Olá, vivam!
Aqui há tempos, o Alexandre jogava Mine Craft e, depois de ter já construído a nossa casa baseando-se mesmo na planta da nossa casa
(o nosso comprido corredor)
(a nossa cozinha)
(a nossa “sala comum”)
(o quarto das brincadeiras… e havia mais_ eu é que não tirei mais fotos_ , estava a casa completa, mesmo de acordo com a planta da nossa casa, aqui é que não dá para ver…),
estava a construir uma cabaninha muito acolhedora e chamou-me para eu ir apreciar o quão bela estava. E disse-me “E isto assim com poucos materiais, que estou no modo sobrevivência.” “Modo sobrevivência?”_ perguntei incrédula (é o que faz perceber muito pouco detes jogos). “Sim, mãe, é um dos modos do jogo. Há bocado estive no modo criativo e também há o modo aventureiro.” “Ah! Gosto mais desses!!!”_ exclamei_ “Mas de facto, mesmo nesse modo sobrevivência, construiste uma cabaninha mesmo fixe!”
Ultimamente no facebook alguns dos meus amigos da rede têm escrito por lá que estão no modo Natal. Ora, pois, parece-me que nós, por cá, estamos nesses modos todos ao mesmo tempo: modo sobrevivência (se bem que eu não gosto muito deste modo, prefiro o modo vivências), modo criativo, modo aventureiro e modo Natal! E também acionamos o modo ativo e o modo passivo e o ativo de novo e aí vamos nós!
🙂
Bem, conjugando o modo Natal com o modo sobrevivência e o modo criativo, fomos fazendo as tradicionais decorações… isto porque este ano, a nossa bela árvore que nos tem acompanhado de há 11 anos para cá partiu-se no tronco, na zona de encaixe dos ramos. Esta árvore custou-nos 75 euros há 11 anos, é grandinha e não vinha nada a calhar ter de a substituir.
Então a mana Catarina, acionou o modo criativo e pôs-se a engendrar soluções para que os ramos encaixassem e não caíssem. Pensou numas braçadeiras metálicas (daquelas que se usam nas canalizações), que abraçassem o tronco na zona de encaixe dos ramos e colocaríamos os ramos que ficariam impedidos pela braçadeira de deslizar. Fomos comprá-las ao Leroy Merlin e experimentámos. Não funcionou. O que vale é que no Leroy aceitam devoluções caso o que compremos não sirva e uma das funcionárias, atenciosa, sugeriu-nos colocarmos silicone na zona dos encaixes para segurar os ramos, mas aquilo não nos estava a entusiasmar. Foi quando a Catarina pensou na cola quente, pois tem utilizado esse material em várias situações nos cenários das peças que representa (e também ajuda na cenografia) e sabia como se comportaria. Comprámos então uma pistola e uns tubinhos de cola quente… e funcionou!!!
Continuamos assim com a nossa querida árvore de há 11 anos e de 1,60 m de altura.
Também mantivémos as decorações para a árvore que eles (Catarina e Alexandre) fizeram, em feltro, o ano passado (ou há dois anos, já nem sei…) e as de cartolina de cores de há dois ou três anos atrás
e como novidade colocámos uns queques e uns sorvetes muito coloridos que comprei para este ano.
Ah! E ainda colocámos na árvore esta bolinha que recebi este ano de presente na festa do 5º aniversário do centro onde pratico yôga:
Nas portas e nas janelas colocámos as decorações do ano passado feitas com cartolinas brilhantes e “pedras preciosas”.
Recuperámos uma coroa também já muito antiga erntrelaçando uma grinalda de contas azuis brilhantes, também de há anos, para colocar na porta de entrada.
E pelo resto da casa colocámos umas bolas, mini-árvores de Natal e mais uns apontamentos natalícios, usando o que havia no baú dos enfeites.
(esta é tipo uma caixinha de música que nos ofereceram há uns anos)
As luzinhas para a árvore também se mantêm a funcionar de modo que, contas feitas, gastei 4 euros na pistola de cola quente e 1 euro nos tubinhos de cola quente extra e 13 euros nos queques e gelados e estes foram os gastos em decoração (que delego sempre nos meus dois assistentes, Alexandre e Catarina, pois eles gostam de se encarregar da decoração de Natal e eu nem tanto assim e tenho muitas outras coisas para fazer…)
😉
Do modo Natal também fazem sempre parte os filmes de Natal que o Alexandre tanto gosta de ver. Este ano tem incidido mais nestes:
À mistura com estes que também têm uma qualquer magia:
Os presentes entraram em modo reduzido, mas por pequenos que sejam dão sempre para uma sessão de escrita (o Alexandre a escrever que este é o seu presente para a mana Catarina):
Não fizémos nem comprámos calendário do advento, embora ele goste muito de colocar cruzinhas nos dias de Dezenbro à medida que vão passando. Isto porque não se proporcionou este ano e quando démos por ela já estávamos a 8 ou 9… Assim, de novo em modo criativo-sobrevivente, arrancámos a folha de Dezembro do calendário que eu tinha na entrada, colocámo-la na porta do roupeiro do quarto (onde tem sido hábito colocarmos os calendários de advento anteriores e o Alexandre vai colocando as cruzinhas nos dias e, um dia ou outro, arranjamos uma surpresa (uma delas foi um dos filmes de Natal, o Arthur Christmas, outra foi darem-me a mim um presente_ ele e a mana Catarina fizeram um jantar completo que eu tive como surpresa ao chegar a casa num dia que tive que vir umas horas mais tarde (frutos secos como aperitivo, creme de cenoura e pão de alho de entrada, batatinhas no forno e cebolada de tofú e arroz de tomate e seitan na frigideira e um bolo de iogurte de soja para sobremesa)… que delícia! Até estou a gostar muito deste calendário do advento super improvisado.
E agora, em modo aventureiro, aventuro-me a partilhar convosco um presente que tenho dado a mim própria de há uns anos para cá: sentir-me mesmo a modos que Feliz. Com crise, ou sem crise, com mais ou com menos, podendo viajar ou não podendo de todo (podemos sempre viajar dentro de nós e descobrir coisas que temos e não lhes damos uso porque não nos lembrámos que as tínhamos, como a capacidade de amar, por exemplo), com mais família, menos família, mais amigos, menos amigos, em épocas festivas ou de introspeção, um fluxo, um vai e vem com o qual nos podemos deixar embalar, sem contudo afetar quem de verdade somos. Não é pura poesia. Foi de facto uma pérola que tenho vindo a descobrir e a polir e este ano vi, percebi e senti todo o seu brilho.
Vou ver se explico melhor, pode ser que venha a ser também um presente para mais alguém: eu sempre me dei bem com as mudanças, nunca fui muito resistente a elas e ainda menos a mudar eu própria (as minhas perspetivas, as minhas atitudes, a transformar o que cá dentro se manifestava em conflito, tornar-me coerente comigo própria e as minhas ações coerentes com o que penso e sinto e sei); sempre me dei bem com as mudanças, dizia, e mudar não me traz insegurança; no entanto, não tenho achado muita piada quando me dizem e/ou leio que mudar é o que de mais certo temos, que a única constante da vida é a mudança e coisas que tais (tais como fluxo e refluxo, movimento pendular e uma interminável repetição entre polaridades), que já todos sabemos, mas que não condiz com o que sinto cá dentro em modo profundo. Assim, profundamente, sempre senti que há algo que não muda nunca e não conseguia ditinguir bem o que era.
Há uns dois anos atrás, li um trecho no livro de David Icke, “Raça Humana, Ergue-te”, que me fez muito sentido (bem, talvez já tenham lido noutros textos do meu blog como leio sobre física quântica e que vários autores e cientistas falam sobre a realidade não ser o que vemos e captamos através dos nossos cinco sentidos e alguns chegam mesmo a identificar o que chamamos de mundo sólido e tridimensional com uma “realidade holográfica”, algo virtual_ anos atrás ainda, já ouvira isto mesmo nos workshops do Robiyn e com uma demonstração detalhada de como funciona um holograma e a holografia; David Icke também corrobora do mesmo em alguns dos seus livros, daí que não estranhem este trecho):
“(…) aquilo a que chamamos Universo, é uma ilusão holográfica, semelhante a quando olhamos para uma projeção de um céu noturno, no planetário. A única diferença é que no Universo as projeções parecem ser tridimensionais, por serem em holograma. (…) o Amor Infinito é a única Verdade, tudo o resto é uma ilusão_ tudo. (…) o Amor, no seu verdadeiro sentido, não é aquilo de que gostas, é aquilo que és. (…) o Amor é o equilíbrio de tudo. A Unicidade Infinita é a única Verdade, tudo o resto é ilusão. (…) Se vibra, é uma ilusão. O Infinito não vibra; é a harmonia e a Unicidade de tudo. Apenas a ilusão vibra – aquilo que é criado pela imaginação e pela ilusão da mente. Já mencionei antes que, quando experimentei o estado de Unicidade Infinita, não havia vibração, apenas calma e um movimento ondulatório em câmara lenta. (…) “
Pois, eu já tinha pecebido isto , mas não interiorizado bem, vivendo-o, “sabendo-o com o coração”, como gosto de dizer. Foi ao juntar várias coisas, várias vivências em que tive como que “insights” e em que entrei em estados onde também percecionei esta calma e tranquilidade eternas e ao mesmo tempo de grande jovialidade e alegria, que de repente se deu o clique:
Um dos primeiros “insights” assim fascinantes para mim, foi no decorrer de um exercício proposto pelo Robiyn num dos seus workshops, durante o qual de repente percebi que costumamos repetir (e às vezes mecanicamente) que somos uma parte do Todo, e que nem isso me fazia bem sentido; assim, realizei na altura que eu e qualquer um de nós não somos uma pequena parte do Todo, uma gota minúscula no oceano e sim, o próprio Todo, Uno e Indivisível que apenas se vai focando em cada aspeto que nós inadvertidamente chamamos “parte” (mais tarde ao ler este livro do Icke que referi vi que isto está muito bem explicado no capítulo a que pertence o trecho acima e no capítulo seguinte, para além de outros detalhes muito elucidativos de como é que isto tudo funciona então e a questão da não existência do “tempo” e muitas outras).
Depois houve um outro “insight especial” numa bela madrugada em que sonhei ser um pequenito índio às cavalitas do seu “grande” pai e que assim o acompanhava para todo lado (um pai extremoso que assim lhe mostrava tudo o que havia para aprender); senti uma felicidade tamanha, uma segurança inabalável, uma vida natural, cheia e rejubilante dentro de mim e acordei nesse estado e percebi que tudo isso era eterno e transportável para qualquer momento no tempo e lugar do espaço, portanto, para qualquer Agora. Aquele pai extremoso vivia agora, na minha vida agora e eu era uma filha completa e feliz (não que o meu pai não tivesse sido um bom pai, mas aquele do sonho transcende todas as expetativas, asseguro-vos).
E agora mais recentemente, um outro em que, ao reviver mentalmente vários momentos em que pego crianças ao colo e elas se acalmam de imediato (o que me tem acontecido frequentemente ao longo da vida, algumas crianças inquietas ou com alguma dor chegam mesmo a “adormecer instantaneamente”), percebi, senti, descobri, soube, sei lá, que posso fazer o mesmo a mim própria, se precisar, posso pegar em mim ao colo e usar esse talento inato que acalma bebés e crianças em mim própria, assim, natural e espontaneamente, sem chegar a pensar nisso sequer.
Bom, o que é isto tem a ver com aquele quê imutável em cada um e em todos, no Todo? Tem Tudo a ver. E também o sentimento que aquilo que verdadeiramente sou o era aos 17 anos e exatamente da mesma forma agora aos 47. Sempre senti isso, ao “longo dos anos”.
E aqui há um mês ou dois (ou três, já não sei bem… como eu sou em relação tempo…) li também este trecho, agora num livro do Deepak Chopra, “A receita da Felicidade” (eu não sou de receitas, mas está bem, quer dizer, mesmo as culinárias adapto-as a meu bel paladar; percebo que o título tem qualquer coisa de marketing…)_ ainda assim o livro é bastante bom e este trecho enquadra-se no capítulo “concentre-se no Presente”, um dos sete passos a seguir, da “receita”:
“O mundo exterior surge em cada novo agora e nunca assume o mesmo aspecto da sua encarnação anterior. A mudança constante é a sua lei; a transformação perpétua possibilita todos os processos, incluindo o processo da vida. Isto significa que o seu verdadeiro eu pode definir-se como um ponto imóvel rodeado pelo fluxo de transformação. Se se deixar absorver por este ponto imóvel, permanecerá imutável no meio da mudança.” (…) “Estar presente e experimentar a presença são o mesmo e nenhum deles requer qualquer esforço. Não pode trabalhar para estar presente, apenas está. Se praticar a atenção plena, esta qualidade de presença alegre começará a acompanhá-lo em todos os momentos. Se der por si distraído, o simples facto de notar que está distraído é suficiente para o trazer de regresso ao presente. O tipo de atenção que aqui refiro não tem nada a ver com o vazio ou com um estado de vigilância. Não exige concentração nem intensidade. É o estado mais relaxado e natural possível, porque não existe nada de mais relaxado que o seu verdadeiro Eu. Centre-se nele ao observar cada atividade que o distrai e ao deixá-la fluir. “Tão depressa vem como vai (Easy come, easy go)” é uma expressão que possui, na realidade, um significado espiritual. O que vai e vem não é o seu verdadeiro Eu. O seu verdadeiro Eu é a beatitude que existe para lá do tempo.”
E logo depois uns conselhos ” Não sou o bulício incessante da minha mente. Não sou a história que a minha mente me narra repetidamente. Não sou as minhas memórias nem os meus sonhos para o futuro. Sou o ponto imóvel que pertence ao agora e à eternidade. (…) Separarei o momento presente da situação presente. Todas as situações surgem e passam. As circunstâncias mudam, mas eu permaneço.” (os passos da”receita” não são todos assim mais etéreos, digamos, há outros muito mais práticos, como por exemplo um que pus logo em prática numa situação pela qual passava quando estava a ler o livro e que me fez muito sentido e deu um resultadão: “Desista de ter sempre razão _ Desistir da necessidade de ter razão não significa que deixe de ter um ponto de vista, mas sim que desiste da necessidade de o defender a todo o custo.”).
Ora que isto conjugado com o texto do Icke (ou melhor, com o que está escrito em todo o capítulo ao qual pertence o pequeno trecho que transcrevi e no capítulo seguinte e que explicam bem como funciona aquilo que normalmente achamos ser a nossa realidade) e conjugado também com o que produziram em mim aqueles três insights que descrevi acima, fez-me novo clique e ativou o modo felicidade…
😀
E assim, a modos que Feliz, beijinhos para todos e um Feliz Natal, o que quer que isso signifique para vós.
Isabel