de-semana participar numa.

Tratava-se de uma palestra dada pelo Robiyn, acabado de chegar a Portugal, inserida nos seus workshops “Renaski^gi, a Arte de Viver em Harmonia” (expliquei um dia no post “Interligações” aqui neste blog o que significa Renaski^gi e algumas coisas sobre o teor desses workshops). No fim-de-semana aconteceu o workshop relativo ao Nível 1 – “O Seu Despertar para a Consciência”. Isto em Março de 1998, aos meus 33 anos, portanto.

Estão a ver como “A busca” se interpenetrou com os relacionamentos conjugais.

Entretanto, eu já tinha ido consultar uma outra astróloga e professora no Quíron, Paula Champbel, discípula da Flávia, que praticava na altura uma “astrologia psicológica” e que interpretara o meu mapa nessa outra óptica e ainda o mapa conjugado entre o meu e o do meu parceiro (porque eu queria compreender as dificuldades que tínhamos no relacionamento) e ela, depois de dizer várias coisas das características de ambos e da conjugação dos dois, aconselhou-me a ler o livro “Relacionamentos” da astróloga Liz Greene. E eu li.

Foi com esse livro que primeiro tive contacto com a percepção de que nós “fazemos de espelho” uns aos outros e de que, enquanto não encontramos o nosso próprio centro, andamos a projectar-nos (os nossos medos, as nossas ansiedades, as nossas expectativas, as nossas frustrações, os nossos desejos e os nossos sonhos não realizados) nas pessoas com quem nos relacionamos mais intimamente. Ao outro, não o vemos como ele exactamente é, mas como uma personagem criada por nós para responder a determinadas coisas, tais como as que identifiquei em cima, que não estão “resolvidas” “cá dentro” e que nós projectamos. Também acontece projectá-las não só em pessoas, mas em situações. É algo nada fácil de entender, tive bastante trabalho até aceitar e não foi só após ler o livro que percebi, demorou mais uns três, quatro anos, depois já através dos workshops da Arte de Viver em Harmonia, onde “trabalhei” muitas destas coisas, entre outras.

A Busca_ Parte II_B

Muito contente a frequentar o meu primeiro ano de astrologia, ia aprofundando lendo todos os livros que me iam aconselhando.

A minha ideia nunca foi ser astróloga, simplesmente aprofundar esse conhecimento como uma ferramenta de autoconhecimento, na tal busca interna que cedo empreendera.

Existiam, no entanto, pormenores que não me encaixavam e que eu ia “pondo de lado”, talvez um dia chegasse a perceber. Por exemplo, uma coisa que eu sentia não poder ser assim, era quando a Flávia, ao falar das polaridades (Bem e Mal, Alegria e Tristeza e por aí adiante), dizia que os filósofos orientais eram muito pragmáticos: diziam que a dada altura o universo, uno e sem polaridades, um dia cingiu-se e foram criadas as polaridades, simbolizadas pelo yin-yang, porquê não se sabia, era um mistério, mas que assim tinha sido. Sinceramente, nunca me conformei com isso dos mistérios inexplicáveis e pensava apenas “um dia hei-de perceber isso”.

Aconselhada pela Paula Champbel, após a leitura dos “Relacionamentos” da Liz Green, li “A Profecia Celestina” de James Redfield e, mais importante ainda, dissera-me ela, o Guia Experimental da Profecia Celstina, que propõe uma série de exercícios de autodescoberta que me concentrei vivamente a fazer (idem com “A Décima Revelação” do mesmo autor e o respectivo Guia Experimental). Foi nessa altura que eu comecei a perceber um pouco os meus pais e a mudar um pouco a energia que projectava neles e a que “carregava” deles. Quem já fez os exercícios propostos por esses “Guias Experimentais”, perceberá certamente o que quero dizer.

Confesso, andei um bocadinho obcecada com a história da minha “Visão de Nascimento” (explicada n’A Décima Revelaçao) e só desejava lembrar-me o mais urgentemenete possível da “minha Visão de Nascimento”.                 🙂

Entretanto, como já contei em cima, surgiu o workshop Nível 1- O seu Despertar para a Consciência, do curso Renaski^gi, A Arte de Viver em Harmonia.

E bem, foi mesmo um despertar. Logo nesse primeiro fim-de-semana tudo se me fez mais claro. Não houve mistérios por explicar.

O que vinha conseguindo entender passo a passo através dos livros e ultimamente através da linguagem simbólica da astrologia teve um crescimento exponencial com estes workshops, pois foram vivências práticas, a acompanhar as explicações, que melhor me fizeram perceber, transmutar, partilhar e aplicar no dia-a-dia. Não dá para explicar a importância das vivências. Só vivendo-as. E o que percepcionamos após é de um entendimento muito mais profundo que o “entendimento mental ou racional” que possamos ter ao ler ou ao ouvir uma vivência de outrém contada por alguém.

Continuei a “fazer exercícios”, “interiores”, “exteriores”, milhentos, agora com outra orientação com a qual me sentia “em casa”. Fiz workshops em modus intensivo ao longo de uns cinco anos.

Relacionamentos_ parte II _C

Com tudo o que “apreendera” sobre relacionamentos, começando pelo livro da Liz Greene, continuando com o da “Profecia Celestina e o seu Guia Experimental e depois com os workshops da Arte de Viver em Harmonia, comecei por “mudar-me”, pois sabia que com a minha mudança, no sentido do meu reequilíbrio emocional (e não só), tudo se iria resolver. Percebi que aquela expectativa que eu tinha desde o meu primeiro relacionamento conjugal que um dia eles, o meu primeiro e o meu segundo parceiro viriam a entender-me e a identificar-se comigo (ou basicamente, a expectativa que eles mudassem) é algo em que muitos caímos e que nunca se verifica, eles nunca serão um ser à imagem e semelhança da personagem que nós criámos para eles.

Também, na primeira “orientação particular” que fiz com o Robiyn, tratei deste tema dos relacionamentos conjugais e ele ajudou-me a reviver memórias que teria que transmutar e como perdoá-las.

Ainda assim, achei que este segundo relacionamento iria equilibrar-se e pudesse ser um belo relacionamento, pelo que o fui mantendo por seis anos.

O Robiyn sempre dissera que nós, sendo nós próprios, podíamos viver bem com qualquer pessoa. Daí eu ter “insistido” em continuar este relacionamento. Desejava ardentemente ser uma pessoa perfeitamente em equilíbrio e assim estaria em equilíbrio comigo própria e com todos os seres. O Robiyn dissera também uma vez a uma rapariga que estava com problemas com o namorado, que não temos que ser capacho de ninguém nem viver ao sabor dos caprichos de alguém. Só depois, somei uma coisa com a outra e percebi que enquanto não estava contente comigo própria permiti certos “atentados ao meu ser” que hoje já não faria sentido permitir.

Este meu parceiro já tinha saído de casa uma vez, dizendo que não queria mais viver comigo. E voltara. À segunda vez que saíu de casa, senti que não estávamos mesmo a funcionar em conjunto e que não queria que ele voltasse de novo. Ao que ele não reagiu muito bem. Eu sentia-me mais centrada e tranquilamente, enveredei por aí.

E foi assim que entrei no meu terceiro relacionamento conjugal       🙂             com o Pedro, que conhecera nos workshops do Robiyn e com quem tinha uma relação de amizade, não muito próxima. Aproximámo-nos mais e descobrimos que tínhamos muito em comum e nos dávamos muito bem e gostávamos muito um do outro. Um sentimento muito tranquilo, romântico, sim e muito genuíno, verdadeiro, de abertura entre os dois, sem jogos de qualquer espécie. O Pedro sempre foi um amigo para as minhas filhas mais velhas e ajudou-me muito com elas. Quando eu tinha 36 anos (e meio!         🙂      ) viémos viver juntos e aos meus 38 tive o meu terceiro filho (o filho que temos juntos). Tendo despertado para umas quantas coisas, quisemos continuar a pô-las em prática também na vivência com o nosso filho, como expliquei no primeiro post desta blogagem colectiva, o Nascimento. E também como podem ler nas páginas “Nós” e “Projecto” deste blog.

Logo no início de quando viémos viver juntos, apercebi-me, na interrelação com ele, de que ainda tinha muitas coisas a resolver em mim (sobretudo memórias de “outras vidas” que vêm ao de cima quando nos deparamos com uma determinada situação que serve de chave para despoletar essa memória) e como quiz muito sentir-me bem comigo própria e que desta vez a relação funcionasse, dediquei-me a uma “completa faxina, de balde e esfregona” (como eu e uma muito amiga minha costumamos dizer), a transmutar tudo o que fui percebendo como energia minha empatada algures em sentimentos e emoções desequilibradas, preocupações, medos, limitações…).

(Foto tirada no ano em que viémos viver juntos, nas nossas primeiras férias _ a Catarina, malandreca tinha estado a ler uma revista para jovens que trazia uns brilhantes e espalhara-os generosamente nas nossas caras, para a foto!)

Nós os dois entendemo-nos bem, mesmo quando discordamos em vários pontos de vista; quando há algo que sentimos não estar bem entre os dois falamos logo um com o outro, não nos acusamos um ao outro, aprofundamos o que cada um sente e o que cada um percebe, o que é preciso mudar, etc., etc. … e normalmente algo melhora, de facto.

Por outro lado, ainda hoje continuamos a descobrir coisas engraçadas que temos em comum.

Eu conto, algumas vezes, entre amigos e na brincadeira, é claro, o episódio do ovo estrelado:

Casada com o pai das minhas filhas, ao estrelar ovos, descobri que ele não gostava dos ovos como eu estrelava; gostava deles bem passados, carregava sobre eles com uma espátula e virava-os, inclusivé, carregando de novo (para mim aquilo eram ovos fritos!); disse-me logo “Não é assim que se estrelam ovos” e lá tive que aprender a estrelá-los à sua maneira, só para ele, ou então, como ele sabia cozinhar e cozinhava de vez em quando, dizia-lhe “Vem lá estrelar o teu ovo”;

No meu 2º relacionamento conjugal descobri que o meu parceiro também não estrelava o ovo da mesma maneira. Em vez de o estrelar em óleo ou azeite tinha que ser em margarina e polvilhado com sal. “Eh, pa”, dizia-lhe eu, na brincadeira, “caso com um e tenho que estrelar os ovos à moda da sua mãe, caso com outro e venha nova receita! Estas mães não se entendem?” (Nota: sempre me dei muito bem com as minhas sogras, dizia aquilo por piada). Como ele também cozinhava e eu nunca me ajeitei a estrelar em margarina lá ia ele estrelar sempre o seu ovo;

Qual não foi o meu espanto, digo eu aos meus amigos, quando descobri que o Pedro gosta do ovo estrelado exactamente da mesma maneira que eu gosto: sem sal, a clara bem passada e a gema a dar para molhar o pão! Estrelado em óleo ou azeite. Também, não tinha muitas hipóteses, que ele não sabe cozinhar, portanto foi uma feliz coincidência…                                😉

O Rui Veloso diz na canção (esta era melhor para a fase da Juventude          🙂              ) que “não se ama alguém que não ouve a mesma canção”; a mim calhou-me a do ovo estrelado…                      😀

Também digo na brincadeira, aos meus amigos, “que à terceira é de vez”, mas é mesmo na brincadeira, pois hoje estamos lindamente, amanhã pode um de nós decidir outra coisa e hoje isso já não me preocupa, porque sei que está tudo certo e, na harmonia, tudo se encaixa.

A Busca_ parte II_ C

Do muito que o Robiyn nos transmite nos seus workshops e nos ajuda a experimentar, a vivenciar, quero deixar aqui alguns dos muitos pontos que para mim foi importante percepcionar e que fui assimilando:

– Aquilo que cada um entende em relação ao que algum outro partilha não é exactamente o que o outro partilha, pois cada um de nós tem os seus filtros, lentes (devido às limitações que cada um adoptou) e absorve, percepciona, apenas o que esses “filtros na altura deixam passar”. Portanto, o que eu digo aqui, é o que percepcionei do que o Robiyn ou a Flávia ou mais alguém me transmitiu e não exactamente o que eles transmitem. O melhor será sempre irem à fonte, vivenciar.

– Foi crucial para mim perceber, logo no primeiro workshop do Robiyn, que cada um é o responsável pela sua vida, pelo que acontece com ela, assumir que sou eu que posso mudar aquilo que sinto não estar bem na minha vida, sem passar o tempo com desculpas do género é assim, porque o outro _pais, marido, filhos, o chefe, o governo_, a sociedade, o meio ambiente ou o que for, me fizeram isto e aquilo. Este ponto é muito importante, crucial, digo mesmo. Quase todos resistimos a isto, para não dizer todos. E mesmo percebendo, e até assumindo, não o praticamos a todo o minuto. Eu, mesmo após tantas vivências que me mostraram isto mesmo, não o pratico sempre. Depois às vezes lá volto atrás e vejo “ups, lá me desmarquei outra vez da minha responsabilidade no assunto!” e vejo e limpo. Muitas outras vezes nem me apercebo.

– Que vivemos supostamente num mundo tridimensional, mas pensamos linearmente e andamos para aqui com conceitos lineares como por exemplo o do tempo, passado-presente-futuro e causas-consequências, acção-reacção, onde se baseia também o conceito de karma. Que podemos experimentar multidimensões e experiências multidimensionais, como já experimentei. Que, aliás, nós no dia a dia pensamos de uma maneira e agimos de outra. Que muitos dos nossos conceitos não são coerentes (para já não falar dos preconceitos) e segui-los tem-nos atrapalhado a vida.

– Que muitos dos nossos conceitos se baseiam em equívocos como por exemplo (e digo este porque se me aplicou muito directamente), o da tolerância: eu sempre pensei ser uma pessoa muito tolerante e tinha “orgulho” nisso; perceber que de facto, tolerarmos os outros nada tem a ver com humildade, simplicidade e amor e muito pelo contrário quase um acto de soberba, de presunção (eu não concordo, não aceito, mas tolero, sentindo-nos numa posição superior, sim, por isso toleramos) foi mais um grande balde de água fria para o meu ego. E muitos outros, como o lutarmos por algo, o esforçarmo-nos, o preocuparmo-nos, o “andarmos cá” para evoluir e aprender, a evolução, a esperança, o tempo, o espaço, o pensarmos existir o dentro e o fora de nós…  e um rol ainda muito maior.

– Que isto é tudo muito bonito, mas de pouco vale saber isto e aquilo se nas coisas mais básicas nos “espalhamos ao comprido”. Como por exemplo andar sempre a julgar este e aquele e as situações. A pensar mal de alguém, a dizer mal de alguém. Eu que pensava que nunca fazia isso, fui descobrindo que, sendo honesta comigo própria, o fazia. E faço ainda muitas mais vezes do que o que gostaria. Que é muita presunção minha quando penso que sou dona da verdade e quando ando por aí a impingi-la (senão a impô-la) aos outros, quando penso que uns são mais evoluídos e outros menos, que o ser humano é o ser mais evoluído do planeta e outras coisas que tais. Com o que digo para aqui no meu blog não tenho intenção alguma de impingir nada a ninguém. A minha intenção é apenas partilhar o que sinto ser equilibrado partilhar (pode não o ser), ou quando me propõem falar de uma fase da minha vida, como é o caso (sei que alguns se identificarão com algumas coisas). Se o faço ou não, efectivamente, já é outra história. Peço-vos, sinceramente, perdão.

– Que não é coerente almejar ajudar o Mundo, os pobres e necessitados de além-mar, aliviar tensões e sofrimentos mundiais, se na nossa casa não fazemos isso (nem sequer nos damos bem !), com os que mais facilmente poderíamos fazer, por estarem perto de nós e no nosso trabalho e em relação aos nossos vizinhos e nesta nossa área de acção mais imediata. E em última instância, connosco próprios. Uma das muitas coisas que muito me tocaram nestas andanças foi um filme-documentário “A Vedação”, que o Robiyn um dia, dentro de um dos seus workshops, “nos levou” a ir ver ao cinema, para que reflectíssemos (e meditássemos e intuíssemos) sobre o conceito de ajuda e porque às vezes queremos tanto ajudar os outros (escrevi algo sobre uma parte deste filme neste outro post).

– Que o amor conjugal é uma concretização “pontual” do amor universal.

Ouvir isto e senti-lo foi muito importante para mim. Rute, se ainda te lembras do mapa numerológico que tão amavelmente me fizeste deves perceber o quão importante foi para mim esta noção.

– Que sentirmo-nos gratos pela Vida é um grande passo. E expressarmos a gratidão também.

-Os abraços (ai, os abraços!) e o expressarmos o amor que sentimos uns pelos outros e a gratidão por existirem.

-Que não existe amor incondicional ou teria que existir o amor condicional e o Amor não tem condições.

– Que o Amor é algo intemporal e o Amor é a Vida e a Vida o Amor, uma e mesma energia e que nós todos e tudo somos essa energia.

– Que passamos a vida a buscar algo fora de nós, porque sentimos que algo nos falta, que somos uma metade (e algures por aí andará a nossa cara-metade, a nossa alma gémea_ disse-nos o Robiyn que, quando muito, teríamos muitas almas gémeas ou seríamos todos almas gémeas uns dos outros_ que nos completará). Ou sentimos que algo nos falta, que somos imperfeitos e então andaremos nesta busca eternamente até percebermos que temos todos os ingredientes necessários nos armários da nossa cozinha para fazermos os nossos bolos. Que já nascemos com tudo, somos inteiros, somos íntegros. Agora é só aplicar, mãos à obra! Que a nossa insatisfação permanente e os medos e inseguranças advêm, em parte, de nos julgarmos separados; que nós não somos um ser separado, “sem apoio”, “sem rede”, estamos interligados, interconectados, somos Um Todo. Que o Todo, a Realidade Única, está em interacção harmónica, tudo o resto faz parte de um mundo ilusório criado por lentes, filtros, percepções, baixas de energia como acontece quando de repente o computador fica marado. E que vai criando memórias que nos vão enredando e onde vamos empatando mais e mais energia, sendo que, não dando a volta a isso, cada vez vamos dispondo de menos energia para o percepcionar e transformar.

Ora que foi aí que deixei de buscar. Não por achar que já sabia tudo, sim por perceber o que acabei de dizer acima.

O que não significa que deixei de ler (oh, não! Quem me conhece sabe que sou uma leitora inveterada…), a minha atitude perante tudo é que é já outra.

Houve de facto uma fase, enquanto me inteirava de tudo isto e muito fascinada pelas vivências que os “exercícios-ferramentas” (de relaxamento, captação de energia, energizações, rio de energia e transmutação/perdão, telepatia, “viagens no tempo” e muitos, muitos outros) me proporcionavam, que quase deixei de ler, pois como anteriormente encarava estas leituras como a tal busca, o que vinha nos livros já não me satisfazia mais. Lembro-me de, passados meses sem tocar num livro, entrar numa livraria e apetecer-me comprar livros específicos e que me trouxessem uma informação determinada que me ajudassem a melhor implementar decisões que acabara de tomar, como por exemplo, o ter-me tornado vegetariana. Comprei nessa altura um livro sobre alimentação saudável e vegetariana, com muita informação básica sobre o  assunto (” Guia Prático da Alimentação Saudável e da Terapêutica Natural”, do autor Manuel R.C. Melo).

Na mesma altura comprei ainda o livro “Melhore a Sua Visão” de Martin Brofman, pois acabara por passar por uma experiência que na altura achei incrível, por ter sido totalmente inesperada e nem me ter passado pela cabeça ser possível: logo após o 1º workshop com o Robiyn, comecei a sentir um incómodo grande quando colocava as minhas lentes de contacto; pensei “já devem estar a precisar de ser substituídas” e uns dias depois fui ao meu optometrista habitual; ele fez-me testes e mais testes e, nada me explicando, pediu-me que andasse uma ou duas semanas com umas lentes que ele me ia emprestar e depois voltasse lá, o que fiz; passado o tempo por ele indicado lá voltei, ele voltou a fazer mais testes e perguntou-me se eu estava a passar por alguma alteração hormonal (menopausa, gravidez…) ao que respondi que não; um tanto incrédulo lá me explicou finalmente que não estava a ver porque razão, mas a minha graduação tinha-se alterado, deixara de ter astigmatismo e o grau de miopia reduzira cerca de dioptria e meia; fiquei nas nuvens, feliz, feliz, sobretudo porque costumam dizer-nos que, com a idade, estes problemas de visão se agravam; só depois vim a saber que já há muitos anos o doutor William Bates, no seu livro “Better Eyesight Without Glasses”, explicara que os óculos são como muletas, que podemos dispensar assim que os músculos oculares que tensionam o globo ocular voltam ao “normal” e que podemos fazer uma espécie de “fisioterapia” (ginástica ocular) para que voltem; ao folhear este livro de Martin Brofman vi que ele em dada altura falava no Dr. Bates e quiz aceder a mais informação sobre o assunto; eu não tinha feito nenhuma ginástica ocular, mas ao ler este livro, “Melhore a Sua Visão”, percebi o que me tinha acontecido durante esse fim-de-semana do workshop que levou ao “desaparecimento” do meu astigmatismo e à melhoria da miopia.

E também me lembro de ler, nessa fase de quase nenhuma leitura, um livro que as minhas filhas já me tinham oferecido há algum tempo num belo Dia da Mãe e que estava “na gaveta” (só depois de o ler é que percebi porquê, se o lesse antes desta minha “transformação” não teria percebido a simplicidade da mensagem), o “Mensagem do Outro Lado do Mundo” de Marlo Morgan (pode ler-se aqui neste outro post algo sobre ele).

Depois, aos poucos, retomei as “minhas leituras” numa outra perspectiva, sobretudo umas para ir actualizando alguma informação e outras por puro prazer de ler e me divertir (tenho lido romances muito engraçados e escritos “com alma” e até romances históricos, aos quais, há uns tempos atrás, não ligava nenhuma    🙂                  ). Gosto de sentir os autores através do que escrevem, eu própria gosto muito de escrever (nota-se!   😉               ).

(Um dos meus muitos cadernos onde escrevo, à mão, o que se vai passando, o que vou mudando, etc., etc.)

Parar de buscar também não significa “ter parado”, muito pelo contrário todos os dias descubro coisas que tenho que mudar, transformar, e vou continuando a perceber e a transmutar os meus medos, inseguranças, memórias, limites que me imponho (e uma grande ajuda é o relacionarmo-nos com os outros, continuamos a ser o espelho uns dos outros…). E sim, significa “reunir os meus ingredientes”, os meus talentos e/ou redescobrir novos talentos e fazer algo com eles. Encontrar soluções. Pôr em prática. Viver. Porque, como diz o Robiyn, “estamos cá” para irradiarmos o ser maravilhoso e único que somos, para sermos felizes e com isso fazermos os outros felizes.

Muito fica por contar, o post vai para lá de longo! Surgirão outras oportunidades…

Beijinhos a todos, obrigada por mais estes momentos de partilha, aqui entre todos, nesta blogagem colectiva Fases da Vida. Obrigada por existirem.

Obrigada, Robiyn, Flávia, todos os autores que li e todas as pessoas que partilham momentos comigo e todas as que em algum momento se cruzaram comigo. E animais e plantas e objectos e situações. E seres “de outras realidades”.

Obrigada Maturidade, o que quer que signifiques   🙂

Amo-vos.

Isabel

Comments (12) »

Colectiva Fases da Vida _ Infância

Vivam! Cá estamos,  participando na 2ª fase_ Infância da blogagem colectiva “Fases da Vida” proposta pela Rute do Publicar para Partilhar.

Aqui fica o link directo para a participação da Rute de hoje, “Infância – Entender a hiperatividade e DDA”, uma vez que nesse seu post aparecem listadas todas as participações nesta 2ª fase.

Poderia falar da minha infância, das coisas maravilhosas que dela me lembro e relembro muitas vezes com carinho e alegria e das coisas menos boas que de alguma forma me “marcaram” e que com as quais mais tarde tive que “fazer as pazes”.

Poderia falar da infância de cada um dos meus três filhos, aliás o mais novo está precisamente nessa fase e este blog costuma mesmo é partilhar os momentos que vivemos com ele, na óptica do Ensino Doméstico.

Poderia falar do que tenho feito para voltar à criança que há em mim e todos os belos momentos que isso me tem trazido e posso ainda referir que uma das razões pela qual optámos pelo ensino doméstico em relação a este nosso filho mais novo, tem de facto a ver com o se preservar o mais possível essa criança, sem que seja constante e literalmente “bombardeada” com práticas e procedimentos, como os escolares actuais, que a fazem afastar cada vez mais da sua curiosidade natural em conhecer o que a envolve, que  desestimulam o seu processo inventivo e criativo e muitos mais aspectos que têm vindo a ser abordados neste blog.

Vou, no entanto, focar-me num tema transversal a todas as fases da vida, com especial importância na infância, que é a fase que hoje abordamos: a importância do toque, da proximidade física, das carícias e de muitos mais aspectos que já vou desenvolver.

Assim, começo por vos apresentar um livro, “Tocar _ O Significado Humano da Pele”, de Ashley Montagu (a edição que eu tenho é brasileira, nem sei se o chegaram a editar em Portugal).

Este livro foi-nos aconselhado por uma amiga e terapeuta natural, numa altura em que a ela recorremos para a prescrição de um tratamento homeopático relativamente ao eczema atópico que o nosso pequeno desenvolveu desde os 5 meses de idade. Na altura, (tinha ele já quase dois anos), questionei-me e questionei-a sobre se o facto de ainda o amamentar ao peito o prejudicaria de alguma forma, neste aspecto do eczema. Ao que ela respondeu peremptoriamente que não, se o não amamentasse muito pior seria e que todo o contacto de pele que com ele eu tenha ajuda muitíssimo em todas as áreas físicas, motoras e psicológicas para o seu saudável crescimento. E aconselhou-me vivamente a leitura deste livro.

O prefácio a esta terceira edição, escrito pelo próprio autor (em 1986, já lá vão 25 anos e em muitos pontos é ainda actual!) diz algo como:

“Nós, os ocidentais, estamos começando a descobrir os nossos negligenciados sentidos.”

“A capacidade de um ocidental relacionar-se com os seus semelhantes está muito atrasada em comparação com a sua necessidade de relacionar-se com bens de consumo e com as desnecessárias necessidades que o mantêm em escravidão, possuído por suas próprias posses.”

“Ele tem condições de alcançar outros planetas, mas com demasiada frequência não consegue chegar ao seu semelhante.”

“Através de qual outro meio que não realmente os nossos sentidos, poderemos penetrar na saudável tessitura dos contactos humanos, este universo da existência humana.”

Parecemos não dar conta de que são os nossos sentidos que modelam o corpo da nossa realidade.” (bold meu)

“Deixar qualquer um dos sentidos de fora significa reduzir as dimensões da nossa realidade;”

“A impessoalidade da vida no mundo ocidental chegou a tal ponto que, enfim, produzimos uma raça de intocáveis. Tornamo-nos estranhos uns aos outros, não só evitando todas as formas de contacto físico “desnecessário”, como ainda precavendo-nos contra as mesmas;”

“Diante de seres inautênticos como nós, vestidos com a imagem do que deveríamos ser segundo os outros, não surpreende que continuemos inseguros quanto a quem somos de fato.”

“O amor e a humanidade começam onde começa o toque: no intervalo de poucos minutos que se seguem ao nascimento. É com a finalidade de divulgar tais fatos e de dar a conhecer suas consequências para cada um de nós e para a humanidade como um todo que este livro foi escrito.”

“A terceira edição que ora apresentamos foi extensamente revista, incorporando muitas informações novas a respeito das necessidades táteis e das benéficas interações táteis entre seres humanos, do nascimento à velhice.

Ashley Montagu”

Todo o livro é recheado de experiências científicas que comprovam a importância do toque, do sentido do tacto, dos estímulos recebidos através da pele, em todas as idades com especial incidência na altura do nascimento e na infância. Começa por exemplo por demonstrar que as lambidelas que as mamãs mamíferas dão às suas crias não têm só a função da limpeza, mas também ajudar a que os seus órgãos internos desenvolvam e funcionem na perfeição. Depois estende-se ao animal mamífero que somos, nós humanos, com a amamentação e todo o aconchego e contacto físico com a mãe que os nossos bebés precisam para que muitas das suas funções fisiológicas e psicológicas funcionem na perfeição.

Foi engraçado perceber o porquê dessa importância que nós já intuitivamente sabíamos ser importante ou não teríamos feito coisas como:

acariciar a minha barriga de grávida;

querer um parto onde o contacto físico entre mãe e filho (e pai e irmãs) fosse previligiado na altura do nascimento;

amamentar, o mais possível (amamentei a minha primeira filha até aos 14 meses, a segunda até aos 9 meses e este terceiro foi alimentado exclusivamente a leite materno até aos 6 meses e será amamentado até ele querer, já lá vão 7 anos);

dispensarmos os carrinhos para transportá-los (só mesmo a cadeirinha do carro) e andar sempre com eles ao colo (aliás, na altura das minhas filhas mais velhas ainda não existia por cá a prática do uso do pano, andaram sempre mesmo ao colo, encostadinhas a mim);

aconchegarmo-nos, nús, sempre que possível (começou logo na maternidade, desde que nasceu e os três dias que lá estivémos, estivémos sempre nús e juntinhos, conforme se pode ver na foto que coloquei no post da 1ª fase_ o Nascimento desta blogagem colectiva. E aproveito agora para dizer que foi algo que adorei na participação da Rute, foi ver a sua foto junto com a filha, pele em contacto com pele, uma foto sublime(!);

tomarmos banho juntos (ainda hoje, o nosso pequeno, com 7, quase 8 anos, continua, como desde sempre, a tomar banho ora comigo ora com o pai, ora com uma das irmãs, ora com o namorado da irmã mais velha que é como se fosse um outro irmão para ele) o que é de uma naturalidade tal para ele, sem qualquer sombra de algo que hoje em dia é tão desvirtuado, como o contacto físico entre os seres;

dormirmos juntos (como já disse algumas vezes, somos adeptos do “cosleeping“);

irmos juntos a uma praia de nudismo, nadarmos nús (quem nunca nadou nú deveria ainda experimentar essa sensação maravilhosa), sentirmos o contacto directo do nosso corpo com a água do mar, o sol a aquecer todo o nosso corpo (nas “horas seguras”, claro está…);

abraçarmo-nos com muita frequência: temos a prática de um “abracinho os três”, “um abracinho os quatro”, “um abracinho os cinco”, conforme quem  está em casa na altura e incluímos o nosso gato nesses abracinhos;

dizermo-nos uns aos outros que nos amamos, com frequência e beijarmo-nos com frequência;

e também aos nossos amigos, o que às vezes ainda gostaria de fazer com maior frequência _ vou aqui contar-vos algo que também tem a ver com a Rute: a importância deste contacto entre os seres é muito significativa e nós passamos a vida às vezes sem nos darmos conta do que contam os abraços, os beijos, as carícias, uma massagem terapêutica, que seja, uma palmadinha nas costas, um sorriso… nos workshops do Robiyn que já falei no outro post da 1ª fase, algo que ele sempre incentivou foi o abraço e era sempre curioso perceber o quanto algumas pessoas têm às vezes dificuldade em se abraçar; eu também tive algum desconforto, no início, pois uma coisa para mim era abraçar alguém da família ou amigo, outra era quem eu não conhecia bem; e mesmo assim não era muito comum que eu abraçasse os amigos; hoje já não é assim, ainda há uns tempos numa festa de aniversário do centro de yôga onde frequento uma aulinha semanal que me faz maravilhas às costas, esteve presente “o mestre” lá da escola (nós temos aulas com um dos instrutores, eu ainda não tinha conhecido “o mestre”) e abraçou cada um dos presentes na festa. Eu fui uma das últimas e recebi um “elogio”, chamou-me de “o melhor abraço da noite”, ao que eu respondi, um pouco tímida “é o abraço de uma mãe” (tímida não por causa dos abraços, claro está, sim porque não gosto destes elogios que nos comparam em ser o melhor ou o pior, todos somos o ser único e maravilhoso que somos e ao mesmo tempo tão iguais a cada um em muitos aspectos). Sei que a minha descontracção nos abraços veio mesmo de todo o trabalho interior que desenvolvi ao longo de muitos workshops com o Robiyn. Ainda assim (e é aqui que quero chegar quando falei na Rute), com toda esta minha “desenvoltura nos abraços”, no outro dia, a Rute veio almoçar comigo e uma outra amiga e passámos uma horinha numa alegre conversa, partilhando muitas coisas íntimas e profundas; no final, à despedida, a Rute diz-me “dá cá um abraço” e démos um abraço. Pois tenho dado muitos abraços, como já perceberam e desta vez senti uma ligação tão grande com a Rute, não sei bem porquê (até sei, depois vi…), que senti um “formigueiro”, algo assim, uma sensação de paz tão tranquilizante, que tive que lhe escrever um e-mail quando cheguei a casa, a contar. Obrigada, Rute, pelo teu abraço tão espontâneo e pelo ser maravilhoso que és!

E lembram-se desta foto (tentativa de foto…), Rute e Paula (quando não nos chegou só o “contacto virtual” aqui através dos blogs…)?                                    😀

Assim como recordo com muito carinho o primeiro dia que me encontrei com a Amparo, a Luísa, a Patrícia, a Lara… depois das nossas já muitas conversas só pela internet.

Também me vem frequentemente à memória uma intuição que tive da última vez que vi a minha avó antes de ela falecer; ela vivia num lar, na Figueira da Foz (a uns 200 Km de mim, portanto) e da última vez que fui visitá-la senti, não sei porquê, que seria a última e para além dos beijinhos, abraços e festinhas do costume, que sempre lhe dava, senti uma vontade enorme de lhe dar uma massagem aos pés aplicando o que entretanto aprendera sobre reflexologia podal. Estive uma boa meia hora-três quartos de hora da visita a massajar e a acariciar os seus pés. Ela gostou, sentiu-se bem e eu também. De facto veio a acontecer não ter voltado a ter oportunidade de a visitar antes de ela falecer, meses mais tarde.

Às vezes pergunto-me porque seremos tão reticentes ao contacto físico. Já pensei que talvez por existir uma ténue linha entre o abraço e o aperto, o carinho e o abuso, a festa e a palmada (podem ser dadas pela mesma mão…);

sem dúvida que na sociedade como a vivemos hoje, se uma mulher toca num homem, por exemplo (e nem é preciso tocar), pode ser “mal interpretada” e ele pode automaticamente pensar que ela lhe está a dar sinais de querer um tipo de envolvimento que pode não querer, daí nós nos coibirmos de demonstrar um afecto natural que possamos sentir; ou vice-versa; o mesmo entre pessoas do mesmo sexo;

e que se os pais batem nos filhos, quando a sua mão se levanta agora para uma festa a criança se confunde e todo o sentido do doce contacto fica desvirtuado (ou pior, quando há outros tipos de violência e abusos).

Pois bem, talvez esteja na hora de sermos nós próprios, de voltarmos ao nosso equilíbrio natural, à partilha, aos afectos, sem dor nem preconceitos. Mesmo que psicólogos remetam esta distância que nos assola para traumas de infância, também estará na hora de fazermos as pazes com a nossa infância, de deixarmos de culpar os nossos progenitores ou outros seres que tenham desagradavelmente “marcado” a nossa infância, como, por exemplo, professores, eles fizeram o que na altura pensavam ser o melhor (eu sempre fiz, a cada momento o que pensei ser o melhor ou como sabia, hoje já o faria de outra forma);

talvez esteja na altura de deixarmos de separar impiedosamente as crias das suas mães (como o fazemos muitas vezes com gatinhos e cachorrinhos para não falar de tantas outras “crueldades”); o nosso primeiro gatinho foi encontrado no caixote do lixo de frente de nossa casa pelo meu companheiro da altura, levou-o lá para casa e fizémos de tudo para que sobrevivesse; sobreviveu, um pouco estropiado de um olho, era o nosso “Tumias”, andava dentro do bolso da camisa do dono, chegadinho ao seu peito e mesmo assim, mesmo depois em adulto, chupava na pata como nas tetinhas da mãe que nunca chupou;

talvez esteja na hora de nos amarmos, entre nós, seres humanos, e entre todos os seres, e à própria Terra; tornei-me vegetariana por razões éticas (podem ler aqui uma entrevista que dei ao Centro Vegetariano), isto é, depois de perceber e sentir que não era coerente querer respeitar a vida e ao mesmo tempo delegar nos outros a responsabilidade da morte de outros seres que não é necessária à nossa sobrevivência como espécie;

talvez esteja na hora ou até nem esteja, porque é sempre “a hora” e porque “nunca é tarde” e porque todos somos as crianças maravilhosas que sempre fomos, amemos a infância e todas as fases, amemo-nos, de facto.

Para finalizar, apenas um enquadramento entre o tema que adoptei hoje e o tema central deste blog que gira à volta de uma “educação natural” passando pelo ensino doméstico e pelo unschooling:

– Já uma vez referi aqui neste blog a existência deste livro de António Torrado: “Da Escola Sem Sentido à Escola dos Sentidos”,

que refere precisamente uma escola de hoje baseada sobretudo no sentido da visão (e, quando muito, da audição), preterindo os outros sentidos, sobretudo o do tacto _ chegamos a aborrecer-nos seriamente com as crianças que mexem em tudo perguntando-lhes “só sabes “ver com as mãos”?”.

– Este blog dedica-se sobretudo a uma “educação mais natural”, incidindo na fase em que as crianças atravessam a “escolaridade obrigatória”, partilhando uma “alternativa à escola usual”, legal (o ensino doméstico) e que muito ajuda tanto à preservação da curiosidade natural das crianças em conhecer o mundo que as rodeia como ao tema que quiz desenvolver hoje, a proximidade, a envolvência familiar, os cuidados básicos e amorosos entre pais e filhos, a necessidade do toque a um desenvolvimento saudável do ser humano.

– Ter escolhido o ensino doméstico como tema central deste blog teve a ver com o facto de ser algo ainda muito pouco divulgado neste país e esta ser uma forma de ajudar a desenvolver mais esta faceta de uma forma de viver mais harmónica que muitos andamos a “tactear”. Gosto sempre de frisar um pouco isto: é uma das fases pela qual passamos nesta viagem de retorno a nós próprios, à criança que há em nós, à preservação da criança que é o nosso filho, a uma interacção mais amorosa e harmónica entre os seres, apenas uma faceta de todas as outras formas que fomos experimentando tais como as que mencionei acima (vegetarianismo, acções mais ecológicas, parto natural, amamentação prolongada, coosleeping, etc., etc, tal como o inroduzo nas páginas “Projecto” e “Nós” na barra superior do blog).

Obrigada Rute e a todos os que participamos escrevendo e os que participamos lendo.

Até sempre                               😀

Isabel

Comments (22) »