Ouvi falar na Clonlara School pela primeira vez num post da “Pipocas” no seu blog. E em como esta escola é dedicada às famílias homeschoolers.
A Clonlara é uma escola democrática sediada nos EUA.
Mais tarde, ouvi falar na existência de uma sua oficina em Espanha a que comummente chamamos Clonlara Espanha e no seu diretor Juan Carlos.
Entretanto conheci uma família portuguesa do grupo do ensino doméstico, cuja filha, em ensino doméstico, após ter concluído o 4º ano, se inscreveu na Clonlara em Espanha e cujo percurso decorre lindamente.
Foi em Setembro (de 2012!) que o conheci, ao Juan Carlos, pessoalmente.
😀
Participei numa pequena parte do encontro sobre Educação Livre que a MEL organizou e assisti, precisamente à sua (do Juan) palestra sobre a Clonlara e à palestra da psicóloga Sandra Gonçalves sobre as várias formas, vertentes, hipóteses de se educar livremente (“Formas, Estilos e Conceitos para uma Educação Livre”).
Na palestra dada pelo Juan fiquei muito mais esclarecida sobre o funcionamento da Clonlara. Soube da sua história, da sua origem. Soube do livro que está disponível no site da Clonlara Espanha para uma leitura on-line, “Educar en Família”, onde percebemos quais os vários caminhos correspondentes aos vários “tipos de famílias homeschoolers” que se enquadram perfeitamente na filosofia da Clonlara. O Unschooling é um desses, muito específicos e muito me agradou perceber como se enquadra em toda a parte “legal” da escola, frequentando a qual os alunos podem obter certificados internacionais, válidos (também em Portugal) ao abrigo da comissão Fullbright.
Aqui há tempos acedi (num dos grupos portugueses do ensino doméstico que existe no facebook) ao link para uma entrevista dada pelo Juan Carlos. E nessa entrevista o Juan diz algo engraçado, em como os maiores críticos da escola (Clonlara) são unschoolers e, por outro lado, a maior parte das famílias que têm inscritas são unschoolers. Paradoxo? Eu percebo ambas as razões…
😉
O engraçado da questão é que, como diz Juan na entrevista, permitindo a Clonlara que cada família construa o seu currículo ao longo do ano, uma família unschooler, não seguindo currículo (programa), pode conciliar-se com esta “escola” elaborando um currículo à medida que caminha, não um que pré-dita as atividades e sim um que relata as atividades que vão acontecendo. Esta é, para mim, a verdadeira aceção de um currículo: o que fizémos, o que aprendemos, escrito DEPOIS DAS COISAS ACONTECEREM, o que se adapta perfeitamente às vivências em unschooling. E uma Clonlara desta feita, com os seus consultores educativos faz-me lembrar o novo modelo educativo preconizado pelo Edilbertro Sastre aqui nesta página do seu blog Desescolarizar, onde visiona um sistema em que uma criança teria um tutor/consultor que a poderia ajudar nas direções de aprendizagem por ela (criança) escolhidas e que seria fiel depositário do desenvolvimento da sua aprendizagem e, mais tarde, seria esse cúmulo de conhecimentos que constituiria todo o seu currículo e a própria pessoa, com as suas competências, o certificado bastante.
Obrigada Clonlara e Juan Carlos, pelo vosso trabalho e apoio aos homeschollers.
E belas pesquisas sobre o assunto para todos vocês! Mil abraços,
Isabel
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Caderno Verde
Desde quando existem as Gruas?
“Mãe, desde quando existem as gruas? Ah! Se calhar desde os romanos! De certeza que já existiam na altura do Império Romano…”
Esta faz-me lembrar a noção do que é a História, sobre a qual já falei um pouco neste outro post.
Bom, lá fomos pesquisar desde quando existem gruas e guindastes e descobrimos várias informações não muito unânimes: primeiro, que o primeiro guindaste (irmão-primo das gruas, isto é, a grua é da família dos guindastes e é também chamada de “guindaste universal de torre”) nasceu na civilização grega uns 4000 a 3500 anos Antes de Cristo; depois que foi inventado pelos romanos (ah, ah! Esta era condizente com o que dizia o Alexandre…), etc., etc. Que os primeiros eram de madeira e só com a revolução industrial passaram a ser metálicos. Bem, chegou-nos para perceber que é uma “máquina antiga” e ver umas fotos interessantes.
Se virem no primeiro link do parágrafo acima a imagem do mecanismo que foi um dos “primeiros guindastes”, essa fez-nos lembrar quando no outro dia estivémos a construir uma ponte antiga (vou mostrar-vos num próximo post!) inventada pelo Leonardo Da Vinci… o Alexandre achou piada a montar e conhecer, mas no final disse logo que preferia as “pontes modernas”…
😉