Colectiva Fases da Vida _ Melhor Idade

Olá a todos!

Hoje, mais uma fase, a 6ª, Melhor Idade, da Blogagem Colectiva Fases da Vida, proposta pela Rute do Publicar para Partilhar e aqui o link para a participação da Rute para esta fase de hoje, onde podemos ainda encontrar as ligações para os posts dos restantes blogs que hoje participam.

Para a Melhor Idade vou partilhar convosco alguns “lampejos” sobre esta fase que já me ocorreram quando escrevi os posts das fases anteriores.

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Quando escrevi sobre o Nascimento

Escrevi na altura sobre o nascimento do meu 3º filho por ter sido algo que já partilhara neste blog, o seu nascimento dentro de água. Não falei do meu, mas é claro que me lembrei do meu nascimento e logo da minha mãe. E a minha mãe está na fase da vida que hoje abordamos, ou melhor, em termos de “idade física”, está na “3ª idade”, mas esta não tem sido de facto a sua “melhor idade” ou a melhor fase da sua vida e eu tenho passado alguns cuidados com ela, pois vivemos a 200 Km de distância uma da outra e quando ela está doente não tenho como cuidar dela. Tudo isso me faz pensar na forma como vivemos hoje as nossas vidas, trabalhamos fora de casa, vivemos longe dos progenitores, o tamanho das nossas casas nem dá para albergar comodamente a família nuclear (pais e filhos) quanto mais um dia vir albergar mais dois pares de pessoas (os pais e os sogros) e parece um ciclo vicioso. Quase parece não existir outra alternativa que não os lares. A minha bisavó já faleceu num lar. A minha avó também. A minha mãe já quase esteve para entrar num, foi com dificuldade que ainda conseguimos que se mantenha na sua própria casa (porque vive sozinha e não podemos pagar a alguém que esteja com ela a tempo inteiro), isto porque ela insiste em viver sozinha e em não querer ir para um lar, pois tem ainda 66 anos, só que adoece várias vezes e nessas alturas torna-se complicado gerir a situação. Não quer vir morar connosco porque toda a sua restante família (os seus outros filhos, o ex-marido, o seu pai, os seus irmãos, os seus outros netos, etc.) mora na zona onde ela vive. Agora está tudo tranquilo, não sabemos até quando. Para já, vem de novo passar umas férias connosco, para a semana. O Alexandre gosta de estar com as avós e faz sempre uma festa de roda dela.

Uma das coisas que quero implementar ainda no meu dia a dia é dar a volta a isto; sendo a favor das crianças não terem que frequentar infantários, muito embora as minhas filhas mais velhas os tenham frequentado, agora com este mais novo ajustámos as nosas vidas, eu e o pai, de forma a que ele não tivesse que frequentar um. Assim, também gostaríamos de poder arranjar a melhor solução para os nossos progenitores. O meu pai já faleceu, o pai do Pedro também, portanto não temos mais dois pares, temos duas mães, duas pessoas a acomodar na nossa casa e isso não tem sido até agora viável, a não ser em alguns dias de férias a minha mãe, que fica no quarto de uma das netas. Também temos que contar com as vontades delas e a vontade da minha mãe não é vir morar para cá… (e a da minha sogra também não, até agora). De modo que a nossa vontade é que tudo se harmonize… mesmo não estando ainda a ver como!

E já agora, alguma vez viram o filme “O Namorado Atómico“? O finalzinho do filme tem uma reflexão muito breve sobre este assunto, muito interessante. Todo o filme tem pano para mangas no que conta a possíveis reflexões… e é engraçadíssimo (mais um que nós vimos a partir dos workshops Renaski^gi, para percebermos certas coisas). Experimentem ver, se ainda não viram e vão passar momentos descontraídos e ao mesmo tempo “com sumo”. Aqui o trailer!

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Quando escrevi sobre a Infância

Lembrei-me de que muitas vezes dizemos que “as pessoas de idade” são como as crianças. Usamos muitas vezes esta comparação de forma depreciativa. Que tal transformá-la numa forma construtiva? De facto parece que voltamos à infância nestas idades para lá de maduras, sim, à pureza, à inocência, à espontaneidade, à alegria, ao fazer as coisas sem pressas e sem interesses que as movam senão o do próprio prazer de as fazer.

Se calhar por isso “os velhinhos” se divertem junto das crianças. Costumamos dizer que os avós têm mais paciência para os netos do que a que tiveram para os filhos… será por que a sua visão sobre as coisas é agora outra? Será porque se aproximaram de novo da essência da Vida? Do Amor?

Daí que talvez seja uma boa ideia juntar idosos e crianças, em vez de os isolarmos uns em lares outros em infantários. Que tal um lar das melhores idades? (Que pode abranger todas as idades). Ou melhor, que tal um lar-Planeta Terra que seja de facto o lar amoroso para que todos os seres (estou a falar também de animais e plantas) de todos os géneros e todas as idades convivam em harmonia?

Outro lampejo: foi na fase da Infância que partilhei convosco a importância do Toque e vos falei no livro “Tocar_ o Significado Humano da Pele”, de Ashley Montagu. Nesse livro que conta e apresenta estudos sobre a importância do toque tranversalmente a todas as fases da vida, na parte da “Melhor Idade” aconselham-nos, entre muitas outras coisas, a reabilitarmos a “Cadeira de Baloiço”. Desde crianças que gostamos de colo e de sermos embalados e todos nós sabemos que por mais que nos queiram independentes e a cuidarmos de nós próprios isso não significa que tenhamos que abdicar do colo e do embalo, em qualquer das seguintes fases da nossa vida. Por isso gostamos de baloiços e de camas-redes atadas aos troncos das árvores e de cadeiras de baloiço. Talvez a sensação que esses artefactos singelos nos proporcionam nos remetam à sensação de baloiçarmos dentro do líquido amniótico protegidos pelo útero da nossa mãe. E como sempre temos a nossa mãe-terra, em todas as idades… A independência não pode ser sinónimo de falta de carinho seja qual for a idade que atravessemos. A cadeira de baloiço pode ser um mimo em qualquer idade, incluindo a “Melhor”!                🙂

Nesse post sobre o tocar falei ainda de uma “inspiração” que tive da última vez que fui visitar a minha a avó ao lar antes dela falecer, não sabendo que era a última, que foi fazer-lhe uma massagem aos pés conforme tinha recentemente aprendido (reflexologia podal). Gostei de estar praticamente todo o tempo da visita a cuidar um pouco dela dessa forma e ela adorou. Foi a nossa “despedida” neste leque de frequências às quais chamamos “físicas”, só depois o percebi, claro. A minha avózinha que tanto e tão bem cuidou de mim em pequena e mesmo em adolescente.

E ainda uma memória muito querida: a do meu pai abraçando a sua neta (a minha filha do meio) era ela muito pequenina. O meu pai não era muito efusivo, nem me lembro de ele nos abraçar (decerto abraçou quando crianças e tenho fotos dele comigo ao colo), mas desde que me lembro, não tenho memória de sentir os seus abraços. Daí que continuo ainda hoje a deleitar-me com a imagem que guardei dele a abraçar a neta e a dizer que aquela menina era muito inteligente. Coisas de filhos versus pais…        🙂

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Quando escrevi sobre a Adolescência

Intitulei o post “A Escola e Eu” e relacionei-o bastante com o meu pai. O meu pai faleceu aos sessenta e poucos anos, pouco tempo esteve n’A Melhor Idade.

Lembro-me de ele dizer muitas vezes que nunca quereria dar trabalho aos filhos, nem tão pouco ir para um lar nem ir viver para a casa de nenhum filho se chegasse a não poder fazer as coisas pelas suas próprias mãos nem de, tendo cinco filhos, andar de casa de um em casa de outro (isto é, viver uns meses em casa de cada filho, alternadamente, solução que adoptaram, por exemplo, os filhos de uma bisavó paterna das milhas filhas, velhinha de 90 e tal anos, toda encurvada, que alegremente vivia uns meses em casa dos avós paternos delas e depois vivia os outros meses do ano em casa dos seus outros filhos. No ano seguinte, voltava a acontecer o mesmo). Embora nós gostássemos de estar com essa avozinha e assim todos os seus netos e bisnetos estavam com ela periodicamente, o meu pai não gostava dessa ideia. Dizia que isso não era vida de qualidade e que não queria chegar a essa situação. Se um dia tivesse que chegar a ter de depender de outros para as suas necessidades básicas (tal como teve de depender em bebé), mais valia que esse dia não chegasse.

Não sei se concordo com ele ou não. Quando me lembro deste assunto, não chego a nenhuma conclusão. O que é certo é que se cumpriu a sua vontade, pois ele faleceu ainda na posse de todas as suas faculdades (e talvez por isso tenha sido um choque para nós, na altura, mas vendo bem, acabou por se cumprir o seu desejo). Cada um é como cada qual. Só pode!

Quando penso em como quero viver a minha “Melhor Idade” ainda não sei definir os pormenores práticos do assunto. Sei que quero que seja de facto uma bela idade tão boa ou melhor que as outras. Para isso sei que preciso continuar o meu trabalho de me alinhar comigo própria, com o ser que sou. Que daí tudo advirá e fluirá em harmonia. É claro que me passam pela cabeça umas imagens, no meio da Natureza, compartilhando a Vida com pessoas e demais seres e objectos e às vezes rodeada de filhos e netos. Impregnada de Amor. A idade em que continuarei a pôr em prática tudo para o que fui despertando com a maturidade.

O que for será!

Para mim, a melhor idade é todo o tempo em que vivermos em paz connosco próprios. Seja qual for a idade do nosso corpo. E pode ter interregnos, ou seja, posso ter vivido em paz em criança e depois ter permitido que algo me desalinhasse e voltar um dia a ser eu próprio, conectado com o Amor, uma concretização do Amor.

Para mim, paz não é sinónimo de conformismo mas também não é sinónimo de rebeldia, não é sinónimo de baixar os braços nem, por outro lado, de lutar, não é sinónimo de aceitação por inacção nem tão pouco de inquietação e procura constantes. Ainda estou à procura do meu eixo central, do ser que sou, de ser menos materialista e mais espiritualista (por exemplo)? Ainda (ou já) não estou em paz. Continuo a protestar contra o que os outros fazem, a vê-los como a causa dos males do mundo, a erguer bandeiras “Eu sou verde (azul ou amarelo…)”, “Eu pratico isto e aquilo e os outros ainda não” ? Ainda (ou já) não estou em paz. Continuo a não ver Todos como o ser amoroso que são, porque “como posso achar amoroso um criminoso”? Ainda (ou já) não estou em paz.

Será que, de acordo com esta definição de paz que tenho para mim, alguma vez vou estar em paz comigo própria? Não sei. Sei que não posso baixar os braços, sei que vou continuar a transmutar todas as memórias que toldam a minha percepção do Universo, sei que a única responsável, sem culpas, por tudo o que vivo, presencio, assisto, tomo conhecimento, sou eu, a minha percepção não clara que gera enredos atrás de enredos, sei que vou continuar a resgatar a energia que tenho empatada algures e em algures e em algures, não quero desistir, quero ser uma manifestação de paz e de amor.

E já agora, para percebermos um pouco o que quero dizer quando digo que o que vemos à nossa volta é a percepção de cada um. Um belo dia estava eu na praia de manhãzinha antes de entrar no meu local de trabalho (trabalho juntinho à praia) a olhar para o sol que acabara de nascer, quando realizei algo que já aprendera na escola, mas que eu nunca vira desta forma: que o reflexo do sol na água “caminha junto comigo”! Eu ia andando ao longo da praia e a linha do reflexo do sol na água vinha sempre direitinha a mim!

A minha amiga que também estava a olhar o sol comigo e nessa altura se encontrava na outra ponta da praia, olhava para o reflexo do sol e “ele não estava dirigido a mim” e sim se encontrava direitinho a ela! Isto é, ela não o viu dirigindo-se para mim e sim para ela. Percebem um pouco o que eu quero dizer? Eu numa ponta da praia e o que vejo é a “linha” do reflexo do sol na água a começar no horizonte e a acabar nos meus pés; ela, na outra ponta da praia vê a mesma “linha” com ouutra direcção, começando no horizonte a acabando aos seus pés; eu olho em redor e não há outra “linha” de reflexo do sol na água, só aquela; ela olha em redor e a única “linha” luminosa que vê é a que acaba aos seus pés (a minha amiga deve estar louca!_ pensaria eu se não soubesse como a coisa funciona). Foi importante para mim ver isto na altura, com os meus próprios olhos!

E daqui tirar as ilacções para todo o resto.

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Quando escrevi sobre a Juventude e sobre a Maturidade (vou ter que juntar estas duas, porque a temática que abordei nas duas fases, se se lembram, Os Relacionamentos e A Busca, foi comum às duas fases)

Lembro-me de me ter lembrado   🙂    que em adolescente projectava que o meu marido ou a pessoa que vivesse comigo (o meu relacionamento conjugal) seria tal que, cada vez que fossemos ficando mais velhos, mais próximos e íntimos nos sentiríamos ao ponto de,  já velhinhos, quase já nem precisássemos de falar um com o outro, saberíamos intuitivamente o que o outro estava a pensar.

Quando contei este meu devaneio de adolescente ao Pedro, algum tempo depois de começarmos a viver juntos, ele sorriu e disse que também pensava isso quando era adolescente. Mais uma coisa que descobrimos ter em comum para além do ovo estrelado!           😀

Não sei se eu e o Pedro vamos estar juntos em velhinhos e, se estivermos, se vamos praticar telepatia um com o outro. Talvez… Até porque a praticámos já, juntos, e foi por aí que começámos!                              🙂

Mas pronto, foi uma curiosidade da nossa intimidade que quiz partilhar convosco, porque a acho divertida e que tem a ver com os relacionamentos (e se calhar com a busca e o parar de buscar) e com a Melhor Idade.

Mil beijinhos para todos! Com Amor,

Isabel

O que este post tem a ver com a temática usual deste blog:

Bem, este post para esta fase tem ligação a cada uma das fases anteriores e em cada uma das fases anteriores eu relacionei a temática abordada com a temática usual do blog. Logo, se A liga a B e B liga a C, A está ligado, nem que seja indirectamente, a C. Esta já me faz lembrar o meu filho a querer saber os parentescos entre todos (podem ler neste post n’O Pés Na Relva).

Por outro lado, os unschollers costumam enfatizar que aprender sem escola é aprender com a escola da Vida! Ora aqui está a temática do unschooling directamente relacionada com as Fases da Vida, logo, ainda directamente relacionada com a Melhor Idade e, mais uma vez, com o saudável que é as crianças conviverem com os mais idosos, para além de conviverem com todos os outros seres de todas as espécies, género e idade                 🙂

Beijinhos, de novo e uma bela Melhor Idade para todos!

21 Respostas so far »

  1. 1

    Gina said,

    Ainda bem que você publica cedo sua participação, para que eu possa ler com calma a cada mês!
    Mais uma vez, fui registrando algumas anotações à medida que lia.
    Morar sozinho (a) na melhor idade inspira cuidados, mas também há a questão do idoso desejar morar sozinho, ter a sensação de comandar sua vida…
    Não sei se lhe contei antes, mas da última vez que estive com minha mãe, cortei-lhe as unhas dos pés, já que estava com dificuldade de fazê-lo. Ela emocionou-se por isso, pois fazia o mesmo com sua mãe, de quem cuidou até o falecimento depois que teve alguns AVCs. Um simples gesto de atenção e os idosos se sentem gratos.
    Qualidade de vida na melhor idade vem de encontro ao meu texto nessa fase.
    Gostei particularmente quando se referiu ao fato de que depende de nós mudar o curso de nossa vida. Recai sobre nós mesmos a maneira como a vivemos.
    E a telepatia? Você não imagina quantas vezes isso se confirmou entre meu marido e eu, desde o tempo que namorávamos!
    Grata, mais uma vez, por estar conosco nessa coletiva.
    Bjs.

  2. 2

    Olá, amiga
    Desejo-lhe que a encontre neste mês assim:

    “…um amanhecer colhido na luz do teu olhar,
    orvalhado de emoções vividas”. (Meliss)

    Menina, que coincidência, em meu post também me senti inspirada a fazer uma recordação de todas as fases… vc vai ver… tá programadinho pra 0 h…
    Conheço tudo o da Melhor Idade… vou relatar isso também… doenças típicas… volta á infância… sensibilidade à flor da pele… cadeira de balanço… (adoro)
    Como também penso que seria bom poder passar para a outra margem com pleno controle das faculdade mentais!!!
    E em paz… isso é o melhor… com a paz da consciência reta e da missão cumprida…
    Estupendas fotos das rochas… do mar…
    Me delicio ao olhar cada por do sol por aqui… só vendo!!!
    Lindo e completo seu post… Original…

    No dia 22, tem festa no meu blog que fará 2 anos… vou esperar vc, com muito carinho…
    A nossa Blogagem Coletiva é: O QUE É ESPIRITUALIDADE PARA MIM???
    Participe como puder… seja muito bem vinda!!!

    Mesmo que uma lágrima brote como o orvalho em nossa face nesse momento…
    Confiemos que Deus tem toda a proteção da nossa vida…
    Espero vc no próximo mês…
    Bjs de paz
    http://espiritual-idade.blogspot.com/

  3. 3

    Flora Maria said,

    Muito boa a sua participação na blogagem coletiva !

    -Eu estou – ou não – nessa terceira idade, pois uns dizem que ela começa aos 60 e outros aos 75, e eu estou com 66 anos ! No meu caso, ela é mesmo uma das melhores idades.

    – Eu tinha um amigo que dizia que os idosos deveriam conviver com as crianças e passarem para elas suas experiências e conhecimentos. Nós fazíamos parte do Lions Club e seu sonho (não concretizado) era criar alguma forma de possibilitar esse entrosamento.

    – Sou do tempo da cadeira de balanço, e embalei meus filhos e neto nelas ! Atualmente, minha velha cadeira está precisando ser consertada, para entrar em ação novamente.

    Beijo

  4. 4

    Rute said,

    Que bom que hoje resolvi trocar as voltas à vida, e antes de publicar a minha MELHOR IDADE posso ler calmamente algumas das primeiras participações.

    Adorei tudinho e fiquei impressionada como conseguiste referir tantos assuntos diferentes relativos à velhice.

    Essa ideia de juntar velhinhos e crianças no mesmo “ATL” também a tenho há muitos anos, desde a minha adolescência. É possivel que nós as duas já tenhamos discutido isto noutras vidas 🙂

    Com o teu texto, descobri algo mais que temos em comum: envelhecer juntinho à pessoa que amamos e conhecermo-nos tão bem, ao ponto de telepáticamente sabermos exactamente o que o outro pensa. Como se fossemos a continuação de um no outro, sem separações corpóreas.

    Isto parece ironico para quem já se separou, voltou a estar junta e etc… mas não é. As pessoas para chegarem a esse ponto têm de estar no mesmo nível de consciência expandida e no mesmo nivel de amor expandido porque acredito que consciência e amor são directamente proporcionais.

    Para terminar, sinto-me já, bastante em paz, mas confio que na melhor idade poderei gozar ainda de maior serenidade.
    Beijinhos,
    minha amiga de sempre.
    Rute

  5. 6

    Suas postagens cheias de filosofia que nos ajudam a pensar. Parabéns. Beijos.

  6. 7

    Boa tarde, meninas! Agradeço todos os vossos comentários! Talvez amanhã possa comentar vossos posts, já li alguns, hoje é mais difícil…

    Gina, Rute e Rosélia, estão de parabéns, esta blogagem tem sido um sucesso, todo o mundo tem gostado para valer, não é verdade?

    Gina, tenho que dizer isto agora: o seu comentário deixou-me com um grande sorriso a imaginar você de de lápis em punho anotando… 😀 penso sempre, “desta vez vou escrever menos, vou colocar um post mais curto” e depois é o que se vê, e ainda me parece que muito fica por dizer! Que bom que vocês são pacientes comigo! Obrigada! E sim, quando eu contei no outro post sobre a massagem aos pés à minha avó, você contou no comentário sobre a sua mãe! É interessante, tudo isto.

    Flora e Rute, pelos vistos muitos temos esta ideia de que não devemos isolar nem as nossas crianças nem os nossos velhinhos tal como hoje em dia é costume acontecer (conheço mais pessoas com o mesmo pensamento), cada um de nós vai fazendo o que pode, não é verdade?

    Muitos beijinhos a todas e muito obrigada a todas.
    Vamos falando…
    Isabel

  7. 8

    Gostei, me fez lembrar de minhas postagens. Que tudo faz parte do todo. Maravilha.

    Elaine

  8. 9

    anacristina said,

    passei aqui para ler sua postagem… quando puder da uma espiadinha na minha participação:

    http://anacristinap.blogspot.com/2011/08/blogagem-coletiva-fases-da-vida-melhor.html

    bjo brigadu

  9. 10

    Rute, faltou-me dizer-te que não parece nada estranho pensar nessa de envelhecermos juntinhos à pessoa que amamos para quem já se separou duas vezes… eu também já me separei duas vezes… Nunca é Tarde (lá vem mais um título de um filme, já viste esse? Com o Bruce Willis…)!!!
    Muitos beijinhos
    Isabel

  10. 11

    Rute said,

    Não, não vi o filme, mas vou procurar.
    Gostei imenso do teu extenso comentário.
    É só dar-te corda e ficas imparável 🙂
    Beijinhos.
    Rute

  11. 12

    Cláudia said,

    Isabel, confesso que qdo vi o tamanho do post me “assustei”, mas agora estou bastante satisfeita por ter lido tudo. 🙂
    A única dificuldade foi mesmo a cor esbatida da letra (estou um bocado pitosga), porque quanto ao conteúdo, é interessante do princípio ao fim. Uma das coisas que me assusta muito é os meus pais um dia terem que ir para um lar. Conhecendo alguns por ter tido lá familiares, e depois de saber como “aquilo” funciona, espero sinceramente nunca ver os meus pais nessa situação. Compreendo que por vezes é bastante difícil, pelos motivos que referiste, mas em 90% dos casos, acho que qdo os idosos vão para os lares, perdem logo grande parte da vida, aquilo é um ambiente horrível, a maior parte deles estão ali pasmados a olhar para ontem, um horror.

    Também gostei muito da associação entre o colo/embalo e as cadeiras de baloiço ou camas de rede, que nós vemos sempre como locais tão deliciosos para estar, realmente deve mesmo ter a ver com a barriga da mãe. 🙂

    Bjs

  12. 13

    Gina said,

    Isabel,
    Fiquei feliz por ter voltado aqui e ler sua réplica. Cá estou para a tréplica…rs!
    Sim, seus textos são longos, mas os meus não ficam atrás. Há quem não tenha paciência com isso, porém as pessoas empolgadas têm.
    Fiz questão de ir anotando, porque não queria deixar de apontar os quesitos que me tocaram. Quando escrevemos, sobretudo em textos com essa densidade, vamos nos dedicando ao tema, colocando nossa opinião e nosso coração. Se isso encontra eco no leitor, é uma alegria, não é mesmo? Percebemos que outros pensam como nós, desejam as mesmas coisas, estão em busca do bem.
    Pronto, vou parar por aqui para não escrever um “post” no comentário…rs!
    Grande beijo!

  13. 14

    Denise said,

    Minha mãe diz q amor de avó é diferente do amor de mãe, q avó ama mais e não tem a responsabilidade da educação. Acho q por isso q avós e netos consigam se relacionar tão bem e com tanta alegria.
    Quanto à sua mãe, ela ainda é bastante jovem. É uma pena q seja doente, pois julgo muito importante para a saúde mental deles q tenham o seu espaço e cuidem de suas coisas. Muita paz!

  14. 15

    Elaine, Ana Cristina, Claúdia, Denise, muito obrigada pelos vossos comentários.

    Rute, e o Namorado Atómico, já viste? É que pelo que te conheço vais dar umas boas gargalhadas com esse filme (lá mais para o meio do filme quando é fundada “a relegião do “leave my elevator alone”)… E quanto ao resto, o melhor é não me dares corda mesmo! 😀

    Claúdia, já pensei em mudar a letra do blog para um tom mais escuro pois já percebi que embora no meu computador eu veja muito bem quando abro o blog noutros com outra resolução nalguns é muito claro e não se lê tão bem. Acho que vou experimentar um dia destes a ver se fica melhor. Que engraçado ter gostado da associação das cadeiras de baloiço com as demais coisas que referimos…

    Gina, que querida ter voltado e voltado a comentar! É isso mesmo, quando encontra eco no leitor é mesmo uma alegria! 🙂

    Denise, é verdade, minha mãe tem mais 20 anos que eu, quando eu era pequena era sempre quem tinha a mãe mais nova entre os colegas da minha idade…

    Muito grata a todas e muitos beijinhos!
    Isabel

  15. 16

    Bel Rech said,

    Não canso de escrever, que cada blog é uma experiência profunda e que deixam marcas…e aprendo mais um pouquinho…Concordo plenamente em que a melhor idade é todo o tempo em que vivemos para nós mesmos…
    Paz e bem

  16. 17

    Lina said,

    Olá, Isabel!Finalmente pude ler com calma a tua publicação. Mostras várias facetas da melhor idade. Na primeira parte, é um facto recorrente em várias famílias os cuidados com os pais, o meu avô tem hoje 94 anos, como viste na minha postagem e até os quase 90 anos quis viver sozinho, com uma distância a uma distância de cerca de 200 km daqui, e era uma preocupação. Finalmente foi viver para a casa dos meus pais, mas mesmo assim acho que não está verdadeiramente contente, e embora tenha todo o conforto, se pudesse voltaria para a sua casa em Leiria. Digo-te é muito complicado resolver estas situações. Quanto aos lares, eu conheço um perto daqui que pratica esta filosofia de juntar todas as idades e funciona muito bem, os “velhinhos”não se sentem tão sozinhos, pois as crianças com a sua alegria preenchem tudo e por outro lado as crianças ganham mais avós, é muito positiva esta junção. Muitas vezes também penso na minha melhor idade, e claro, comparo-me com a minha avó Luísa, gostaria de ter uma casa cheia de família e amigos. Mas viver não sei como será, por um lado gosto do movimento da cidade(nasci numa!), vejo aqui os “velhinhos” se encontrando para conversar, a caminhar, tendo vida social, por outro viver a beira mar também me encanta, olhar para o mar, passear perto, num lugar plano e cómodo, por outro viver no campo também me alicia, cuidar de uma hortinha(se bem que eu não saiba como), respirar ar puro! Acho que eu ia gostar de viver um pouco em cada lugar, uma vez que não me decido qual é o melhor. Gostava de envelhecer ao lado do meu amor, e engraçado que também penso como vocês, o uso das palavras não é que seja desnecessário quando duas almas estão ligadas, mas um olhar basta para entendermos e sabermos o que o outro está a pensar, isso é telepatia e acho que com o tempo essa capacidade ainda se aperfeiçoa mais. Quanto à busca pelo nosso “eu” acho difícil de acabar, pelo menos por enquanto, mas acho que o caminho, como bem referes, é não cruzar os braços, é descobrir, é procurar, é almejar a perfeição do espírito, a bondade, só assim teremos paz!
    Gostei muito mesmo da tua publicação, faz-nos reflectir e isto é bom!Aliás esta colectiva tem sido uma fonte de inspiração, uma descoberta incrível de tantas pessoas, tantos pontos de vista, tanto conhecimento, uma descoberta de mim mesma que nunca pensei fosse tão emocionante! Embora certas lembranças custem é bom remexermos nelas, com certeza sairemos mais fortes desta jornada.
    Beijinhos mil

  17. 18

    Isabel
    O nome de minha mana que chamo de Bel e estou atpe agora lendo este seu post que é um retrato vivo de sua história.

    Desejo que envelheça juntinho de seu velhinho, pois é isso que desejo para mim apesar de saber que Deus pertence a decisão.

    Sempre bom compartilhar nessa coletiva nossas experiências , nossos acertos e erros, pois a vida é uma constante busca e aprendizado.

    Beijos no seu coração

  18. 19

    Voltei para avisar que a minha participação está na Mamyrene no blogspot.
    Mais beijos

  19. 20

    Obrigada Bel, Lina e Irene!
    Rute, já viste o que a Lina conta do lar perto dela para mais idades? Que fixe…
    Pois é Lina, eu também gosto de viver em vários tipos de locais, estou como tu… a minha relutância em querer ir morar de vez para o meio do campo lá para a terra da minha sogra (que é onde temos terreno para fazer uma casinha) é porque fica muito longe da praia e eu adoro ver o mar todos os dias, como faço hoje! Logo veremos… 😉
    Muitos beijinhos a toooooodaaaaas!
    Isabel

  20. 21

    […] não é que a matéria social de fundo, lá abordada é, nada mais nada menos, que a que abordámos aqui na última fase (última fase, até agora, que ainda vão haver mais fases…) da Blogagem […]


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