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Curvatura Espaço-Tempo e Ano Luz

Caderno Verde

Curvatura Espaço-Tempo e Ano-Luz

“Mãe, sabes o que é a Curvatura Espaço-Tempo”?

“Bem, filho…” _ eu a preparar-me como lhe haveria de responder, com exemplos? Mostrar esquemas na internet?

“Mãe, o espaço não é um vazio, tem muitas forças e em conjunto com o tempo. E ele curva-se ao redor de um planeta ou outra qualquer coisa no espaço. É essa a curvatura Espaço-Tempo.”

Bem, e eu a pensar que ele queria que eu lhe dissesse o que era a curvatura espaço-tempo…

Então, quando se seguiu a pergunta: “Mãe, o que é um ano-luz?”, eu já estava à espera que ele me soubesse dizer o que era, mas não estava à espera do que ele fez a seguir.

“Bem, um ano luz é a distância que a luz ou um objeto a mover-se à velocidade da luz percorre durante um ano” (o que eu estava então à espera que ele já soubesse).

“E agora vou dizer-te que distância é essa, é só fazer uns cálculos.”

E meia aparvalhada (porque eu sou assim, desculpem) pus-me a tentar seguir o seu raciocínio e contas. Como eram números grandes, ele foi buscar a máquina de calcular, e explicando mais ou menos o que estava a fazer: “Então, a velocidade da luz são 300.000.000 metros por segundo, vezes 60 segundos, vezes 60 minutos, vezes 24 horas, vezes 365 dias… dá isto: 9460800000 (vejo eu no écran da calculadora), com mais seis zeros à frente, que eu só usei 300 porque senão não aparecia aqui tudo no écran.”

“Diz lá outra vez?” _ pois que demorei a perceber o raciocínio.

Depois escreveu o número num papel com os zeros todos para tentarmos dizer aquilo em metros e logo a seguir em kilómetros: 9 460 800 000 000 000. “Nove mil quatrocentos e sessenta biliões… mãe! De metros. Nove biliões de kilómetros! Quase dez biliões.

Fui confirmar à net (o que nos traz sempre o problema de os sites brasileiros dizerem triliões em vez de biliões, porque para eles não há mil milhões, passam dos cem milhões para o bilião e nós não). E logo percebi que o pequeno tinha feito mesmo a conta certa, à primeira e rapidamente.

Porque me surpreendo? Quer dizer que eu não estou a par do que o meu filho “estuda”, acompanhando-o eu, uma vez que praticamos o Ensino Doméstico?

Bem, vou tentar explicar-vos o que, a meu ver, me acontece. Deve-se, penso eu, ao tipo de ensino que desenvolvemos que não é ensino, nem sequer ensino doméstico, a bem da verdade. É conhecido por unschooling. Nós apoiamos e ajudamos a desenvolver as matérias que vão surgindo e se desenrolando. Eu não estou presente em todos os acontecimentos do seu dia, pois este apoio familiar divide-se entre mim e o pai e entre as irmãs (mais velhas uns bons anitos). Mais ninguém regista o que se vai passando a não ser eu (exceção feita a algumas fotos que as irmãs tiram quando vão elas com ele aos museus, passeios, etc. ou a alguns desenhos/projetos que às vezes ele faz com elas e que assim aparecem “registados” e, às vezes, me vêm mostrar). Uma ou outra vez lá me contam, como quando a mana Celina e ele estiveram a observar precisamente a velocidade do som versus a velocidade da luz com os relâmpagos e o som do trovão que apareceu muito mais tarde. Por outro lado, ele já faz muitas pesquisas sozinho. Não faço ideia da quantidade de pesquisas que faz, da quantidade de vezes que vê mapas e mais mapas e trabalha com programas do género, faz medições percorre as fotos no tempo para ver a evolução das cidades no tempo e sei lá que mais. Quando estou com ele, às vezes vem mostrar-me algo novo que descobriu. Ou faz-me perguntas, como esta.

Se quiserem saber de onde partiu o seu interesse pela curvatura espaço-tempo, anos-luz e coisas que tais (eu perguntei-lhe), “Bem, _ respondeu-me_ foi num dos episódios do Doraemon que eu vejo com a mana Celina (ambos gostam muito). Eles explicaram e depois a mana esteve comigo a ver as definições de curvatura espaço-tempo, ano luz, gravidade e mais coisas. E agora eu estava a pensar nisso e lembrei-me de calcular o ano luz em kilómetros!”

Aqui, imagens da curvatura espaço-tempo.

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De Janeiro a Julho de 2014 – parte I

Olá, vivam!

Como há alguns meses que não dou notícias nem conto das nossas actividades em unschooling, vou fazer aqui um resumo dos meses de final de Janeiro a Julho (de 2014), seguindo a lógica de que, a falarmos de “ano lectivo”, para nós, um ano desses vai de Julho a Julho do ano seguinte (contamo-lo desde o aniversário do Alexandre que é a 12 de Julho). Obviamente, não é possível contar aqui tudo o que fazemos, mas algumas das coisas que têm mais expressão e ilustram um pouco como o unschooling funciona, ou melhor, como funcionamos nós, em unschooling.

Em unschooling, nós não planeamos as nossas actividades, elas vão acontecendo, a não ser em casos em que seja mesmo necessário alguma programação, tais como a nossa viagem a Nova York. Surgindo a vontade, surgindo as condições para acontecer, há uma data de “tarefas” a desenvolver (analisar melhores preços, compra dos bilhetes, tratar dos passaportes, seguros de viagem, etc., etc.) que têm que ser feitas à priori. E depois todo o entusiasmo que a viagem gerou, proporcionou actividades decorrentes e vontade de pensar no que queremos fazer, que locais visitar, anotações e afins.

Beijinhos a todos e não vou prometer que é desta que volto à minha regularidade anterior aqui no blog, farei o meu melhor! 🙂

Caderno Verde

De Janeiro a Julho de 20114 – Aqueduto, construção, matemática, geografia e história

As últimas notícias aqui no blog foram sobre experiências de Física e construção de um modelo do Titanic, bem como ver documentários sobre construção.

Depois disso continuámos com algumas “visitas de estudo”, fomos, por  exemplo visitar o “Aqueduto das Águas Livres” em Lisboa (é visitável  por dentro, mas na internet não diziam que só abriam as portas na  Primavera (e nós fomos lá a meio de Janeiro). Acabámos por percorrer  toda a zona por fora, observar bem o aqueduto e tirar fotos e, já em casa, fomos pesquisar sobre a  história do aqueduto e da sua construção que, durante tanto tempo, forneceu a água a Lisboa.

DSC09864(à espera do comboio…)

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(estação de Campolide! _ o Alexandre gosta desta estação….)

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DSC09884(aqui está o que não estava na internet     😉         )

 

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(é ali dentro que passam as condutas…)

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(de novo a estação! Para o regresso a casa…)

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Reforçámos, com mais um conjunto de peças de madeira, o nosso jogo “Jenga”, para construir novas estruturas (o pequeno entretém-se muito a inventar novos modelos de “construção de edifícios”).

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O Alexandre continuou a fazer mais desenhos, alguns a partir de figuras geométricas.

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Também praticamos matemática todos os dias, já que ele adora fazer contas de cabeça, inclusivé de multiplicações e divisões. Por sua auto-recriação. Por exemplo, quer saber quantas horas há num ano e  multiplica 365 por 24, de cabeça. Aqui há tempos anotei como ele faz as divisões, assim mentalmente, por exemplo, se quer dividir 236 por 4, na sua cabeça, faz primeiro, 50-50-50-50 (50 a cada um são duzentos e ainda lhe sobram 36 para dividir por 4 e vai continuando por aproximações; se a operação não der resto zero, diz que sobram “x”. E raciocínio idêntico é o que utiliza quando faz também as multiplicações, nesta dos 365 vezes 24 fez primeiro 300 vezes 10 vezes 2 e depois 300 vezes 4 e depois os 60 (vezes 10 vezes 2 vezes 4) e depois os 5, de forma idêntica e ia somando todas as parcelas, sempre “de cabeça”. Só que faz isto muito rapidamente, que eu, para verificar se está certo e a fazer da maneira dele, demoro  o quádruplo do tempo.

Para números muito grandes, utiliza máquina de calcular, mas sabe precisamente que contas fazer para resolver um problema que tenha em mente.

Ele tem seguido uma série de desenhos animados que passa no Canal Panda que se chama “Ciber Heróis” e onde passam muitos conceitos matemáticos e formas de fazer cálculos com eles, tais como, por exemplo, fracções e percentagens. Apercebi-me que o Alexandre tem a perfeita noção do conceito de fracção e faz contas de cabeça com números fraccionários da mesma forma que o faz com os inteiros e os decimais, bem como em relação ao conceito de percentagem. Para mim é  basicamente importante que ele perceba o que é uma fracção e o que é uma percentagem quando faça cálculos utilizando tais conceitos.

O pai comprou dois jogos novos, de tabuleiro, o “Risk”, jogo de estratégia militar com mapas de vários países e o “Ticket To Ride” que tem sido um sucesso cá em casa (entretanto fomos acrescentando extensões, começámos com o jogo na Europa e agora já temos o que se joga sobre o mapa de Portugal, o dos Estados Unidos e o da Ásia), todos adoramos jogá-lo, consiste em ir completando caminhos entre as várias cidades da Europa, por exemplo, com carruagens de comboio.
Também tínhamos comprado um jogo “em francês”, La Route Des Épices que, antes destes, jogámos várias vezes, pois é baseado na rota das especiarias que os navios antigamente percorreram e tem mesmo umas caixinhas com especiarias de verdade, as quais temos que adivinhar quais são pelo cheiro.

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Estes jogos dão sempre origem a voltar a pesquisar sobre os impérios e a sua história e localização nos mapas.

Como por exemplo esta “evolução do império britânico” _ ver as datas à esquerda:

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(Continua…)

 

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Os Documentários do Momento

Caderno Verde

Os Documentários do Momento

O Alexandre desde pequenininho que vê documentários com o mesmo interesse (e às vezes mais) com que vê desenhos animados.

Em pequenininho fascinavam-o os das construções de túneis, pontes e torres. Depois foi variando de temas, alguns ainda ligados às construções e outros aos fenómenos terrestres e celestes, ao funcionamento do corpo humano, aos meios de transporte, às viagens e às grandes cidades de todo o Mundo, coisas sobretudo ligadas às ciências e tecnologia e, ainda, à História.

Vou recordar aqui um episódio que contei num post que já publiquei há anos, “Episódio na Bertrand“, que ilustra bem o interesse dele nestas áreas e que acabei de referenciar acima.

Sim, ele estava de volta de um livro de autocad e dizia que ele o ia ensinar a construir túneis, a menina da livraria estava vidrada na sua conversa que derivou para “um dia vou construir uma linha (ferroviária) tão grande, por todo este país…”

Então, os documentários do momento, que temos andado a ver e a rever e a rever, ao longo destes últimos dois meses:

O Poder da Terra, do canal Odisseia, Episódio 3_Gelo (59 min), que explica a força e erosão pelo gelo, como tem ora aumentado, ora diminuído, estudos, expedições…

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DSC09207Desmontando a Cidade, do Discovery, Episódio 5_Londres (de 1h e 2min) _ contam que Londres é a cidade com mais infraestruturas subterrâneas que qualquer outra cidade do Mundo e com a mais vasta rede de túneis…

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DSC09213O Poder da Terra, agora o Episódio 4_Oceanos (58 min). Foi muito engraçado sabermos que o estreito de Gilbraltar e a existência do Mar Mediterrâneo, ao longo dos vários milénios, têm aparecido e desaparecido.

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DSC09259O Mundo Sobre Carris, do Odisseia, Episódio 4_Portugal, ferrovia do destino (60 min)_ “Emmanuelle é uma jovem exploradora com uma única paixão: viajar à volta do mundo de comboio. A maioria das suas viagens reside em conhecer centenas de pessoas diferentes, que habitam partes remotas do planeta.” E eis que neste episódio, em Portugal, percorre o país de Norte a Sul, no Alfa e no Intercidades, parando no Norte, numa zona costeira e de pesca e visitando um pescador, em Fátima, em Lisboa, visitando um grupo de jovens que voluntariamente dedicam as suas artes ajudando pessoas, e no Algarve, visitando um músico que recolhe músicas e cantares (e lenga-lengas) tradicionais e lhes confere arranjos interessantes.

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DSC09293Desmontando a Cidade, agora o episódio 3_Sidney (57 min), que ressalta o enorme e bem largo porto de Sidney, quase o único do mundo a comportar a atracagem de grandes navios como o Queen Mary e muito da geologia da terra.

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DSC09335(a ópera de Sidney)

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E também temos visto e revisto o episódio 2_S.Francisco (57 min) do Desmontando a Cidade (fala muito sobre os sismos e as obras de engenharia calculadas e construídas para lhes sobreviver),

e o episódio 6_Roma antiga (47 min) do mesmo programa.

Ainda o Poder da Terra, episódio 5_Terra Rara (58 min),

Como Fazem isso?, do Discovery, um episódio sobre a produção dos Legos e um outro sobre sabermos como a cidade de Las Vegas recebe os dois biliões de litros de água diários que precisa e ainda como se constrói um écran de televisão do tamanho de 3 campos de ténis.

Vimos também um episódio do programa Maquinaria da Terra:Terra sobre o interior da terra, magma, vulcões, placas tectónicas e sismos, novamente e como tudo isso funciona. Também fala sobre os dinossauros.

Já gravados, e a aguardar que os desbravemos estão os programas: Os Pirinéus Selvagens, O Império Solar_o aspecto enevoado do planeta Vénus, Se não existisse a Lua, Ciência Curiosa: Frio, Os Profetas da ficção científica_Guerra das Estrelas, O Segredo das Coisas_como são feitas as Locomotivas, Máquinas Gigantes_construção de um paquete de luxo e de uma ilha artificial na Alemanha, Titãs Mecânicos_ cinco mega-fábricas, incluindo o edifício de produção de veículos da Nasa e a maior fábrica de processamento de comida da Europa, A História do Mundo_a Era Industrial e Maravilhas da Ásia_ Japão: aposta na sua capacidade de se tornar uma das maiores potencias mundiais no sector aeroespacial.

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Diversidade de materiais e o “Catan Português”

Viva, bom dia!

Hoje umas fotos dos muitos materiais que pululam pela casa. Certo que aprendemos com tudo o que vemos, percebemos, manuseamos à nossa volta. Com as muitas matérias e recursos naturais, quando passeamos no meio da Natureza comos vários posts aqui no blog o documentam, mas também com mais matérias e recursos fabricados, lá fora, nas aldeias e cidades e dentro de casa, com tudo o que nos serve aos afazeres diários. E também outros materiais rotulados de educativos como livros e mapas e materiais para desenhar e pintar, que nós usamos como recursos para mais informação e como meios de expressão.

Já disse aqui várias vezes que a nossa sala comum é uma sala multi-usos, onde se: come, dança, dorme, vê televisão, ouve música, trabalha, joga, está uns com os outros, fala, ri, conversa, passa horas ao computador, abraça, beija, lê, faz ginástica, yôga, tai chi, monta tendas e igloos, fazem bolas de sabão, pinta, desenha, observa (tudo, inclusive mapas e estrelas), constrói, realiza experiências científicas e não só, representa, canta, fotografa, filma e sei lá que mais. E não só a nossa sala, também a cozinha, os quartos, as casas-de-banho, o corredor e a varanda são palco de quase todas as atividades atrás mencionadas.

Por todos os cantos há disto:

Mesas com livros e mapas,

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desenhos (este de um mapa de Portugal indicativo dos seus distritos e respetivas capitais de distrito, as maiores e mais escuras significa serem as com maior densidade populacional),

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material para desenhar e para filmar,

DSC08870filmes, jogos, fita-cola, peças de construção da Lego, recipiente com líquido para fazer bolas de sabão,

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kits de ciência, mais filmes e mais jogos,

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canetas de feltro,

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e mais canetas e lápis e tintas acrílicas,

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puzzles,

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documentários e ciência,

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caixas de creme vazias que servem para guardar muitas coisas, uma delas agora ficou destinada à colecção de pins dos comboios da CP (estava a escolher qual a mais adequada),

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guias turísticos e sudoku,

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barro e tintas, mais jogos,

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raquetes e bolas, o último puzzle que lhe ofereceram (ao Alexandre) no seu aniversário (vê-se melhor na foto abaixo),

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um tubo-túnel (e a proliferação de formas geométricas em todo o lado),

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incríveis quantidades de peças de Lego que até formam padrões divertidos,

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muitas caixas que as contêm,

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e que nos inspiram à fotografia dos elementos repetidos que formam padrões (as gelatinas vegetais que o Alexandre pediu à mana Catarina para fazerem,

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e os “conjuntos” de vários tipos de fruta).

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Tudo isto e muito mais nos estimulam todos os sentidos. E quando adormecemos ou nos sentamos pacificamente e em silêncio “desligando” os cinco sentidos, entramos noutros reinos que nos trazem mais percepções ainda.

Beijinhos e bela diversidade divertida para todos!

Isabel

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Caderno Verde

O “Catan Português” – Actividades da 2ª quinzena de Julho, III

Neste outro post mostrei-vos o começo da execução deste novo tabuleiro de jogo idealizado pelo Alexandre (com inspiração no jogo que as manas e o Bato lhe ofereceram no seu aniversário, o Catan) e confeccionado pelos dois (Alexandre e Catarina_ também ajudei  a acabar de pintar com a aguarela verde):

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Como expliquei no outro post que indiquei acima, este tabuleiro dobra-se tal qual um dos mapas que andam no nosso carro, “em harmónio”, embora seja de grandes dimensões (é constituído por 12 folhas A3, minuciosamente “fita-coladas” entre si):

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E aqui a preparação para começarem a jogar, dispondo as peças intervenientes no jogo (a maioria, peças aproveitadas de outros jogos):

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Antes disso o Alexandre ditou-me as regras do jogo (eram muitas, escrevi um grande lençol)

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e cortou e escreveu em outros elementos do jogo identificadores de cada jogador:

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Finalmente, jogar o “Catan Português”! Já não participei no jogo, pois após escrever tanta regra tive que ir preparar o lanche. Jogaram ele, o pai, a mana Catarina e uma das manas do Bato que tinha passado a noite cá em casa (e já tínhamos estado a fazer exercícios de tai-chi, com ela, também nesta nossa “sala multi-usos”; ela nunca tinha experimentado antes e gostou muito e disse “Nunca pensei que ia transpirar a fazer tai-chi, parece tão lentinho…”).

😉

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Um jogo demorado, mas muito interessante!

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Jogo de pistas-Teatro para encontrar uns miminhos

Caderno Verde

Jogo de pistas-Teatro para encontrar uns miminhos

No apontamento do Caderno Verde do último post contei da montagem desta ponte-invenção-de-Leonardo-da-Vinci.

Para o Alexandre encontrar o seu kit de montagem (era o objetivo final), em vez da tradicional “caça ao tesouro”, a Catarina elaborou uma peça de teatro muito bem engendrada e engraçada, em que ela era o Sr. Construtor Alex e pedia ajuda ao menino Xandinho para resolver enigmas e realizar algumas atividades intermédias, que os levassem a chegar ao kit final (que ele ainda não sabia o que era). Não coloquei aqui a foto dela com o meu capacete das obras na cabeça (o meu verdadeiro, profissional, que o Alexandre também tem um de brincadeira), mas era assim que o seu personagem ia deambulando pela casa no decorrer da peça interativa.

Resolvi colocar aqui as fotos quase do fim para o início, pois estas primeiras são as da ponte (de madeira, na realidade, que aqui o protótipo é de plástico) já completamente montada,

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as instruções de montagem por eles seguidas,

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e aqui então os materiais que serviram ao decorrer da peça de teatro e das pistas que levariam às atividades propostas na peça até chegarem ao resultado final: letras-íman que iam formando palavras-chave,

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montagem de troços de pistas de automóvel que também formavam palvras-chave,

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a “construção” (em desenho) de um edifício de palavras…

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Dois ou três dias depois, tendo achado piada à atividade de construir uma pista de carros formando uma palavra-chave, desenvolveram e derivaram a brincadeira para uma outra (que já não tinha a ver com o encontrar qualquer objeto escondido 😉 ) em que as pistas formavam ruas “de uma cidade” e nas próprias pistas estavam indicados os nomes dessas ruas (uma letra em cada peça de encaixe, “tipo puzzle”);

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ele havia a “R. do Aeroporto”, a “R.da Estação”, a “R. do Comboio”, a “R. do Barco” e muitas outras.

😀

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Aquisições deste Outono com muito sucesso

Vivam, bom dia!

Na última semana de Verão, conforme contei aqui,  adquirimos um quadro magnético e um bloco de folhas de desenho A3 que têm sido e continuam um sucesso.

Já tinha colocado aqui esta “malha urbana” e mais produções do Alexandre sobre o quadro magnético:

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E têm continuado os desenhos e esquemas, que vou fotografando antes de serem apagados…

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(esta é já uma pequena urbanização)

E o quadro também serve para outras coisas, como desenhar um círculo que, para o obter perfeito, recorreu a um jarrão de cobre cilíndrico, por sua auto-recriação.

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A irmã também trouxe uma extensão considerável de papel cenário, para trabalhos maiores, mas ainda não foi muito utilizado. Já o caderno de desenho de folhas A3, continua “em alta”,

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com esquemas e plantas várias,

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alçados,

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malhas e muitos mais.

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Já no Outono, então, comprei algo imprescindível, por uns pouquinhos cêntimos, cuja falta andava a impedir o colorir dos desenhos, este afiador de lápis cor-de-laranja,

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ao qual dá muito uso e, estrategicamente, resolveu afiar os lápis dos dois lados para render mais (disse-mo ele que a razão era esta).

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Então as plantas das urbanizações passaram a ser coloridas

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e os edifícios também.

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(este é uma réplica do que será, em 2015, o 2º edifício mais alto do Mundo _ e o mais alto da China_, o douradinho que vinha na revista SuperInteressante)

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Bem, para além do afiador de lápis: ele já tinha esta base de secretária, com o mapa-mundo, que já teve um uso incrível

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e agora adquirimos esta com os planetas do sistema solar, pelo importante detalhe de

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indicar as órbitas dos planetas ao redor do Sol! Ele diverte-se a fazer contas, a partir daqui (tipo “quantos dias mais que Mercúrio orbita Vénus o Sol” e o mesmo comparando quase todos os planetas, quantas vezes mais lento é um do que outro e todas as relações que possamos imaginar e mais algumas que não imaginamos)

🙂

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Também decidimos investir mais em mapas, dado o seu grande interesse e aptidão para o seu manuseamento. Eu já andava com essa fisgada desde o Verão e entretanto eu e o pai conversámos e eu pus-me à procura de mapas. Queria algo como o Mapa de Portugal que saíu na revista Visão Júnior e lhe foi oferecido pelo “pai das manas”, conforme mostrei neste outro post, mas um pouco mais complexo, daqueles que têm os rios e a orografia. Corri várias papelarias e não encontrei.

Entretanto pus essa ideia de parte e, bem, descobri guias turísticos, muito apetecíveis,  de variadas cidades do Mundo, Paris, Nova York, Moscovo (que ele tanto investiga sobre estas cidades), mas acabei por me decidir pelos de Tóquio e Lisboa (Tóquio, a cidade mais populosa do Mundo, que tanto o fascina e Lisboa, onde existe o local mais apreciado e preferido, a Estação do Oriente_ e também porque já percorremos e ele reconhece vários locais de Lisboa e ainda, porque o guia contém um mapa das linhas do metropolitano de Lisboa, que ele adora e conhece quase de cor). Pois foi um sucesso!

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No de Tóquio vimos e lemos sobre pontes,

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os mapas mesmo dos limites da cidade (que muito lhe interessa, pois ele gosta de desenhar os mapas das cidades com a forma tal e qual) e das várias zonas da cidade,

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plantas de zonas da cidade e de monumentos,

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a Torre de Tóquio (que já conhecíamos do google), pois torres são com ele_ andamos sempre a pesquisar quais os edifícios mais altos (de Nova York, do Japão, da China, de Moscovo, de Madrid, de Lisboa!!!)

😉

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Mais edifícios altos de Tóquio…

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E no Guia de Lisboa, a Torre de Belém (ainda agendada para ir visitar),

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plantas de monumentos vários,

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os Jerónimos,

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o Palácio de Sintra (aqui pertinho de nós, que já visitámos),

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o Palácio de Queluz, perto de casa da avó, que também já visitámos,

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e as Torres do Oriente!

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A zona junto à Estação do Oriente é, para o Alexandre, o ex-libris de Lisboa (já nos disse que quando for crescido quer ir morar para lá, “se a sua mulher concordar”                              😉                )

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as pontes, Vasco da Gama e

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25 de Abril.

A propósito, no outro dia, a ver/ler a revista SuperInteressante, aparecia lá uma foto da Golden Gate e dizíamos nós (eu e a irmã), “Olha a Ponte 25 de Abril!”. Fomos logo corrigidas pelo Alexandre, “Não! Esta é a Golden Gate!”. E diz a irmã, “Pois, são parecidas, eu nunca sei distinguir!”. E o Alexandre lá nos esteve a mostrar as diferenças e como se distinguem “de caras”, pois aqui os pilares da 25 de Abril são em cruz e os da Golden Gate uma espécie de quadrados, para além de que há também umas diferenças nos términos da ponte, que ele também nos explicou (vejam aqui).

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Os velhinhos elétricos, que não podiam faltar,

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as vistas desde o Tejo,

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um completo mapa da cidade que vem em apêndice

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e os tais mapas das linhas do metro!!!

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Nós fazemos muitas coisas, a partir destes mapas, como por exemplo descobrir a diferença entre Tóquio em português e Tokyo em inglês…

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Temos passado horas e horas de volta destes mapas e eis que um belo dia, ao falar do assunto a uma amiga minha ela me diz “Espera lá que eu vou arranjar-te o contacto da editora que fornece os mapas aqui para as escolas do concelho”! Não só me arranjou o contacto da editora, como as referências de alguns mapas, para que eu pudesse pedir um orçamento.

Assim (tenho as referências e os contactos comigo, quem desejar pode enviar-me um e-mail), pedi o orçamento para o Mapa do Mundo, o Mapa da Europa, o Mapa de Portugal Físico e o Mapa de Portugal Administrativo. Como os dois últimos são a 30 e tal euros cada e os dois primeiros a 13 euros e alguns cêntimos, ficámo-nos pelos dois primeiros (são mapas plastificados de 111 cm x 80 e tal cm). Quando vieram entregá-los (a casa), assim em rolinho, dentro de um cilindro de cartão, foi uma excitação tal!

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Têm estado pendurados ora um na sala e outro no “Quarto das Brincadeiras”, ora os dois na sala, conforme…

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E algo de muito interessante são as indicações em baixo com as bandeiras de todos os países e as respetivas áreas, população e densidade populacional. O Alexandre já sabe quais são os maiores países do Mundo em Área, em População e em Densidade Populacional (em Densidade Populacional sabem quais são os dois maiores? Não são bem países, são Estados, mas figuram lá, com bandeirinha própria, o Mónaco e o Vaticano!). E o mais engraçado é que foi ele, por si próprio, que chegou à conclusão que eram os maiores em densidade populacional, porque são muuuuuiiiiiittttoooo pequeninos em área e têm um considerável número de habitantes para o seu tamanho (número de pessoas por km quadrado, diz ele).

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Diverte-se a fazer contas e mais contas (quantas vezes é maior a Rússia que os Estados Unidos, por exemplo) e a explicar tudo ao primo, maior que ele (13 anos) e que aprendeu umas coisinhas nuns fins-de-semana que ficou lá em casa. É que o Alexandre gosta mesmo muito de Geografia.

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Sobre o mapa dá para desenhar, anotar, escrever, com os marcadores não permanentes que usamos para o quadro magnético (depois apaga-se bem), de modo que aqui está ele a assinalar umas novas cidades na China, que entretanto foram construídas por ele no SimCity e no MineCraft:

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Bem… e agora uma das últimas aquisições de sucesso, que ele já me andava a pedir há uns tempinhos… um fato de presidente!!!

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(conseguimos comprar um completo, camisa, colete, calças, casaco e gravata, por 19 euros e 95 cêntimos! ;)), mas este assunto ficará para um novo post… o rapaz que nunca gostou de se vestir no Carnaval, só se mascarou nos 3 primeirinhos aninhos quando ainda não tinha bem formado o seu poder de decisão (nunca dispendemos dinheiro em fantasias de Carnaval) e agora, olha, vestidinho de presidente para bem exercer as suas funções de coordenar e de resolver problemas, diz ele.

Beijinhos para todos e até então.

Isabel

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Liberdade e Sequência

Vivam, boa noite!

No outro dia, enquanto acompanhava o Alexandre no nosso “dia-a-dia-não-escolar”, tive um sentimento de como a liberdade de seguir ou não seguir currículo (no nosso caso, tenho-o presente, mas não o seguimos, isto é, não seguimos a sequência das matérias, por anos lectivos, tal como é apresentada nos manuais escolares) é tão interessante e resulta numa livre sequência de assuntos abordados.

Por exemplo:

Caderno Verde

Liberdade e Sequência

O Alexandre está inscrito no 3º ano do 1ºciclo. No ano passado (2ºano), uma das actividades propostas no programa curricular era fazer “registos do estado do tempo”. Embora nós usemos os cd´s da “Escola Virtual” e ele até goste muito do do 2º ano ao qual chama “Jogo das Aventuras 2” e nesse cd até está explicada esta  actividade, no ano passado não se interessou minimamente em desenvolvê-la. Este ano, ao “jogar de novo às aventuras 2” (também “joga às aventuras 3” _ cd para o 3º ano_ e também já o fazia o ano passado), achou muita piada à actividade de registar o estado de tempo e quiz praticá-la,

e embora eu não tenha tirado a foto aos registos completos no final da semana, coincidiu com uma semana onde houve dois dias de trovoada e chuva intensa (ele teve pena de não termos tido pelo menos um diazinho com neve!) e andou todo interessado ainda no fenómeno de vermos o relâmpago primeiro e ouvirmos o som do trovão depois, o que levou a irmã (a que anda agora na universidade) a explicar-lhe que isso acontecia porque a velocidade da luz é mais rápida que a do som

e foram inteirar-se de quão mais rápida é: velocidade da luz= 300.000.000 m/s; velocidade do som=340 m/s (à temperatura de 20ºC, se for mais baixa, a velocidade é menor ainda):

O que os levou ainda a fazer a experiência que permite determinar “quão longe de nós está a trovoada”: contaram (com um cronómetro) quantos segundos passavam entre o momento em que viam um relâmpago e o momento em que ouviam o som do trovão (mediram 10 segundos) e multiplicando pela velocidade do som, perceberam que a trovoada “estava a 3400 metros do Alexandre”.

Ou seja, valeu a pena ter feito a actividade do registo do tempo só este ano, pedida por ele e não imposta, pois “deu pano para mangas”.

Outra liberdade e sequência:

Há umas semanas atrás apeteceu-lhe ver de novo os dvd’s da série (francesa) “Era Uma Vez A Vida” que ensina muitas coisas sobre o funcionamento do corpo humano e da qual já uma vez falei neste outro post.

Passou três dias seguidos que quase não fazia mais nada, pois quiz ver os episódios todos de seguida. Ia tirando conclusões e fazendo perguntas, tais como: “Ah! Já sei como é que o nosso corpo cresce (quando está na barriga da mãe)! É como se as células fossem os tijolos de uma construção e o corpo vai-se construindo e aumentando.” E num outro momento: “Mãe, ainda não percebi como é que os pensamentos no nosso cérebro chegam tão rápido ao resto do corpo que nos fazem logo fazer uma coisa!” Eu expliquei-lhe que andavam muito rápido, como a electricidade que “já sabes que circula muito rapidamente pelos cabos, os pensamentos também são assim, ainda são mais rápidos”. “Ah! Por isso é que, vês_ e demonstrou fisicamente_ quando eu vou a cair as minhas mãos vão rapidamente e chegam ao chão ainda antes de eu cair.”

Então, depois destas sessões continuadas dos espisódios “Era Uma Vez a Vida”, tendo gostado muito sobre o que explicaram sobre os nutrientes que os vários tipos de alimentos fornecem ao nosso organismo, continuou “com o cinema” e foi ver uns episódios que tem da série da televisão “Vila Moleza” dedicada a sensibilizar as crianças a comerem alimentos saudáveis e a fazer exercício físico. E a seguir, voltou ao “Jogo das Aventuras 2″ (o tal da escola virtual), pois sabia precisamente onde se encontrava por lá a Roda dos Alimentos” e quiz confirmar umas coisas. Entretanto, como sabe que aquela roda não se aplica exactamente à “nossa situação como vegetarianos que somos” estava para lá a fazer uns cortes e adaptações e eu lembrei-me que tenho um esquema da Pirâmide de Alimentos Vegetariana num livro de culinária vegetariana que às vezes uso e fui mostrar-lha:

Bem, desde então o livro nunca mais voltou para a estante, pois quando come, por exemplo, tofú com arroz, feijão e pepino, vai todo contente confirmar que come dois alimentos da base da pirâmide (os que deve comer em maior quantidade) e outros dois “do meio” (que deve comer moderadamente) e ainda uma peça de fruta, que também pertence à base, pois, “Como alimentos muito saudáveis!”

E depois pôs-se a fazer perguntas ao Bato (o namorado da mana mais velha), a ver se ele sabia a lição: “Diz-me lá Bato, a que zona da Pirâmide pertence a alface? À que se pode comer mais, moderadamente ou menos? “. “À que se pode comer mais”_responde-lhe o Bato. “Certo! E a maionese?”…

😉

E também me pergunta volta e meia, “que vitaminas tem a alface”. “Vitamina A e C, parece-me”. Entretanto fui logo confirmar e fui-lhe dizendo que os alimentos não têm apenas vitaminas, mas também sais minerais como o cálcio (que ajuda a construir os ossos) e o ferro, e proteínas, etc., etc.

Pronto, passou logo a perguntar: “o tofú tem muitas proteínas? E o arroz? E as batatinhas, minhas preferidas? Têm muitas vitaminas?”

🙂

Ah! E isto tudo teve uma consequência interessante que foi ele ter tido vontade de experimentar de novo comer alface (percebeu que gosta dela nas sanduiches), pois embora comesse muito bem alface quando era mais pequenito, já há uns tempos para cá que não comia, pois tinha deixado de gostar de alface.

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Passo a passo…

Olá a todos!

Pois que há dias coloquei um post com o título de uma frase dita pelo pequeno…, “Mais um dia belo!” e hoje, na mesma “onda” de inspiração vinda das crianças:

Uma das paixões do Alexandre são as construções em Lego. Desta vez, chamaram-me, ele e o pai, para ver o resultado de uns minutos de “alta concentração” (o Alexandre construíu sozinho, o pai estava a acompanhar), uma ponte ferroviária, que já tinha sido alvo de uma outra tentativa e não tinha resultado como ele queria. Hoje sim, resultou na perfeição e ele estava todo contente.

Comemorámos: “Uau”! _ exclamei eu_ e fotografei com o telemóvel. Démos “um abracinho os três”, como fazemos muitas vezes a propósito de tudo (estávamos só os três em casa, aliás, depois corrigimos para “um abracinho os quatro”, incluindo o nosso gatinho…)

“Como é que conseguiste?”_  perguntou o pai, no meio do entusiasmo.

“Fui fazendo, passo a passo, e nunca desisti!” _ responde triunfante.

Fez-me lembrar muitas outras coisas que as crianças costumam fazer por prazer, sem nunca desistir, mesmo que não consigam à primeira, à segunda…

Fez-me inspirar fundo e, à semelhança de “Mais um dia belo!”, registar a frase em todas as células do meu corpo onde consegui registar: “Fui fazendo, passo a passo e nunca desisti”.

Beijinhos, belos passos para todos! Até para a semana, dia 10, Lua Nova!

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Caderno Verde

Equacionar problemas “reais”

“Mãe, um desenho animado demora 5 minutos. Quantos desenhos dão numa hora?”

E começa a raciocinar para se antecipar à resposta. Eu interrompo.

“Cinco minutos? Costumam demorar mais tempo!”

“Não, ora vê. Eu perguntei à mana: quantos minutos faltam para o meio dia? E ela respondeu-me: 10 minutos. E eu estava a começar a ver uns desenhos animados. Quando acabaram perguntei outra vez à mana: e agora? Quantos minutos faltam para o meio dia? E ela respondeu: 5 minutos. Então, os desenhos animados que eu estava a ver demoraram 5 minutos!”

“Ah, sim, pois… então…”

“Vá, então deixa cá ver quantos desenhos animados posso ver numa hora: 5+5+5+5… 20… quantas vezes tenho que somar 5 até 60?”

🙂

Ele tem aprendido mais sobre “as horas” com o ” jogo das aventuras 2″, onde apresentam um relógio de ponteiros e um relógio digital e estabelecem as “equivalências” entre os dois tipos de mostradores. E o conceito da multiplicação já o vem assimilando há tempos, chegando lá por ele próprio.

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