Archive for Perguntas e Respostas

Idades… na História!

Caderno verde

Idades… na História!

 

“Mãe: quero saber as idades da História. O que se seguiu à Idade da Pedra e todas as outras.”

Então lá fomos nós estudar o assunto. O rapaz gosta de saber a ordem e a classificação que vamos dando aos acontecimentos e às coisas.

Pré-História: desde que o Homem “apareceu” à face da Terra até cerca de 4000 anos antes de Cristo (aparecimento da escrita). E dentro da Pré-História: o Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada (que o pequeno já conhecia, ele só queria mesmo era saber a sequência, porque já tem informação acerca das características de vários dos períodos históricos); o Neolítico ou Idade da Pedra Polida; a Idade dos Metais (Idade do Bronze e Idade do Ferro).

História: Idade Antiga (desde 4000 a.C. até 476 d.C. _ queda do Império Romano do Ocidente); Idade Média (desde 476 d. C. até 1453 _ queda do Império Romano do Oriente); Idade Moderna (de 1453 a 1789 _ Revolução Francesa); Idade Contemporânea (de 1789 até aos nossos dias).

 

Uma das razões de tal interesse na sequência é porque queria perceber a lógica dos nomes que démos a tais Idades e como se sucedia uma a outra. Um dos incentivos são alguns jogos que tem sobre Civilizações, mas também o interesse que sempre teve em como os países se foram organizando geograficamente e alterando fronteiras e antes deles, os Impérios (o seu interesse por mapas).

 

Uns dias depois, esteve ele a contar-me como trajavam os romanos.

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Conversas II

Caderno Verde

Conversas II

Conversa 1

Entre o Alexandre e a sua mana Celina.

Como a conversa não foi entre mim e ele e não a ouvi totalmente, apenas umas partes, não posso ralatá-la em forma de diálogo como o fiz em Conversas I há uns dias atrás.

A Celina contava ao Alexandre que tinha estado numa aula de robótica onde havia “Legos”!!! Construíam algo em peças de Lego (como uma escavadora, por exemplo) e transformavam-na num pequeno Robot, introduzindo um programa que faria a escavadora andar, parar se encontrasse um obstáculo, levantar o braço, etc., etc.

O Alexandre (que sempre gostou de construções com peças da Lego) ouviu tudo com muito interesse e ia perguntando sobre os vários pormenores narrados pela irmã.

A dada altura, ouviu-o perguntar: “Mas ainda não percebi como é que fazem esses módulos de programação. Os que fazem andar, parar, levantar o braço…”

E ouvi a Celina responder: “Então, é muito fácil, é assim…” _ e pegou num papel e caneta e esteve a explicar ao Alexandre os blocos simples de programação.

(Nota: só consegui uma foto depois, já o papel tinha apanhado um banhinho de água _ e como tal aparece em fundo aquoso o desenho que estava no verso da folha)

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Não sei se ele percebeu tudo ou não, mas sei que pelo menos alguma coisa percebeu.

E que depois desta sessão, vimos por acaso um documentário do Discovery ou do Discovery Science sobre a invenção dos legos, os primeiros legos e um pouco da sua história até aos dias de hoje.

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E que dias depois o Alexandre voltou às suas grandes construções, que já sofriam de um interregno de alguns meses.

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E que entretanto ainda, também nos deparámos com um documentário no Discovery sobre robots em Lego e vimos e ele não me deixou apagá-lo depois, pois quer que a irmã o veja, impreterivelmente.

Conversa 2

Entre o Alexandre e o pai.

Outra que também não apanhei toda e que por isso narrarei como puder…

😉

O pai trazia um computador de um cliente para diagnosticar o problema e solucioná-lo. Não sei a que propósito começou a conversa, pois isto é frequente e o Alexandre já tinha observado várias vezes o pai a “abrir computadores”. Sei que de repente, interessado no seu funcionamento, lhe começou a perguntar tudo e mais alguma coisa e pedia ao pai que lhe dissesse como funcionava tudo e o nome das peças e para que servem as ventoinhas e às tantas ouvi o Pedro perguntar-lhe, “Então, diz lá, onde está a memória RAM? E o disco rígido? E a motherboard?” E o Alexandre apontava e fazia mais perguntas (perguntas e respostas que eu já não entendi).

🙂

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12 de Julho de 2013: Uma Década

Parabéns, filhinho!

Quando o seu muito amigo Bernardo lhe telefonou no dia 12 (pois nesse dia ele não podia estar connosco) a dar-lhe os parabéns e lhe perguntou “Quantos anos fazes, mesmo?”, o Alexandre respondeu-lhe, alegremente: “UMA DÉCADA!”

Desde há anos que o aniversário do Alexandre tem sido uma festa maior que as dos casamentos das etnias ciganas, dizemos nós, pois seguramente duram mais de três dias. Começam a chegar os primos e os tios que ficam uns dias antes do dia 12, o dia 12 e, eventualmente mais os dias que medeiam até ao Domingo seguinte que é quando temos feito a festa de aniversário para os amigos. Então, para ele, o seu aniversário dura muitos dias. No dia 12 tenho metido sempre o dia de férias e fazemos um programa comemorativo do seu aniversário.

Bem, como uma década é uma década, aqui fica um pequeno resumo do que ficou por aqui registado e no blog Pés Na Relva quanto às festividades nos vários anos, desde a abertura dos blogs (até então, não tenho registos escritos).

Em 2009: Count Down Aniversário e Actividades e passeios com primos e amigos.

Em 2010: Mais Um Dia Belo e Festa.

Em 2011: Feliz Aniversário, filhote!, Novos Encontros e A Festa, como prometido!.

Em 2012: Socialização e Variações sobre um tema _ Cidades.

Este ano, embora também com comemorações de uma semana, o programa foi um tanto diferente, pois não passámos o dia do seu aniversário no distrito onde residimos (embora a festa depois, sim, tenha sido em nossa casa), como vamos ver agora, no Caderno Verde.

Beijinhos e belos aniversários para todos!

Isabel

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Caderno Verde

Comemorações de uma Década de Vida

Este ano decidimos passar o aniversário do Alexandre “fora”, aproveitando uma semana de férias em Monte Gordo (Algarve).

Antes da viagem, o Alexandre e a mana Celina fizeram um sugeneris Tabuleiro de Xadrez com uma base em material de maquete e as peças em fimo representando edifícios vários (há, portanto, o edifício-rei, o edifício-rainha, os edifícios-bispos, os edifícios-torres, os edifícios-cavalos e os edifícios peões).

DSC08666Só acabaram o trabalho lá pelas duas da manhã já no dia que iríamos embora, pelo que as primeiras fotos que tirei ficaram bem escurinhas (já vos disse que o meu telemóvel não tem flash…)

DSC08667Em vez de preto e branco as cores deste Xadrez são o verde e o vermelho.

DSC08668Há por aqui uns edifícios que entortaram no forno, quais torres de Pisa.

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DSC08670Já em Monte Gordo, uma vista mais clara do tabuleiro (as peças foram dentro da caixa, para não se partirem no caminho).

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DSC08672Eu e o pai fomos de carro e a Celina e o Alexandre de comboio, juntando o útil ao agradável, pois para além do Alexandre adorar andar de comboio, enjoa no carro. Enviaram-me fotos por mms para o telemóvel durante a sua viagem: Intercidades Lisboa-Faro e Regional Faro-Monte Gordo (totalizando 4h e picos de viagem!)._ não consegui passá-las para aqui…

DSC08673Para além da praia (que estava ótima até às 9h da noite) e dos passeios noturnos (por volta da meia-noite, com muita gente na rua, comendo gelados e fazendo compras) há sempre atividades que se mantêm, estejamos em casa ou fora de casa, tais como esta: ver os seus documentários preferidos (neste primeiro dia foi o documentário da construção do aeroporto de Hong-Kong, gravado do programa “Mega.Construções” do “Discovery Channel”).

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DSC08681Ainda durante a viagem, a mana Celina e o Alexandre foram escrevendo no “Livro das Aventuras” a sua 14ª aventura conjunta destes últimos tempos (a própria viagem de Lisboa a Monte-Gordo).

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DSC08684O “Livro das Aventuras” (que já vai no 3º caderno):

DSC08685Outra das atividades que se mantém estejamos onde estivermos: o desenho de mapas. Desta feita, o de Nova Iorque (de notar que tivémos a notícia há uns dias atrás que temos apartamento garantido_ emprestado_ em Manhatan para o próximo ano, só temos portanto que arranjar dinheiro para as viagens, então o Alexandre já começou a programar a sua estadia de uma semana em Nova Iorque e quando passeávamos à noite em Monte Gordo, disse “Já me estou a imaginar nas ruas de Nova Iorque cheias de vida à noite!”. Vai também ser uma estreia para ele a viagem de avião).

😉

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DSC08691O afamado castelo que tem sempre uma ou outra variação (na decoração, sobretudo e nas infraestruturas envolventes)

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DSC08703O aspecto da praia às 9h da noite…

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DSC08711Os meus “romanos”

😀

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DSC08715Pai e filho a jogarem com as raquetes de praia, num outro dia.

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DSC08718Durante dois dias estivémos o Alexandre, a mana Celina, o pai e eu; depois na Segunda “acresecentou-se-nos” a mana Catarina que tinha ficado em Lisboa durante o fim-de-semana, em trabalho (fomos buscá-la a Albufeira de modo que fomos dar um passeio por lá, aproveitámos e passámos por Vila Moura para que a tia e o primo se juntassem a nós (o primo esteve lá a participar num torneio de ténis) e aproveitámos ainda para nos encontrarmos com mais três amigos que estavam por Albufeira e irmos jantar com eles).

Os primos

🙂

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E os primos com os efeitos da mana Catarina:

😀

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Ainda fomos dar um passeio até Tavira (dois dias depois) para nos encontrarmos com mais amigos e jantarmos também juntos. Aí fomos muitos e vários de nós com crianças (totalizavam 7 crianças a contar com o Alexandre). Comemos, falámos, brincámos, jogámos…

Outra atividade das que já são habituais qualquer o local em que estejamos: Consulta de mapas! Para além dos do iPad, levámos para cima os mapas que temos no carro (um de Portugal e outro da Península Ibérica)…

O Alexandre vai conferindo cidades, os seus tamanhos, acessos, vias ferroviárias e coissas que tais.

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DSC08725Também já em Monte Gordo comprámos um baralho do UNO para jogarmos em família:

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DSC08729E uma outra aquisição, esta que oferecemos ao Alexandre no próprio dia 12, UM MAPA DAS ESTRADAS DA EUROPA! Ele adorou, ficou tempos à volta do mapa e nem queria que o retirássemos da mesa quando queríamos almoçar ou jantar…

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DSC08731Também explorámos o presente oferecido pela tia e pelo primo, um KIT SOBRE ENERGIA SOLAR para realizarmos “Experiências Solares”…

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DSC08736O próprio dia 12 foi, portanto, muito bem passado e “à sua maneira”, tendo começado logo no 1º minuto do dia, às 00h e 01 min, cantando os parabéns e soprando duas velas com o nº 10 sobre uma bela broa de mel (de cerca de 15 cm de diâmetro) rodeada por muitas gomas coloridas, das únicas que gosta e come (umas de ursinhos compradas no Celeiro e meio transparentes, que ele não gosta de umas outras parecidas mais baças), falando ao telefone com o seu maior amigo, o Bernardo (foi quando lhe respondeu que fazia UMA DÉCADA), mandando fotos ao Bernardo (via telemóvel) do bolo sugeneris que adorou, fazendo bolas de sabão na varanda,  jogando mais um joguinho de Uno e vendo um último documentário sobre a construção do túnel sob os Alpes uma última vez antes de ir para a caminha; e continuando, depois de acordar, com a exploração do mapa das estradas da Europa, do Kit sobre Energia Solar, um pouco de praia, mais um passeio pela vila e terminando com um jantar com a sua comida preferida (indiana), jogar à bola no átrio público, comer gelados (uns belos (e bons!) gelados italianos com sorvetes de fruta que não têm lacticínios na composição que o Alexandre podia comer à vontade…) e voltar para casa para ver um filme antes de voltar a dormir.

No dia seguinte voltávamos para Sintra e desta vez, veio com o pai de comboio e trouxe eu o carro e as manas (e o nosso gatinho Kiko que fora connosco).

Quando os levei ao apeadeiro de Monte Gordo para apanharem o regional para Faro, ainda deu para mais umas “pesquisas”: ver as salinas do outro lado da linha (as “Salinas De Castro Marim”),

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DSC08739ver uma vaquinha e um cavalo a pastar,

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DSC08741observar com detalhe todo o apeadeiro e a linha ferroviária,

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DSC08745e pormenores da linha, pois à pergunta “Porque é que há ali um buraco debaixo da linha?”, eu e o pai estivémos a explicar e a mostrar-lhe que se tratava de um atravessamento para as águas das chuvas escoarem do terreno onde estavam os animais a pastar para o outro lado da linha, até à zona dos campos com água…

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DSC08753Estivémos ainda a escutar os “seus futuros colegas de viagem” que falavam em francês, pois o Alexandre, embora ainda não tenha “estudado” francês já reconhece a língua e disse logo “Eles estão a falar francês.” Quando lhe perguntei, aqui há tempos, por causa de uma situação idêntica, como é que ele reconhecia que se tratava da língua francesa ele tinha-me respondido “Então (!) pelo som, pela pronúnicia, é igual à da M. quando ela fala francês”.

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O regional a aproximar-se:

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DSC08757E “Até logo, meus pequenos, boa viagem!”

😉

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No próximo Caderno Verde colocarei as fotos do bolo de aniversário da festa para os amigos deste ano e mais umas atividades resultantes dos novos presentes de aniversário que lhe ofereceram nesse dia.

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Conversa sobre o Vegetarianismo e NutriVentures

“Mãe, porque te tornaste vegetariana?” _ foi esta a pergunta que desencadeou nova conversa sobre o vegetarianismo.

Já houveram outras, a anterior tinha sido desde quando era eu vegetariana e o pai e a mana Catarina e o Bato, isto passado tempo desde saber que nem sempre o fôramos e mais tempo ainda desde perceber que, em Portugal, a maioria das pessoas o não é e mais tempo ainda (pequenininho) em que não se apercebia de tais diferenças.

E isto porque apenas me vou cingindo a responder ao que ele realmente pergunta (isto é, quando me perguntou “desde quando” respondi-lhe “desde…” e não “e também porque…”) pois, como por aqui já referi algumas vezes, o Alexandre não gosta que lhe debite “Informação a mais” ou aquela que ele não solicita quando solicita algo específico (acontece também com outras famílias).

Também por aqui coloquei um post sobre termos explorado a Pirâmide Vegetariana dos Alimentos a propósito do seu interesse pelas Rodas dos Alimentos.

Então a minha resposta a esta sua pergunta, que teve uma segunda parte, “Foi por causa do Robiyn, não foi?” (isto porque ele sabe que o Robiyn dá workshops que eu já frequentei e a mana Catarina e o Bato frequentam, e é vegetariano, bem como a sua família (às vezes os filhos do Robiyn vêm brincar com o Alexandre) e também porque o seu grande amigo Bato às vezes toca no assunto), foi a seguinte:

“Não foi propriamente por causa do Robiyn, foi através do Robiyn (isto em 1998, quando não havia muita informação em Portugal sobre o tema) que tive acesso a muita informação sobre o vegetarianismo, mas o Robiyn não diz para as pessoas se tornarem vegetarianas ou que deveriam fazê-lo. Foi por causa dos animais, sim, porque à mãe sempre lhe fez impressão saber como as pessoas matavam os animais para depois os comermos e nunca fui capaz de assistir (quanto mais praticar) à matança do porco em casa dos avós das manas, ou das galinhas, ou dos patos ou dos coelhos, pois eles são agricultores e criam alguns poucos animais para comerem, embora eles tentassem ensinar-me como se fazia, mas eu não era capaz, desmairia logo _ a mãe já desmaia só de ver alguém a levar uma injecção! Até cozinhar a carne que eles punham na cozinha logo após, me fazia impressão e colocava-a às escondidas no frigorífico (porque senão eles chamavam-me lingrinhas e fracota) até a carne arrefecer e  já não me fazer tanta impressão. Então quando tive acesso a toda essa informação e percebi que não era preciso comermos carne de animais para vivermos (e vivermos saudáveis) e percebi ainda, que não era coerente não ser capaz de matar os bichinhos nem de os ver matar e delegar em outros essa responsabilidade, que é o que fazemos quando não matamos com as nossas mãos os animais, mas os comemos mortos por outros, resolvi tornar-me vegetariana.”

“E então a mana Catarina?” _ ele sabe que a mana Celina não é vegetariana.

Bem, é melhor perguntares-lhe a ela quais foram as suas razões, se quiseres uma resposta mais fiável. As manas obviamente não tinham que se tornar vegetarianas, só porque a mãe resolveu ser vegetariana. Quando eu deixei de comer carne e peixe a mana Catarina tinha 13 anos e a mana Celina tinha 8, um pouco mais novinha que tu, agora. Eu expliquei-lhes o que te expliquei a ti agora e disse-lhes que ia continuar a fazer e a dar-lhes a comida que elas estavam habituadas e gostavam, mas que ia cozinhar outras coisas diferentes para mim, que não utilizassem carne nem peixe. Elas começaram a provar dos pratos vegetarianos que eu comecei a cozinhar e gostavam muito de alguns; a mana Celina gostava muito de tofu à Brás (e não gostava nada de um outro prato parecido que se faz com bacalhau em vez de tofú _ bacalhau é um peixe…”

“Eu sei o que é que é bacalhau!”_ interrompeu.

“Pois, a mana Celina não gosta de bacalhau. Também gostavam de “bifinhos de seitan” com “natas” de soja e de mais uns quantos pratos vegetarianos. Mas enquanto a mana Celina decidiu depois, uns anitos mais tarde, comer só comida vegetariana em casa e fora de casa continuar a comer as outras comidas que as pessoas cozinhavam (em casa dos seus avós, do seu pai, dos seus amigos, etc.), a mana Catarina decidiu tornar-se mesmo vegetariana. Eu um dia contei-lhe que quando ela era bebé não gostava de comer carne nem peixe, que cuspia tudo, só gostava de sopinhas, de fruta, de leitinho, e de algumas papas e que, como eu não sabia na altura que os bebés podiam crescer saudavelmente sem comer carne ou peixe, “obrigava-a” a comer a carne e o peixe, disfarçando tudo muito bem e mesmo assim ela cuspia tudo na maior parte das vezes. Não sei se o ter-lhe contado esta história da sua infância contribuíu para a sua decisão de se tornar vegetariana, tens que lhe perguntar. E também tens que perguntar diretamente à mana Celina se quiseres saber as razões da sua decisão em relação a este assunto.”

“Bem, dá-me mas é aí as minhas batatinhas cozidas com seitan, que já estou cheio de fome…”

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E assim terminou, desta vez, a nossa “conversa vegetariana”.

😀

Notas adicionais:

– Há aqui no blog um link para uma entrevista que dei ao Centro Vegetariano sobre a minha gravidez vegetariana e o meu pequeno ter sido sempre vegetariano desde a gestação.

– Há pessoas que me perguntam se eu nunca dei oportunidade de escolha ao meu filho (de ser ou não vegetariano). Dentro da minha barriga, não, eu era vegetariana e ele alimentava-se através de mim, logicamente. Até aos 6 meses alimentou-se exclusivamente de leite materno (também por decisão minha e não dele, se bem que ele gostava muito de mamar e a amamentação ao peito prolongou-se por vários anos, até ele querer e pedir). Aos 7 meses, primeiro introduzi-lhe só a fruta, depois as sopas de legumes e cereais e ao dar-lhe a primeira colher de papa Cérelac ele vomitou e eu não voltei a insistir (comprei-lhe das outras, nas lojas Celeiro, sem leite adicionado, mas comeu-as a irmã mais velha, que adora papas, ele não gosta da consistência das papas, assim que começou a comer a fruta esmagada e as sopas, já só queria comida com pedacinhos_ também nunca quiz puré de batata nem açordas, por exemplo. Entretanto o pediatra pediu uns testes de alergia, porque ele vomitava tudo quanto tivesse leite de vaca (ao primeiro pedacinho) e verificou-se a sua sensibilidade extrema à caseína e outros alergéneos do leite de vaca e não come laticínios (e eu, entre comê-los e deixar de amamentar o meu filho ou continuar a mamentá-lo optei com a maior das facilidades por deixar de comê-los, sou, portanto, ovo-vegetariana). Entretanto, mais crescidinho, o Alexandre teve já muitas oportunidades de provar, pedir, pratos de carne e peixe, mas nunca quiz provar e faz-lhe um bocadinho de confusão/impressão ver e cheirar a carne e o peixe, sejam crús ou cozinhados, sobretudo cheirar, revolta-lhe um pouco o estômago. Portanto, sim, ele tem, desde há uns anos, oportunidades de escolha. E as minhas filhas só não tiveram as mesmas oportunidades de escolha mais novas ainda, por falta de informação minha, tal como também não puderam optar por não ir à escola e praticarem uma “aprendizagem natural”, por falta de informação minha, na altura (essa também já foi uma das perguntas do Alexandre “Mãe, porque é que tu obrigaste as manas a ir à escola e não foste tão boa para elas como para comigo?”).

Uns belos dias e belas refeições para todos!

Isabel

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Caderno Verde

Nutriventures

“Nutriventures: em busca dos 7 reinos” é uma nova série, portuguesa, que tem passado no Canal Panda e à qual o Alexandre acha muita piada. Tem a ver com a nutrição e a roda dos alimentos, mas também com reinos e aventuras.

Depois de ver vários episódios, soube que saíam em dvd e pediu-me para lhe comprar alguns (comprei-lhe os que já havia no mercado) e assim revê vários episódios sempre que quer.

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Entretanto descobri que havia um jogo on-line no site Nutriventures, inscrevi-o e começou a jogá-lo. Dentro do jogo há atividades várias, como comprar sementes, semeá-las no jardim e depois colher os seus frutos e ir gerindo moedas e pontos na compra e venda de vários itens ou para poder jogar o jogo propriamente dito. Também tem acesso aos episódios da série on-line.

A partir daí, começou também a construir reinos “Nutriventures” no Minecraft:

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E outra coisa que eu achei interessante foi quando me apercebi, numa conversa que ela ia a ter com a Catarina e com o Bernardo (Bato), no carro, tendo o Bernardo dito que não sabia bem quantos setores tinha a roda dos alimentos, que o Alexandre sabia-os de uma ponta à outra e respondeu-lhe logo: ” 7. A bem dizer, 8, contando com a água que está no centro e que se deve beber em muita quantidade. E deslindou todas as “fatias” da roda, a correlação entre elas e logo apôs as diferenças entre a roda usualmente explicada e a unicamente vegetariana.

Também me disse uma vez que a roda dos alimentos era um gráfico.

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Passeio de 4 dias a Viana – Dias 3 e 4, exercício físico, Natureza, pão caseiro, mais perguntas, centro de Viana, conversa, a viagem de volta e a reportagem

Caderno Verde

Passeio de 4 dias a Viana – Dias 3 e 4, exercício físico, Natureza, pão caseiro, mais perguntas, centro de Viana, conversa, a viagem de volta e a reportagem

Continuando (e concluindo), o que comecei a reportar neste primeiro post, segundo, terceiro e quarto, os dias 3 e 4 também foram recheados de belas experiências.

Jogarmos à bola (eu também! Menos quando estava a fotografar…),

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DSC08002explorarmos os arredores e darmos um passeio até ao rio,

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“explorarmos” mais um livro da nossa amiga com receitas de pão caseiro e a História do Pão!!!

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E jogar mais xadrez e ir ao centro da aldeia fazer compras e conversarmos e…

😀

… e a fazermos perguntas à nossa amiga que nos tinham ocorrido enquanto não estávamos com ela, tais como:

“Porque é que Viana do Castelo se chama “do Castelo” se na cidade não há nenhum castelo? Ou há e nós não o vimos?”

A J. explicou-nos que não há propriamente um castelo e sim um forte, ao qual as pessoas chamavam de castelo. E que antigamente se chamava simplesmente “Viana” nome atribuído pelo rei que nos seus passeios e caçadas até à zona passava pela povoação que lhe fazia lembrar Viena de Aústria da qual tanto gostava e então resolveu batizá-la de “Viena” que deu, mais tarde, em “Viana”. Existe outra versão que diz que terá sido a “Vila de Figueiredo” a origem de um núcleo de povoações, na qual estava incluída a paróquia medieval de “Santa Maria de Vínea”, também chamada de “Vinha”, futura vila de Viana e que terá dado origem ao seu topónimo. E só com a rainha Dª Maria , na altura concedendo o título de cidade à povoação é que foi rebatizada como “Viana do Castelo”. Também existe uma lenda que atribui outra procedência ao nome (mas é só uma lenda, dizia-nos a J.).

Depois no dia seguinte, dia de voltar para casa! Mas antes démos mais uma voltinha por Viana de Castelo, pois ainda não tínhamos andado por algumas ruas do centro da cidade…

DSC08015Era dia de algumas ruas estarem enfeitadas com flores de papel (volta e meia acontece, disse-nos a N.)

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DSC08017Ficam bem engraçadas e coloridas as ruas assim…

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DSC08020Estávamos a chegar à praça principal.

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DSC08027O Alexandre disse algo engraçado sobre esta fonte estar seca (deu-lhe um nome, mas já não nos lembramos qual              😉          )

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DSC08033E depois de apreciarmos toda esta arquitetura, a irmã N. da J., deixou-nos depois novamente na estação de Viana do Castelo. Enquanto esperávamos pelo nosso Interregional (ver o primeiro post deste passeio) o Alexandre entreteve-se a conversar com uma senhora da região, já com alguma idade e muito simpática. Contou-lhe tudo! De onde viémos, quando viémos, quantos dias tínhamos passado em Viana, qual a aldeia onde vivem as nossas amigas, o que tínhamos comido (e daí passou a contar como adora comer azeitonas), os comboios que apanhámos e os pormenores da viagem para cá, algo sobre a cidade do Porto, onde já foi também algumas vezes, as irmãs que tem, tuuuuudo sobre o seu cunhado e maior amigo Bato, enfim! A senhora estava estarrecida com o seu parlapier. Também lhe explicou onde ela devia adquirir os bilhetes (como se a senhora não soubesse) e que em Lisboa podíamos comprar os bilhetes numas máquinas. Ah! Claro! E falou-lhe da estação do Oriente, mas que também tinha gostado muito da de Viana do Castelo. E já não me lembro de mais, porque o rapaz não se cansou de falar com a senhora e de lhe dizer que ela era muito simpática, até apanharmos o comboio.

Já por várias vezes (daquelas em que passamos mais tempo em casa, porque o tempo convida ao recolhimento e não apetece a ninguém sair) que algumas pessoas pensam (e algumas dessas o dizem), que assim o Alexandre (não saindo todos os dias para ir até à escola, nem contactando todos os dias com várias crianças), fica tímido (nota-se!!!), introvertido (também não creio que o seja!) ou, pelo menos, muito caseiro (nem esta, pois quando lhe interessa é o primeiro a preparar tudo para sairmos e aproveita as viagens com o entusiasmo que se vê). É um sistema diferente, este do unschooling, é um sistema assistemático e personalizado. Quem costuma seguir este blog já se inteirou de muitas saídas, visitas, passeios, para além de todas as outras atividades entre paredes. E como já contei algumas vezes houve vizinhos que saíram connosco e ficaram deliciados com um simples passeio de comboio e/ou de ferry cuja experiência nunca tinham tido até à altura, apesar de “saírem” todos os dias de casa até à escola. E quanto a essa do introvertido, voltamos aqui um dia a falar sobre essa balança em que tendemos a valorizar o prato dos extrovertidos, se calhar sem fundamento.

Bem, a viagem de Interregional Viana do Castelo-Porto e desta vez, na volta, no Intercidades Porto-Lisboa, decorreu maravilhosa. Tínhamos levado este livro para ler na viagem,

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mas não deu, desta vez  (vamos ver a seguir, num próximo post, que depois em casa o Alexandre quiz lê-lo só então…) e quando estávamos a chegar eu perguntei qualquer coisa ao Alexandre e ele deu-me esta resposta “Mãe, agora não posso, não me interrompas que estou aqui a arrumar o meu cérebro para poder contar todos os pormenores da viagem ao Bato amanhã quando ele estiver comigo!”

Pois que teve sorte o rapaz, que estavam lá os três em nossa casa à nossa espera (as duas manas e o Bato) e assim que chegámos ele relatou-lhes toda a viagem e tudo o que fizémos em Viana do Castelo, todos os pormenores que já vinham arrumadinhos no seu cérebro (a irmã do meio até filmou! Ficámos com o vídeo junto com aquelas gravações do Canal do Alexandre).

😀

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Passeio de 4 dias a Viana – Dia 2, Xadrez, História de Portugal, Conversas, Tecnologia, Jantar fora, Perguntas e Hoobipistas

Passeio de 4 dias a Viana – dia 2, Xadrez, História de Portugal, Conversas, Tecnologia, Jantar fora, Perguntas e Hoobipistas

Dia 2, Sábado (podem ler sobre os três apontamentos do dia 1: o primeiro, o segundo e o terceiro).

Estávamos um pouco cansadinhos e resolvemos ficar por casa a explorar a casa e Neiva.

A nossa amiga tinha um jogo de xadrez muito giro com peças chinesas que ela trouxe de uma viagem sua que fez as delícias do Alexandre. Vou colocar daqui uns dias dois posts sobre os jogos de mão e tabuleiro que incluirão o xadrez e falaremos melhor sobre isto. Para já vou frisar a parte das peças diferentes. É que nós costumamos usar este nosso tabuleiro antiguinho, que o Alexandre sempre viu lá em casa,

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DSC07694(aliás, como podem ver aqui, nos primeiros contactos com o jogo, ele alterou logo as peças, adaptando os seus bonecos de peças Lego a peões, bispos, cavalos, etc.):

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e ultimamente também jogamos xadrez no iPad,

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mas depois do Alexandre se ter impressionado com este da nossa amiga,

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ter jogado uns jogos com o pai, outros comigo

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e até sozinho, dando-lhe outras funções (construíu um reino, com as peças),

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ao chegarmos a casa, o pai foi buscar um outro tabuleiro que lhe tinham oferecido de presente um dia e estava guardado por ser de vidro e passámos a jogar com as novas e frágeis peças:

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Também andámos a preciar os canteiros orientais da nossa amiga

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e a desfrutar do seu relvado. DSC07966

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DSC07968Ali perto também podíamos dar passeios embrenhando-nos num pinhal e chegando até ao rio e às suas pequenas cascatas. O Alexandre só foi no dia seguinte, pois neste estava mesmo cansadinho das pernocas, do dia anterior. Mas eu e o pai fomos à vez dar um passeio até ao rio e ler um bocadinho.

Mas também estivémos a ler com ele, em casa, pois a nossa amiga tinha em cima da mesa da sala este livro da História de Portugal em banda desenhada que eu já tinha estado para comprar quando andei a pesquisar sobre o assunto, mas como havia comprado aqueles 4 sobre os quais tenho partilhado por aqui, não comprei este. Então estivémos a rever, agora em banda desenhada, todos os temas que o Alexandre mais tem gostado na História de Portugal,

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o início, a Ibéria, DSC07972

(ele adora saber estas configurações mais antigas do mapa mundo) DSC07973

DSC07974as viagens, descobrimentos e conquistas, DSC07975

quando restaurámos a nossa independência, DSC07976

DSC07977de novo a passarola do Bartolomeu de Gusmão,

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DSC07979e o mapa cor-de-rosa!

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Também a instauração da república,

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a “nova” bandeira, DSC07982

DSC07983e no final do livro há um quadro com a evolução da bandeira portuguesa

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e um outro com a sequência dos nossos reis e dos presidentes da república. DSC07987

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(ele não sabe todos de cor, como é óbvio, mas sabe alguns, gosta de consultar e sobretudo gosta de fazer ligações entre uns apectos e outros).

Entretanto a nossa amiga chegou cedo do trabalho neste dia e estivémos a lanchar (com doce de ameixa caseiro!) e a conversar. A J. contou-nos do projeto (que desde há dez anos ele insistia em implementar e ainda bem que persistiu, pois agora começou a ter êxito!) de um amigo que nós também conhecemos e que nos interessou muito a todos. Como, uns dias depois de termos voltado tive a oportunidade de o explicar um pouco num comentário feito a um post de um blog de uma família em ensino doméstico a propósito de algo parecido, vou para aqui transcrever essas passagens:

A Paula, do Aprender em Família, publicou um post intitulado “Miguel Ângelo pintando a Capela Sistina” no qual deixei este comentário, após visitar o site por ela indicado, pois também já tínhamos visitado assim museus, através de uns links que me tinham enviado por e-mail:

“Também já visitámos museus assim virtualmente, é giro e há dois fins de semana atrás tivémos conhecimento que um conhecido nosso, arquitecto, está a desenvolver um projeto (aliás, já o lançou e tem tido pedidos de todas as partes do Mundo) com este tipo de tecnologia virtual para aplicar não só em museus, como em jardins zoológicos, e ainda a partir de um projeto (imagina que queres construir a tua própria casa e a partir do projeto andas a navegar nela e a visualizar como ficará exatamente…), na formação de pilotos de aviões, de cirurgiões a visualizar uma operação… não é bem assim num computador mas através do que chamam de “câmaras de imersão” e vês tudo em 3D. É fenomenal!”

No fim destas conversas pós-lanche, resolvemos ir jantar fora a Viana do Castelo (a um restaurante chinês, porque não havia um indiano e nós somos todos vegetarianos _ a nossa amiga também_ comer um arroz xau-xau vegetariano e tofú na caçarola e sopa de milho, que estavam uma delícia.

Durante a refeição, o Alexandre fez uma pergunta: “O que é uma Pergunta Retórica?” Ora que eu e o pai não tínhamos a certeza e dissémos-lhe que íamos confirmar em casa, mas a nossa amiga sabia e respondeu-lhe, dando-lhe um exemplo: “Gostas de sopa de milho, não gostas?” (é uma pergunta em que praticamente tu perguntas e dás a resposta ao mesmo tempo, ou em que a resposta está contida na pergunta). Ela achou piada a ele fazer este tipo de perguntas e ao facto de ele ter percebido logo. Ora que, não sabendo de onde vinha esta pergunta e não conhecendo a conexão imediata que ele fez assim que obteve a resposta da nossa amiga, poderia pensar-se que ele, ou não perceberia bem uma resposta só assim simples e direta ou que daqui a uns tempos já não se lembraria. Mas o facto é que no dia a seguir eu perguntei-lhe se ele tinha percebido e ele respondeu que sim e deu-me logo outro exemplo de outra pergunta retórica. Eu pensei, “Bem, percebeu mesmo”. E, não satisfeita, pus-me a indagar a razão de tal curiosidade, isto é, porque é que ele tinha feito a pergunta; respondeu-me ele: “É que no “Leroy & Stitch”, o Gantu pergunta ao Dr. Hamsterviel, “Tu nunca percebeste o significado de Aloha, pois não?” e o Dr. Hamsterviel responde “Bem… acho que significa…”, mas o Gantu volta a falar, interrompendo-o,”Ah, era uma pergunta retórica!” e eu queria confirmar o que era uma pergunta retórica”. Pronto. Assim, simplesmente.

Outra coisa que me surpreendeu: o Alexandre praticamente não conhecia esta nossa amiga, a última visita que ela nos tinha feito, tinha ele 3 anitos. E deu-se logo muito bem com ela. E no final do jantar, tínhamos todos acabado de sair do restaurante, quando nos lembrámos que o Alexandre tinha pedido para levarmos uma sopa de milho para casa e não a tínhamos pedido; então o pai voltou atrás e como eu fiquei na dúvida se ele iria pedir a sopa certa segui-o e enquanto estava lá dentro é que me lembrei “ups! Se calhar o Alexandre não ficou confortável em ficar sozinho lá fora com a J. (pois isto já aconteceu com outras pessoas que ele não conhece bem), deixa-me cá despachar a ir lá para fora”, mas o Pedo ainda me pediu umas moedas e acabei por voltar a sair já com ele e com a sopa e ficámos agradavelmente surpreendidos ao chegar cá fora e verificar que estavam os dois (Alexandre e J.) muito entretidos a jogar o jogo das Hoobipistas, que o Alexandre lhe tinha logo proposto para jogarem e ensinado à J., pois ela não o conhecia.

Jogo das Hoobipistas: foi um que ele aprendeu já há alguns anitos a jogar com o programa dos “Hoobs” que dá no canal Jim Jam e que jogamos regularmente quando viajamos de carro, por exemplo. Basicamente, um dos jogadores pensa (escolhe) numa palavra e vai dando pistas aos outros (e a seu pedido) até eles acertarem na palavra que ele pensou. Começa com a frase “Já pensei”, seguindo-se o pedido dos restantes “Olé, olá, uma Hoobipista já!”.

😉

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Clonlara School e Desde Quando Existem as Gruas?

Ouvi falar na Clonlara School pela primeira vez num post da “Pipocas” no seu blog. E em como esta escola é dedicada às famílias homeschoolers.

A Clonlara é uma escola democrática sediada nos EUA.

Mais tarde, ouvi falar na existência de uma sua oficina em Espanha a que comummente chamamos Clonlara Espanha e no seu diretor Juan Carlos.

Entretanto conheci uma família portuguesa do grupo do ensino doméstico, cuja filha, em ensino doméstico, após ter concluído o 4º ano, se inscreveu na Clonlara em Espanha e cujo percurso decorre lindamente.

Foi em Setembro (de 2012!) que o conheci, ao Juan Carlos, pessoalmente.

😀

Participei numa pequena parte do encontro sobre Educação Livre que a MEL organizou e assisti, precisamente à sua (do Juan) palestra sobre a Clonlara e à palestra da psicóloga Sandra Gonçalves sobre as várias formas, vertentes, hipóteses de se educar livremente (“Formas, Estilos e Conceitos para uma Educação Livre”).

Na palestra dada pelo Juan fiquei muito mais esclarecida sobre o funcionamento da Clonlara. Soube da sua história, da sua origem. Soube do livro que está disponível no site da Clonlara Espanha para uma leitura on-line, “Educar en Família”, onde percebemos quais os vários caminhos correspondentes aos vários “tipos de famílias homeschoolers” que se enquadram perfeitamente na filosofia da Clonlara. O Unschooling é um desses, muito específicos e muito me agradou perceber como se enquadra em toda a parte “legal” da escola, frequentando a qual os alunos podem obter certificados internacionais, válidos (também em Portugal) ao abrigo da comissão Fullbright.

Aqui há tempos acedi (num dos grupos portugueses do ensino doméstico que existe no facebook) ao link para uma entrevista dada pelo Juan Carlos. E nessa entrevista o Juan diz algo engraçado, em como os maiores críticos da escola (Clonlara) são unschoolers e, por outro lado, a maior parte das famílias que têm inscritas são unschoolers. Paradoxo? Eu percebo ambas as razões…

😉

O engraçado da questão é que, como diz Juan na entrevista, permitindo a Clonlara que cada família construa o seu currículo ao longo do ano, uma família unschooler, não seguindo currículo (programa), pode conciliar-se com esta “escola” elaborando um currículo à medida que caminha, não um que pré-dita as atividades e sim um que relata as atividades que vão acontecendo. Esta é, para mim, a verdadeira aceção de um currículo: o que fizémos, o que aprendemos, escrito DEPOIS DAS COISAS ACONTECEREM, o que se adapta perfeitamente às vivências em unschooling. E uma Clonlara desta feita, com os seus consultores educativos faz-me lembrar o novo modelo educativo preconizado pelo Edilbertro Sastre aqui nesta página do seu blog Desescolarizar, onde visiona um sistema em que uma criança teria um tutor/consultor que a poderia ajudar nas direções de aprendizagem por ela (criança) escolhidas e que seria fiel depositário do desenvolvimento da sua aprendizagem e, mais tarde, seria esse cúmulo de conhecimentos que constituiria todo o seu currículo e a própria pessoa, com as suas competências, o certificado bastante.

Obrigada Clonlara e Juan Carlos, pelo vosso trabalho e apoio aos homeschollers.

E belas pesquisas sobre o assunto para todos vocês! Mil abraços,

Isabel

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Caderno Verde

Desde quando existem as Gruas?

“Mãe, desde quando existem as gruas? Ah! Se calhar desde os romanos! De certeza que já existiam na altura do Império Romano…”

Esta faz-me lembrar a noção do que é a História, sobre a qual já falei um pouco neste outro post.

Bom, lá fomos pesquisar desde quando existem gruas e guindastes e descobrimos várias informações não muito unânimes: primeiro, que o primeiro guindaste (irmão-primo das gruas, isto é, a grua é da família dos guindastes e é também chamada de “guindaste universal de torre”) nasceu na civilização grega uns 4000 a 3500 anos Antes de Cristo; depois que foi inventado pelos romanos (ah, ah! Esta era condizente com o que dizia o Alexandre…), etc., etc. Que os primeiros eram de madeira e só com a revolução industrial passaram a ser metálicos. Bem, chegou-nos para perceber que é uma “máquina antiga” e ver umas fotos interessantes.

Se virem no primeiro link do parágrafo acima a imagem do mecanismo que foi um dos “primeiros guindastes”, essa fez-nos lembrar quando no outro dia estivémos a construir uma ponte antiga (vou mostrar-vos num próximo post!) inventada pelo Leonardo Da Vinci… o Alexandre achou piada a montar e conhecer, mas no final disse logo que preferia as “pontes modernas”…

😉

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Pirâmide Óptica e Os Picos Mais Altos

Vivam, boa tarde!

Hoje novamente um post dedicado simplesmente ao Caderno Verde.

Beijinhos para todos.

Isabel

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Caderno Verde

Pirâmide Óptica e Os Picos Mais Altos

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Pirâmide Óptica

Alexandre de lanterna na mão:

_ Mãe tens um prisma?

_ Um prisma?

_ Um prisma. Ouvi dizer que se apontares uma luz para um prisma a luz decompõe-se no arco-íris.

_Ah! Um prisma óptico! Não filho, não tenho um prisma óptico. Mas… espera lá… tenho ali uma pirâmide de cristal, será que uma pirâmide também serve? Não… se calhar tem que ser mesmo um prisma.

Mas a curiosidade suplanta tudo, a mana Catarina até se levantou do sofá e fomos os três experimentar apontar a lanterna para a pirâmide, no corredor, às escuras (isto ao fim da tarde de Quarta, 31 de Outubro, noite de Halloween, portanto).

_ Funciona!!! Não é bem um arco-íris, mas vemos as cores do arco íris.

E a forma projetada é quase circular (elíptica, melhor dizendo) e achámos engraçadíssimo como as cores se dividiam, cores quentes “em baixo”, cores frias “em cima”.

(a lanterna. daquelas de colocar na testa, à mineiro, e a pirâmide de cristal)

E também verificámos que quando aproximávamos mais a lanterna da pirâmide as cores ficavam mais nítidas e mais vivas (e a elipse mais achatada)!

Foi engraçadíssimo, ficámos bem entusiasmados! É das tais experiências espontâneas que nos fazem vibrar (e eu que tinha visto esta experiência feita por uma professora minha, com o prisma óptico _ nem no prisma tivémos, na altura, direito a pegar_ e nunca me tinha passado pela cabeça experimentar se funcionava com qualquer outro objeto cristalino).

Bem, uma outra e pequena reflexão:

Nós não gostamos muito de predefinir temas para os “trabalhar” e explorar, gostamos mais quando eles surgem assim espontaneamente. Daí que, embora cá em casa se fale na noite de Halloween (e já chegámos a comemorá-la, comprando uma abóbora e iluminando-a e fazendo algumas decorações, mas não gostamos de o repetir todos os anos só porque sim), não fizémos nada este ano sobre o tema. Mas se eu quisesse (ah, ah! ) até poderia encaixar  esta “experiência espontânea” num qualquer projeto cujo tema fosse o Halloween, ora vejamos: “Às escuras num corredor… hhhuuuuuu… dia 31 de Outubro… hhhuuuuuu… só com uma pequenina lanterna… e a fazer magia, passando a luz por uma pirâmide e projetando uma abóbora na parede e no chão, laranjinha em baixo e azulinha em cima”!!!

😀

Ora bem, mas o que aconteceu foi mesmo que me pus a tentar perceber como é que o Alexandre se lembrou disto.

_Olha lá, filho! Como é que te lembraste de repente do prisma óptico?

_ Não sei. Lembrei-me. Ouvi dizer que se apontasse uma lanterna para um prisma a luz se decompunha nas cores do arco-íris.

_ Ouviste dizer??? A quem?

_ A ninguém. Vi nos filmes do Porquê.

_ Ah! Bom!

aqui tinha falado desta maravilhosa série para crianças.

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Os Picos Mais Altos

Dois dias depois, resolveu ver outra vez (duas vezes seguidas) todos os episódios do volume três desta série “Porquê?”_ a história do prisma óptico é noutro volume.

Isto porque se lembrou de outra coisa “que tinha ouvido dizer” num dos episódios: que “o pico mais alto do sistema solar é o Monte Olimpo em Marte com 25 km de altura, ou seja,  25 000 m de altura”, como ele diz, faz logo a conversão ( e daí que nos andava a perguntar qual era o mais alto da Terra, ao que o pai respondera, o Everest com 8 000 m de altura_ “ou seja, 8 km de altura, raciocinou o pequeno, 3 vezes menor que o Monte Olimpo”).

Nota: Este volume 3 tem cinco episódios sobre os temas: Plantas, Espaço (é neste!!!), Computadores, Água e Mar).

Ao rever com ele os episódios percebi que quando falam do Monte Olimpo em Marte também falam do Everest na Terra, mas ele não se devia lembrar quando nos fez a pergunta (quer dizer, mas como eles não especificam que o Everest é o ponto mais alto da Terra, às tantas lembrava-se, mas não percebeu que era o mais alto).

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Outros povos, outros hábitos…

Boa tarde a todos!

Mais um post dedicado ao Caderno Verde.

Um belo fim-de-semana! Beijinhos

Isabel

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Caderno Verde

Outros povos, outros hábitos…

“Mãe! Há algum país onde as pessoas escrevam como eu estou a escrever agora _ e levanta um pé que segurava numa caneta_ , assim, com o pé, em vez de ser como no nosso país que escrevemos com a mão?”

“Bem, filho, não conheço… há pessoas que escrevem com o pé, porque tiveram um acidente ou uma doença e ficaram sem poder escrever com as mãos, ou já nasceram assim…”

“Sim, mas não é isso que eu estou a dizer. É que aprendi que nem todos os países fazem as coisas da mesma maneira. Por exemplo, nós comemos com os talheres e há países onde se come com uns pauzinhos. E eu queria saber se há algum país onde em vez de se escrever com a mão tenham o hábito de escrever com o pé… Vamos procurar na internet!”

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Somos “anti-escola?”

Bom dia a todos!

Foi neste post que falei pela primeira vez no “Carnaval de blogs” sobre perguntas e temas relacionados com o ensino doméstico, que costumo ler nos blogs das famílias espanholas que praticam o ensino doméstico.

Esta última edição desse “Carnaval” à qual acedi através deste post do blog da Marvan, “Orca e Alce”, que leio com frequência, gira à volta de uma pergunta colocada pela Lau: “Somos anti-escuela?” e a Lau publicou a contribuição de todos os que participaram neste seu post do seu blog “Enseñar a pescar”.

É muito interessante ler o que escreveu cada família.

Embora não tenhamos participado, senti vontade de, não respondendo exaustivamente a essa pergunta, deixar-vos aqui a nossa posição neste momento:

Como sabem nós somos uma família que adoptou a opção do ensino doméstico em relação ao nosso filho mais novo. Porque somos “anti-escola”? Não, porque somos a favor de uma educação personalizada, contínua, conduzida pela própria criança, por tudo o que vai revelando como sendo os seus interesses, talentos e desenvolvendo-os na própria escola que é a Vida.

O nome do nosso blog “A Escola é Bela” foi escolhido com um propósito. Não se trata de uma ironia, e já gerou um episódio interessante que descrevi neste post no “Pés Na Relva”.

Aproximamo-nos mais se pensarmos que queremos dizer, com o título do blog, que “a escola pode ser bela”.

Aproximamo-nos de todo se pensarmos que o queremos dizer é precisamente que “A Escola É Bela”.

Não a escola como a entendemos hoje, 30 pequenos dentro de uma sala de aula (o que é anti-natural), esforçando-se por estar quietinhos (o que é anti-natural) e prestar contínua atenção ao que um professor diz por palavras e gestos a uma velocidade biliões de vezes inferior à velocidade dos seus pensamentos (e para não voltar a chamar-lhe anti-natural: um esforço hercúleo que nunca poderá ter êxito).

Já para não falar de todas as outras “características anti-naturais” das escolas destes tempos.

Num dos primeiros posts deste blog, precisamente neste (“Educação e Áreas Afins”) indico lá a definição de escola que podemos ir buscar à etimologia da palavra: “A palavra vem do grego scholé, que significa lugar do ócio. Na Grécia Antiga, as pessoas que dispunham de condições sócio-económicas e tempo livre, nela se reuniam para pensar e reflectir.”

Portanto, à parte o dispor das condições socio-económicas e o tempo livre, que esse é um assunto “com pano para mangas” e poderia fazer parte de outro tema do Carval de blogs:

“A Escola _ todos os locais onde nos reunimos, aqui em casa, fora de casa, no meio da Natureza, nos parques, nos museus, nos locais das exposições ou das mais variadas manifestações artísticas e não só, nos locais de trabalho de parentes e amigos e conhecidos e desconhecidos que logo passam a ser conhecidos ou aqui mesmo “virtualmente” em frente ao computador, onde nos reunimos para pensar e reflectir e para partilhar as nossas experiências_ É Bela”.

E assim, somos a favor da Escola de E maiúsculo, definida como o está acima.

Um grande abraço a todos!

Isabel

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Caderno Verde

Doces Caseiros

Pesar, medir, enumerar os ingredientes, experimentar a alquimia que transforma fruta numa pasta doce que sabe muito bem sobre uma fatia de pão, escrever etiquetas com os nomes dos vários doces, são as actividades que sempre temos feito e que aplicam a matemática, o português e as ciências naturais e fisico-químicas e se combinam com uma “tarefa caseira”, enquanto se preparam os “doces para o Inverno”.

Mas o que faz mesmo as delícias do Alexandre é “mexer os tachos” com uma longa colher de pau. Sem sequer pensar no resultado (os doces) que é raro comer (tal como a mana Celina, é pessoa mais para os salgados).

Sempre gostou de cozinhar.

Aqui ficam as fotos do nosso “Doce de Melão” (que fizémos com açúcar mascavado claro, para não ficar muito escuro _ metade do peso da fruta descascada em açúcar, são as proporções que costumamos utilizar) e da nossa “Marmelada” feita com marmelos oferecidos, do quintal dos amigos que nos ofereceram:

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